Ide e Pregai

O Documentário é um resumo da história das Assembléias de Deus no Brasil a começar pela chegada dos missionários e pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará.

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O Espelho dos Mártires

O Documentário relata em detalhe o modo de vida e as persiguições que sofreram os cristão primitivos e como foram martirizados os Apóstolos de Cristo.

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Filme ´180`: 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto

O Ministério Living Waters, dos Estados Unidos, produziu recentemente um documentário impactante e fantástico sobre o aborto. O filme traz como título ‘180’ e instiga as pessoas a mudarem de opinião sobre o aborto e outras questões bíblicas.

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O que significa possessão demoníaca e opressão demoníaca?

>> terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Bíblia Sagrada não esconde de nós que estamos em uma guerra contra o Maligno e que ele age nesse mundo (João 5.19; Efésios 6.12). O ministério de Jesus Cristo teve vários entraves com o maligno. Os evangelhos registram que Jesus expulsou diversos demônios de pessoas, libertando-as da ação do Maligno (Mateus 8.16).
Porém, ainda existe muita confusão a respeito desse tema. Alguns preferem ignorá-lo e fingir que ele não existe. Já outros focam demais suas atenções em espíritos malignos, fazendo deles o centro de suas vidas. Os dois extremos são perigosos.
O que significa possessão demoníaca e opressão demoníaca?
Uma das grandes dificuldades de entendimento de muitos crentes é diferenciar a forma como o maligno age. Mais uma vez alguns menosprezam que o maligno tenha poder de agir na vida das pessoas, enquanto outros atribuem tudo a ação do maligno. Dois extremos perigosos também. Por isso, gostaria de esclarecer os termos possessão e opressão, que irão nos ajudar a entender melhor a forma de ação do diabo e seus anjos maus.
Em primeiro lugar vamos explicar o que significa possessão demoníaca. Isso ocorre quando o maligno possui o corpo da pessoa, ou seja, a pessoa passa a ter dentro de si outro ser que acaba influenciando-a a ter determinadas atitudes. Em Lucas 4.33-37 vemos um exemplo claro disso. Um homem, em plena sinagoga dos judeus, em um momento onde Jesus estava ensinando a Palavra, se manifestou com um espírito imundo. Imediatamente Jesus expulsou aquele demônio: “Achava-se na sinagoga um homem possesso de um espírito de demônio imundo, e bradou em alta voz…”.
A Bíblia nos relata que nas possessões as pessoas podem ter problemas físicos, como por exemplo, o homem possesso que tinha um espírito mudo e, por isso, era mudo: “Ao retirarem-se eles, foi-lhe trazido um mudo endemoninhado. E, expelido o demônio, falou o mudo…” (Mt 9:32-33).
A Bíblia também menciona que pode haver uma força sobre-humana envolvida na possessão: “ Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à terra dos gerasenos. Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo, o qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo; porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo. (Mc 5:1-4)
Assim, a possessão é uma das mais graves ações do maligno na vida de uma pessoa. A possessão só pode acontecer em uma pessoa que não crê verdadeiramente em Jesus Cristo. Ou seja, somente incrédulos, ímpios podem sofrer de possessão. Principalmente aqueles envolvidos com graves pecados.
Em hipótese alguma um crente verdadeiro ficará possesso. Expliquei essa questão no artigo “O cristão pode ficar possuído por demônios?”.
Já a opressão demoníaca significa que o diabo age em seu papel de tentador, buscando tentar a pessoa para que peque e permaneça em uma vida de pecado, longe de Deus. O apóstolo Pedro explicou bem essa questão, quando disse: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5:8).
O próprio apóstolo Pedro passou por isso quando foi tentado pelo diabo a sugerir a Jesus que não seria necessário que Ele passasse pela morte de Cruz. Cristo logo identificou que se tratava de Satanás tentando-o através de Pedro (Mateus 16.22-23).
Todos os crentes verdadeiros estão sujeitos a esse tipo de opressão maligna. Já que o diabo não pode possuir um crente genuíno, pois este é propriedade exclusiva de Deus, ele age de fora para dentro buscando atingir esse crente de alguma forma através das tentações e outros métodos externos.

