DEUS ME MOSTROU? DEUS ME FALOU? DEUS ME REVELOU? TEM CERTEZA?
>> segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Texto base: “Não tomarás
o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente
o que tomar o seu nome em vão”. (Ex 20.7 AFC)
Fico preocupado com
alguns irmãos quando fazem o que vem na cabeça dizendo ser a vontade de
Deus! É tanta “profecia”, “revelação” e “experiências sobrenaturais” que
começo a duvidar se de fato sou um cristão genuíno – essas coisas não
são corriqueiras a mim.
Não quero com isso
limitar o poder de Deus nem tão pouco menosprezar as experiências
verdadeiras que alguns irmãos tiveram. Até porque não sou
“cessacionista” e acredito piamente nos dons espirituais e nos milagres
que seguem os que creem. A questão é a forma que muitos têm usado o nome
de Deus para seu próprio benefício. Quanta carnalidade escondida no
excesso de “espiritualidade” ostentada a vista da plateia. Quando me
deparo com alguém falando que foi ao terceiro céu, ou que viu anjo, ou
se não, viu o próprio Jesus, logo me vem à mente – ou este irmão é muito
“ungido”, ou ele é um tremendo de um “picareta” e não é irmão.
Há muita falta de temor
por traz destas coisas. Gente que não conhece o Deus da Bíblia -, mas
que fala em seu nome. Não é bom o zelo sem o conhecimento (Pv 19.2).
Pior é jurar em nome de Deus ou por sua própria cabeça. Temos que ser
honestos mesmo que nosso ministério não ganhe popularidade. Fomos
chamados para ser fiel e não para ganhar ibope. Quantas pessoas correm
atrás disso - “feiticeiros evangélicos” que não se contentam com o que
está escrito. Nossa palavra deve ser sim, sim ou não, não -, passou
disso - vem do maligno.
Paulo se fosse um
charlatão faria um grande sucesso perante os gregos e judeus. Um homem
que foi até o terceiro céu - viu coisas que nunca poderão ser
compreendidas neste corpo mortal. Este mesmo Paulo não se beneficiou nem
um pouco da visão que lhe foi dada. Pelo contrário! Preferiu não ir
além do que está escrito (1 Co 4.6).
Quantas pessoas caindo
em maldição por votarem precipitadamente. A Bíblia é clara, “guarda o
pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do
que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal”.
Quantos irmãos pronunciam palavras diante de Deus, prometendo o que não
vão cumprir - falando que Deus falou sem ter Ele falado. São como sinos
que ressoam sem a afinação devida. O cristão é de poucas palavras, pois
do muito falar, nascem às palavras néscias. Há mais esperança para o
insensato do que para o homem que é precipitado no dizer (Pv 29.20).
Amados, a aplicação
prática deste pequeno estudo é alertar que nem sempre Deus está quando
seu nome é citado. Não importa quem seja – qualquer ensino, revelação e
profecia que não se enquadrem com o ensino das Escrituras, imediatamente
devem ser rejeitados e tratados em caráter de maldição. Até Paulo que
foi ao terceiro céu, disse que caso mudasse sua doutrina da que foi
transmitida por ele no começo do seu ministério, e mesmo que um anjo do
céu endossasse tal ensino, deveria ser rejeitado e considerado como
anátema (Gl 1.8).
É necessário no temor
lembrar que Deus está no Céu e nós estamos na terra. Tomar o nome de
Deus em vão é falar daquilo que não se conhece para receber se
auto-promover, tomando para si a glória que pertence ao único Digno de
louvor. Muito cuidado, pois o Senhor não dará por inocente aquele que
tomar Seu Santo Nome em vão!
Cuidado com este
evangelho esotérico pragmático apresentado em algumas igrejas ditas
evangélicas. Nestes lugares há sempre um líder que recebe as visões e
toda comunidade é coagida a acatar como sendo canônicas - imunes de
julgamentos. Isso não tem respaldo bíblico! Tratam de pessoas carnais,
manipuladoras e sem temor a Deus - que reivindicam uma “unção” dos
“superes ungidos”; “e ai daquele que tocar no ungido do Senhor”. Quanto a
estes, as Escrituras são claras. Ela é nossa maior autoridade pelo qual
podemos confrontar qualquer um que se diz profeta, apóstolo, bispo, ou a
quarta pessoa da trindade, mas que está fora do crivo escriturístico,
pois está escrito: “Ninguém se faça árbitro contra vós outros,
pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões,
enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal”. (Cl 2.18 ARA)
Pensemos duas vezes
antes de falar “ah Deus me mostrou, Deus me falou ou Deus me revelou”.
Que o Senhor nos ajude a sermos humildes o bastante a ficarmos apenas
com as Escrituras e nada a ela acrescentar, pois este é o ensino:
“...aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro”. (1 Co 4.6 AFC)
Sola Scriptura!
Fonte: Fabio Campos
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