O compromisso com o testemunho do evangelho
>> segunda-feira, 16 de setembro de 2013
O apóstolo Paulo menciona três disposições inabaláveis do
seu coração em relação ao evangelho: “Eu estou pronto” (Rm 1.14); “eu
sou devedor” (Rm 1.15) e “eu não me envergonho” (Rm 1.16). Temos aqui
três verdades: A obrigação do evangelho: “sou devedor”; a dedicação ao
evangelho: “estou pronto”; e a inspiração do evangelho: “não me
envergonho”. Vamos examinar esses três compromissos com o evangelho.
Em primeiro lugar, eu estou pronto a pregar o Evangelho (Rm 1.14).
A demora de Paulo em ir a Roma não era falta de desejo do apóstolo, mas
impedimentos circunstanciais alheios à sua vontade. Esse atraso, na
verdade, enquadra-se no sábio arbítrio de Deus, pois resultou na escrita
desta epístola, que tem merecido o encômio de ser “o principal livro do
Novo Testamento e o evangelho perfeito”. Paulo sempre esteve pronto a
pregar. Ele pregava em prisão e em liberdade; nas sinagogas e nas
cortes; nos lares e nas praças. Pregava em pobreza ou com fartura. Ele
chegou a dizer: “ai de mim, se não pregar o evangelho” (1Co 9.16).
Pregar o evangelho era a razão da sua vida.
Em segundo lugar, eu sou devedor do Evangelho (1.15).
Há duas maneiras de alguém se endividar. A primeira é emprestando
dinheiro de alguém; a segunda é quando alguém nos dá dinheiro para uma
terceira pessoa. É no segundo caso que Paulo se refere aqui. Deus havia
confiado o evangelho a Paulo como um tesouro que ele tinha que entregar
em Roma e no mundo inteiro. Ele não podia reter esse tesouro. Ele
precisava entregá-lo com fidelidade. Deus nos confiou sua Palavra. Ele
nos entregou um tesouro. Precisamos ir e anunciar. Sonegar o evangelho é
como um crime de apropriação indébita. O evangelho não é para ser
retido, mas para ser proclamado. Ninguém pode reivindicar o monopólio do
evangelho. A boa nova de Deus é para ser repartida. É nossa obrigação
fazê-la conhecida de outros. Proclamar este evangelho em todo o mundo e a
toda criatura não é questão de sentimento ou preferência; é uma
obrigação moral; é um dever sagrado.
Em terceiro lugar, eu não me envergonho do Evangelho (1.16).
Paulo se gloria no evangelho e considera alta honra proclamá-lo. Ao
considerarmos, porém, todos os fatores que circundavam o apóstolo, nós
poderíamos perguntar: Por que Paulo seria tentado a envergonhar-se do
evangelho ao planejar sua viagem para Roma? Porque o evangelho era
identificado com um carpinteiro judeu que fora crucificado. Porque
naquela época como ainda hoje os sábios do mundo nutriam desprezo pelo
evangelho.
Porque o evangelho, centralizado na cruz de Cristo, era visto com
desdém tanto pelos judeus como pelos gentios. Porque pelo evangelho
Paulo já havia enfrentado muitas dificuldades. Porém, a despeito dessas e
outras razões, Paulo pode afirmar, com entusiasmo: “Porque não me
envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que crê” (Rm 1.16).
Hoje há três grupos bem distintos: Primeiro, aqueles que se
envergonham do evangelho. Segundo, aqueles que são a vergonha do
evangelho. Terceiro, aqueles que não se envergonham do evangelho. Em
quais desses grupos você se enquadra? Qual tem sido o seu compromisso
com a proclamação do evangelho? Que Deus desperte sua igreja, para que
como um exército poderoso, cheio do Espírito Santo, se levante para
proclamar com fidelidade o evangelho da graça. Pregar outro evangelho ou
sonegar o evangelho é um grave pecado; porém, anunciar o evangelho, é o
maior de todos os privilégios!
0 comentários:
Postar um comentário