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O que significa reino de Deus?

>> terça-feira, 8 de outubro de 2013



Em diversos locais no Novo Testamento encontramos a expressão “reino de Deus”. Vejamos um exemplo: “E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.” (Mateus 19.24)


Para explicar o significado principal dessa expressão precisamos compreender que Deus reina sobre todas as coisas desde sempre. Apesar da Bíblia declarar que o príncipe deste mundo é o diabo (Jo 16.11), isso não significa que ele seja o soberano e aja com liberdade plena como um governante soberano. A Bíblia declara claramente a soberania de Deus sobre tudo e todos (Sl 47.8), inclusive sobre o maligno (Fp 2.10-11).
O que significa reino de Deus?
Dessa forma, o reino de Deus é esse domínio pleno que Deus tem sobre todo ser, sobre toda as coisas existentes nesse mundo. Esse domínio se estende além do presente. Deus dominou ontem, domina hoje e dominará amanhã e para todo o sempre. Esse é o reino de Deus que está progressivamente tomando sua forma designada em cada tempo, até que chegue ao seu formato final na segunda volta de Jesus Cristo.
Reino de Deus também pode significar a vida que teremos na presença de Deus no céu. Veja esse exemplo: “O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (2 Timóteo 4.18)

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A religiosidade é contagiante

>> sexta-feira, 4 de outubro de 2013


É interessante como a religiosidade é contagiante: Ela não precisa de propaganda, não precisa de incentivo, nem mesmo precisa de orientação. Na verdade, parece que a religiosidade é de certo modo inato a cada um de nós. Parece que temos a necessidade de criar regras, modelos, sistemas que tornem nossa “adoração” mais palatável e objetiva.
Entretanto, nos dias de Cristo a religiosidade tinha tudo isso: Propaganda, incentivo e orientação. Os Fariseus eram os modelos da religião e tinham tudo o que era necessário para ensinarem o que era a “verdadeira” religião para o povo.
Eles se distinguiam das outras opções religiosas nos seus dias, por sua crença e apreço pela Lei que Deus havia dado a Moisés, a Torá. Eles também advogavam ser os verdadeiros intérpretes da Lei baseada na tradição oral dos anciões, que posteriormente veio a ser codificada no documento que conhecemos como Talmud.
Segundo Flávio Josefo, grande parte da população da Palestina do primeiro século aceitava sua doutrina (Ant.18.15) de modo que até mesmo os Saduceus (outro grande grupo religioso em Jerusalém) estavam sujeitos aos Fariseus (Ant.18.17).
Os Fariseus eram os homens que levavam a vida religiosa do Templo para casas, sinagogas e para a vida pessoal do judeu comum. Eles eram os heróis da religião. Homens de alta posição social e prestígio em sua sociedade.
Mas, de modo interessante, o Talmud (Mas. Sotah 22b) registra a existência de sete tipos de Fariseus no primeiro século:
O Fariseu “ombro“: Esse é o tipo de fariseu que carrega todas as suas boas ações em seus ombros para que todos possam ver;
O Fariseu “espera só mais um pouquinho“: Esse é o tipo de fariseu que prefere esperar para ver o que vai acontecer antes de agir. Ele sempre tem uma boa desculpa teológica para não realizar uma boa obra.
O Fariseu “machucado“: Esse é aquele que fechava os olhos para evitar olhar para uma mulher, mas por fazê-lo enquanto andava, normalmente tropeçava e caia.
O Fariseu “corcunda“: Esse é aquele que evitava qualquer tipo de tentação por andar olhando para baixo. Há quem diga que isso era também era uma forma de demonstrar publicamente sua humildade.
O Fariseu “exibido“: Como o nome já diz, esse era o fariseu que tinha prazer em contar (numericamente) e contar (publicamente) seus feitos. O objetivo era ter sempre o maior número de boas obras que os outros participantes da religião.
O Fariseu “cheio de medo“: Esse era o fariseu que temia a Deus, não exatamente por causa da sua reverência ou respeito por Deus, mas por medo de Seu julgamento. Em outras palavras, era aquele que por temer o inferno se certificava de obedecer todos os mandamentos da Lei de Deus, mesmo aqueles criados pela tradição dos anciãos.
O Fariseu “que amava a Deus“: Esse era considerado o fariseu ideal, que obedecia a Deus por amor a Deus. Um grupo minoritário, que poderia ter incluido homens como Nicodemos, José de arimatéia e até mesmo Gamaliel.
Na minha opinião, o mais interessante em ler essa lista é perceber que esse tipo de farisaísmo ainda existe e está firme e forte em nossas igrejas. R.H.Stein está correto quando diz que “nem mesmo o cristianismo está isento dessa infeliz tendência“ (Stein, R. H. (2001). Vol. 24: Luke, pp. 340–341.).
A verdade é que de alguma forma os fariseus fizeram escola na igreja de tal modo que essa mesma lista poderia ser escrita para descrever sete tipos de cristãos religiosos. Deve ser por isso que também podemos dizer que ainda existe a propaganda, o incentivo e os modelos da religiosidade entre nós. É fato, a religiosidade é contagiante!
Fonte: NAPEC

