O Reino, a igreja, o casamento e Martinho Lutero!
>> quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Por Josemar Bessa
É
possível estar focado no Reino de Deus enquanto tenho uma atitude de
desprezo para com a igreja? É comum ouvirmos em nossos tristes dias:
"Minha paixão não é para construir a minha igreja. Minha paixão é o
Reino de Deus. "
Isso pode parecer nobre, eu nem isso acho, mas é anti-bíblico e errado. Na verdade se mostra destrutivo.
Você tem
como estar focado no casamento, como uma coisa geral... enquanto diz
que não se importa com a edificação do seu próprio casamento numa
relação real, com alguém real, enfrentando problemas reais... que exigem
crescimento, negação, aplicação de tudo o que Deus diz sobre o
casamento implementado na vida diária?
Suponha
que eu dissesse: "Minha paixão não é construir o meu casamento. Minha
paixão é pelo casamento com algo geral. Eu quero que a instituição do
casamento seja reverenciado novamente. Eu vou trabalhar para isso. Vou
orar por isso. Eu vou me sacrificar por isso. Mas não espere que eu na
realidade venha a me submeter as dificuldades para construir um grande
casamento como Deus o determinou com Claudia, minha esposa. Meu objetivo
é maior, é o casamento em si.”
Você
diria – Caramba! Josemar é tão comprometido com o casamento que ele nem
se importa em edificar na vida real o dele mesmo... Ou você diria que
claramente eu tinha perdido todo o ponto do que Deus ensina sobre o
casamento e o propósito dele?
Se um
homem se preocupa com o Reino, ele será encontrado envolvido em sua
igreja local. Junto com ela, orando por ela, contribuindo para sua
maturidade, envolvido (como um homem em seu casamento) em uma paixão
sincera.
Pense em
Martinho Lutero – poucos homens foram tão usados para a edificação do
Reino de Deus, mas como ele fez isso? Você poderia imaginar Lutero
dizendo: "Minha paixão não é para construir a minha igreja. Minha paixão
é o Reino de Deus. "
Em
primeiro lugar, Lutero foi um pregador em sua igreja local – mais
pregador que a maioria dos pregadores. Lutero conhecia o fardo e a
pressão da pregação semanal na igreja local. Havia duas igrejas em
Wittenberg, a igreja da cidade e a igreja do castelo. Lutero era um
pregador regular na igreja da cidade. Ele afirmou: "Se hoje pudesse me
tornar rei ou imperador, ainda assim não renunciaria ao meu ofício de
pregador". Era compelido por uma paixão pela exaltação de Deus na
Palavra. Em uma das suas orações, ele diz: "Querido Senhor Deus, quero
pregar para que o Senhor seja glorificado. Quero falar do Senhor, louvar
ao Senhor, louvar o teu nome. Mesmo que eu não possa fazer tudo isso,
será que o Senhor não poderia fazer com que tudo isso desse certo"?
Para
sentir a força desse compromisso, você precisa perceber que na igreja em
Wittenberg não havia nenhuma programação de igreja, somente louvor e
pregação. Aos domingos, havia o louvor das cinco horas com um sermão na
Epístola, o culto das dez horas com um sermão do Evangelho e uma
mensagem da tarde sobre o Antigo Testamento ou catecismo. Os sermões de
segunda e terça-feira eram sobre o catecismo; o de quarta-feira sobre
Mateus; às quintas e sextas sobre as cartas apostólicas; e aos sábados
sobre João.
Ele
pregou, por exemplo, 117 sermões em Wittenberg em 1522 e 137 sermões no
ano seguinte. Em 1528, pregou quase 200 vezes e no ano de 1529, pregou
121 sermões. Portanto, nesses quatro anos, a média foi de um sermão a
cada dois dias e meio. Como Fred Meuser disse no livro sobre a pregação
de Lutero: "Ele nunca tirou um fim de semana de folga. Nem mesmo um dia
por semana de folga. Nunca tirou férias do trabalho de pregação, ensino,
estudo individual, produção e escrita. Esse é o grande reformador tão
grandemente foi usado por Deus para a edificação do seu Reino aqui.
Nós
fazemos na igreja da mesma forma como construímos grandes casamentos -
compromisso real que faz uma diferença positiva de maneira prática. E,
assim, e só dessa forma, o Reino de Deus é edificado aqui na terra.
Fonte: Site do autor
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