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Você não pode agradar a homens e ser o escravo de Jesus Cristo.


Por Josemar Bessa

“Ó Senhores! Nós podemos pregar para as pedras ou para os homens e será a mesma coisa, a menos que o Espírito Santo use a Palavra para regenerar suas almas”. – Charles H. Spurgeon
A verdade tem bordas duras que não podem ser suavizadas. Mas há uma grande tentação de suavizá-las dependendo da força motivadora dentro de nós. Como medimos o sucesso? Que padrão temos usado na proclamação do evangelho? Que tipo de ministério é eficaz? Avaliamos economicamente? Contamos cabeças...?
É engraçado, mas muitas pessoas em nossos dias que dizem crer na soberania de Deus sobre todas as coisas, quando falam em sucesso, usam os mesmos meios de aferição do mundo. Muitos quando falam de Charles H. Spurgeon, começam a mencionar cabeças... Mas isso não é o fato relevante em Spurgeon, e sim o que Spurgeon ensinou. Multidão Charles Finney também conseguiu. A. W. Pink não experimentou em vida nada do que Spurgeon experimentou em sua vida ministerial, mas quão fiel a Verdade ele foi.
Onde está o ponto? Quando você faz um balanço de sua vida você usa os critérios do Ibope? Todos nós somos tentados a medir-nos comparando o que temos produzido com o que outros produziram... nós investimos demais na opinião dos corretores do poder em nossa sociedade, seja espiritual ou secular.
É impossível exagerar os efeitos devastadores que estão inexoravelmente consumindo a vida da igreja quando essa perspectiva é abraçada. A Verdade fatalmente é comprometida, cortando os cantos duros do evangelho, suavizando bordas que irão afastar o homem natural, a vontade de esconder a borda afiada da moralidade bíblica numa sociedade amoral, o desejo de ser relevante para um mundo que acha Deus irrelevante em suas reivindicações... Porque queremos um aumento de apoio, um aumento de número, um aumento de doadores, um aumento...
Preste atenção nas palavras de Paulo: “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida...” - 2 Coríntios 2:15-16
Eis a norma bíblica para o sucesso!! Um “cheiro!” – A verdade articulada aqui pelo apóstolo Paulo é um poderoso remédio para a tentação de encontrar fórmulas que fatalmente irão comprometer a Verdade por desejar definir que“cheiro” seremos na vida das pessoas que ouvirem a verdade do evangelho.
Você deseja ser um cheiro de Deus para o mundo? Seja fiel na proclamação da Verdade. Seja fiel em todos os seus termos, pregue a loucura da cruz, não suavize a sua ofensa, proclame as promessas do evangelho, declare as consequências eternas... Jamais pense em como mostrar o evangelho de uma maneira que ele pareça mais favorável a depravação do coração natural do homem. Eis o padrão de Paulo: "Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo. "Gálatas 1:10
Eis o ponto nevrálgico de qualquer estratégia voltada para ser atraente ao homem natural, independente da estratégia, a própria motivação de ser agradável ao homem já é um desvio - só a intenção mostra um desvio do propósito - "... Se eu estivesse ainda agradando aos homens eu não seria servo de Cristo" - Você não pode ser ambos.
Você não pode agradar a homens e ser o escravo de Jesus Cristo. Você não pode ser um soldado comprometido para agradar o seu comandante e ser um prazer para o homem natural que está em inimizade para com Deus: "...a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo." - Romanos 8:7 - Só há uma direção: "...como homens aprovados por Deus, a ponto de nos ter sido confiado por ele o evangelho, não falamos para agradar a pessoas, mas a Deus, que prova os nossos corações." - 1 Tessalonicenses 2:4
Só há duas respostas possíveis ao verdadeiro evangelho de Cristo – nós não procuramos induzir essa resposta. Quando a mensagem é dada a conhecer ao mundo, fatalmente haverá uma resposta. A neutralidade é impossível, não existe tal coisa em relação a Verdade de Deus. A indiferença ou apatia é um mito. Ignorar é negar a verdade... O homem está entre os que estão sendo salvos ou está entre os que estão perecendo – a mesma Verdade tem dois cheiros distintos. A palavra da cruz é “loucura” – absoluta loucura, ou é “o poder de Deus “ para a salvação – “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” - 1 Coríntios 1:18
A mensagem de Cristo proclamada por Paulo ( e não o mensageiro, ou a linguagem, ou o método...) é por si só responsável por dividir os ouvintes dessa maneira.
Sempre que a Palavra de Deus é proclamada uma fragrância é liberada. Para alguns é um aroma de vida, de esperança, de perdão, de regeneração, de justificação... Essas coisas não são manipuláveis – o mensageiro deve entregar o que recebeu para pregar. Esse aroma de vida é incomparável – nada pode ser comparado ao cheiro de vida exalado pelo Filho de Deus. O Espírito pela Palavra regenera o coração, desperta a vida, ressuscita alguém que estava“morto em delitos em pecados”... é maravilhoso!!! - “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados - Efésios” 2:1
Mas para outros, a Verdade do evangelho é um sufocante fedor venenoso.Cheiro de morte e não de vida. Charles Spurgeon nos lembra:
“O evangelho é pregado aos ouvidos de todos, mas ele só vem com poder para alguns. O poder que está no evangelho não está no mensageiro, sua eloquência, argumentos... caso contrário, os homens e seus métodos seriam conversores de almas. Também não está na técnica do pregador... caso contrário, consistiria na salvação pela sabedoria dos homens. Podemos pregar até nossas línguas apodrecerem, até o ar de nossos pulmões se esgotarem e morrermos, mas nunca uma alma será convertida a menos que haja o misterioso e soberano poder do Espírito Santo operando como quer naqueles que Ele quer operar. O Espírito Santo muda a vontade do homem. Ó Senhores! Nós podemos pregar para as pedras ou para os homens e será a mesma coisa, a menos que o Espírito Santo use a Palavra para regenerar suas almas”.
Mas veja, Paulo é uma fragrância de Deus independente da resposta da mensagem! ““Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte.”
Quando Paulo pregou e sofreu de cidade em cidade, apanhou, foi ridicularizado, difamado... e o nome de Jesus foi blasfemado. Paulo estava sendo uma fragrância de Deus (Um cheiro de morte). Quando no meio do sofrimento ele proclamou fielmente o evangelho e a Verdade foi abraçada, homens regenerados... ele foi uma fragrância de Deus ( Um cheiro de vida ).
Ao pregarmos a Verdade sem aparar as arestas duras para o homem natural, sem esconder parte da Verdade, sem tentar desenvolver técnicas para que o homem natural sinta um bom cheiro de um evangelho corrompido segundo suas paixões... Somos uma fragrância de Deus, mesmo quando a mensagem é completamente rejeitada.
A fragrância começa imediatamente a ser corrompida no momento em que nosso padrão de sucesso é o mesmo que o do Ibope. O que Paulo está dizendo é que mesmo se nossa “multidão” for pequena e insignificante para o Ibope, o sucesso é medido pela fidelidade – não determinamos sobre cada pessoa, ou “público alvo”, ou cultura... que tipo de fragrância seremos – “cheiro de vida ou cheiro de morte” – Se nosso esforços, nossa proclamação da verdade levarem a “vida” ou a “morte”, continuamos sendo o aroma de Cristo para Deus – “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo...” - 2 Coríntios 2:15. E somos o bom perfume de Cristo para Deus apenas quando pregamos Jesus verdadeiramente e biblicamente. Não tentamos definir se seremos“Cheiro de vida ou de morte”.
Isso é uma pílula muito difícil de engolir se o propósito é o sucesso e não a glória de Deus. É difícil de engolir se o nosso temor dos homens é maior que o nosso temor a Deus – se nós desejamos o louvor e a aprovação dos homens em detrimento do que vem de Deus. Quem acha duro demais tomar essa pílula, tenta negar, mas está servindo ao Pragmatismo e não a Deus.
Devemos ser um cheiro bom para Deus em Cristo, mesmo que ele seja um cheiro podre e de morte para o mundo que se perde, ou um cheiro agradável de vida para os que são regenerados pelo Espírito Santo.
Fonte: Josemar Bessa

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A religião é o ópio do povo: uma análise sociológica




Passados 130 anos da morte do alemão Karl Marx (1818-1883), a frase pela a qual ficou conhecido – “a religião é o ópio do povo” -, continua sendo explorada por pesquisadores e lideres religiosos de diversos seguimentos. Mas que queria dizer Marx ao comparar a religião com o ópio? Ao mesmo tempo, seria o autor um oposicionista à fé pessoal, a crença familiar em uma divindade, em uma tradição religiosa qualquer? Primeiro, há de se considerar o fato de que o autor alemão provinha de uma família judaica e que, com o passar dos anos, optou pelo ateísmo; sua opção pelo ateísmo não se deu em decorrência de alguma insatisfação religiosa, mas a partir de uma constatação sociológica, de uma análise dos impactos da religião na vida de um adepto, de um fiel.

Segundo, Marx era senão uma expressão racionalista de sua época, produto de uma série de questionamentos ao domínio religioso na educação, ciência, cultura etc., que começa a partir do Renascimento e tem seu pico com o Iluminismo, quando pensadores ingleses, a partir de 1680, trazem à tona novas críticas à Igreja. Na verdade, grande parte dos pensadores – ingleses, alemães, franceses – reproduzem em suas análises uma insatisfação popular, em resposta ao obscurecimento medieval e absolutista da Igreja Católica. A Revolução Francesa (1789) foi uma das expressões iluministas e que ocorreu em face de um repúdio aos privilégios do clero que, à época, compunha o primeiro estado, seguido pela nobreza, que constituía o segundo estado.

Camponeses, mineiros, artesões, a pequena e a média burguesia compunham, de fato, o motor que fazia com que a economia funcionasse, mas se viam desprivilegiados pelo o fato de que eram os únicos a pagar a totalidade dos impostos, enquanto o primeiro e o segundo estado vivia em deleites, à custa do trabalho do terceiro– este último com cerca de 22 milhões de pessoas, contra os 100 mil clérigos e 400 mil nobres. A Revolução Francesa ocorre, portanto, em decorrência ao absolutismo do primeiro e do segundo estamento, à ausência de democracia, de participação popular no Governo. Ao mesmo tempo, operários ingleses manifestavam descrédito com relação à política e à religião, entendidas por alguns como “instrumentos de domínio” que se revezam e se articulam objetivando a manutenção do Poder, dos benefícios econômicos – a dobradinha entre a coroa portuguesa e o catolicismo pode ser citada como exemplo.

Decorrente de todas as aventuras e desventuras dos clérigos católicos ao longo dos últimos 1400 anos antes de Marx, Engels, Bauer, Feuerbach etc., os pensadores europeus da metade do século XIX passaram a entender a Religião como um obstáculo ao progresso científico, cultural, educacional, econômico, popular. A religião não mais era entendida como um canal de comunhão, de relacionamento com o sagrado, mas como um dos vários meios de domínio, de pacificação – a popularização do Football é descrita por Henrique Nielsen Neto (1986:193) como outro meio encontrado pela classe dominante inglesa de “impedir a organização política dos operários”. É, talvez, daí que se desenvolve a ideia de que “futebol, política e religião não se discutem!” dada à diversidade de pensamentos, de opiniões, de opções sociais, ideológicas, religiosas.

Karl Marx, ao analisar a situação dos operários ingleses e a doutrinação religiosa por eles sofrida, passa associar a religião ao ópio – uma substância alucinógena de origem asiática e consumida nos subúrbios de Londres, inclusive por operários que buscavam alternativas à rotina desgastante das fábricas. Para Marx a religião tira do homem a capacidade de compreensão, de análise da materialidade, do chão da fábrica, da periferia. Sua análise, na verdade, aparece como uma continuação aos estudos de Ludwig Feuerbach (1804-1872), contemporâneo, conhecido por sua teologia humanista. Feuerbach entendia que a alienação religiosa faz parte de uma engrenagem ou teoria teológica que busca o sentido da razão e da existência do homem no mundo, em uma tentativa de compreensão da realidade a partir da espiritualidade, do sagrado. Tanto Marx, quanto Ludwig Feuerbach sai em defesa do antropocentrismo, da racionalidade.

Nicolau Maquiavel (1469-1527), autor de O Príncipe (1532), desde o século XVI tem sido objeto de centenas de escritos, análises, monografias, em que é criticado, tratado como homem sem princípios, irreverente, imoral, pérfido, destruidor de leis, mas também elogiado pela a sua capacidade política, estratégica. De certa forma há questões discutíveis em O Príncipe, mas há se destacar o fato de que o autor compõe sua obra em um período em que o sentido de democracia, de humanidade, era desconhecido de sua geração – principalmente diante do fato de que o autor compõe sua análise em uma época, diríamos, obscura, de trevas, de influência continental do catolicismo romano. Atualmente, com as convenções, as cartilhas, a democracia, o respeito ao próximo é um dever internacional, de todos os povos, de todas as culturas. Igualmente, Marx e Feuerbach partem de uma questão que estava em voga na época, de descontentamento e descrédito com relação à religião, ao domínio desta na sociedade.

Hoje sabemos que a crença religiosa é um patrimônio, um direito de todo cidadão, que não deve ser reprimida pelo estado republicano, mesmo que contrária a pressupostos científicos, filosóficos ou sociológicos. A religião faz parte da humanidade, presente nas comunidades mais primitivas. Marx, Weber, Hegel, Feuerbach foram interpretados de diversas formas nas últimas décadas, muitas das vezes de forma equivocada, sem contextualização, que culminou em tragédias, violações aos direitos humanos, cerceamento de toda ordem. Há aspectos locais, nacionais, de cultura, que devem ser respeitados. Maquiavel, apesar de desonesto para os padrões contemporâneos, faz reiteradas referências a Deus, à religião em O Príncipe, enquanto Max Weber, em sua obra, A Ética Protestante e o Espírito Capitalista (1904-05), associa a ética e as ideias puritanas ao surgimento do capitalismo, mas tal não torna o protestantismo responsável pelos males do sistema capitalista, neoliberal. É um fato!

Fonte: NAPEC

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