Ide e Pregai

O Documentário é um resumo da história das Assembléias de Deus no Brasil a começar pela chegada dos missionários e pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará.

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O Espelho dos Mártires

O Documentário relata em detalhe o modo de vida e as persiguições que sofreram os cristão primitivos e como foram martirizados os Apóstolos de Cristo.

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Filme ´180`: 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto

O Ministério Living Waters, dos Estados Unidos, produziu recentemente um documentário impactante e fantástico sobre o aborto. O filme traz como título ‘180’ e instiga as pessoas a mudarem de opinião sobre o aborto e outras questões bíblicas.

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As Perseguições do Catolicismo contra a Biblia

>> sábado, 10 de março de 2012

Por David Cloud

Durante o período em que a igreja católica esteve no poder, ela fez tudo o que pode para manter a Bíblia fora das mãos do povo comum.  Era ilegal traduzir a Bíblia para a linguagem popular, ainda que a maioria das pessoas não pudesse ler a Bíblia oficial católica por ela estar em latim, um idioma conhecido apenas pelos que possuíam a mais alta instrução.


Considere algumas das leis católicas feitas contra a tradução da Bíblia. Essas leis tiveram início no 13° século e vigoraram até o 19°.


(1) No ano de 1215, o papa Inocêncio III emitiu uma lei ordenando “que devem ser presos para interrogatório e julgamento, QUEM ESTIVER ENVOLVIDO NA TRADUÇÃO DOS VOLUMES SACROS, ou que mantém reuniões secretas, ou que pregue sem a autorização dos superiores; contra quem o processo deve ser iniciado sem qualquer permissão para apelo” (J.P. Callender, Illustrations of Popery, 1838, p. 387). Inocêncio declarou “que como pela lei antiga, o animal que tocasse o monte santo era apedrejado até a morte, assim simples e iletrados homens não eram autorizados a tocar na Bíblia ou fazer qualquer ato de pregação de suas doutrinas” (Schaff, History of the Christian Church, VI, p. 723).

 
(2) O Concílio de Toulouse (1229)
PROIBIU OS LEIGOS DE POSSUIR OU LER TRADUÇÕES DO VERNÁCULO DA BÍBLIA (Allix, Ecclesiastical History, II, p. 213). Este concílio ordenou queos bispos deveriam nomear, em cada paróquia "um sacerdote e dois ou três leigos, que deveriam se engajar sob juramento, para fazer uma busca rigorosa a todos os hereges e seus cúmplices, e para essa finalidade vistoriar cada casa, do sótão a adega, juntamente com todos os lugares subterrâneos, onde eles poderiam esconder-se” (Thomas M’Crie, History of the Reformation in Spain, 1856, p. 82).  Eles também buscavam por Bíblias ilegais. 
 
(3) O concílio de Tarragona (1234) “ORDENOU QUE TODAS AS VERSÕES DO VERNÁCULO DEVERIAM SER TRAZIDAS AOS BISPOS PARA SEREM QUEIMADAS” (Paris Simms, Bible from the Beginning, p. 1929, 162).


(4) Em 1483, o infame inquisidor general Tomás de Torquemada, iniciou seu reinado de terror como chefe da inquisição espanhola; o rei Fernando e sua rainha “PROIBIRAM TODOS, SOB SEVERAS PENALIDADES, DE TRADUZIR A ESCRITURA SAGRADA PARA O DIALETO POPULAR, OU DE USÁ-LA QUANDO TRADUZIDA DE OUTROS IDIOMAS” (M’Crie, p. 192). Por mais de três séculos a Bíblia na linguagem comum foi um livro proibido na Espanha e milhares de cópias foram queimadas nas fogueiras, junto com aqueles que as possuíam.


(5) Na Inglaterra, também, leis foram emitidas pelas autoridades católicas contra as Bíblias vernaculares. As Constituições de Thomas Arundel, emitidas em 1408 pelo arcebispo de Canterbury, fez essa impetuosa demanda: "POR ISSO, DECRETAMOS E ORDENAMOS QUE NENHUM HOMEM, DAQUI POR DIANTE, POR SUA PRÓPRIA AUTORIDADE, TRADUZA QUALQUER TEXTO DA ESCRITURA PARA O INGLÊS, OU QUALQUER OUTRA LÍNGUA, por meio de livro, folheto, ou tratado, agora recentemente estabelecido no tempo de John Wyclife, ou depois, ou que venha a ser estabelecido, em parte do todo, ou privada e abertamente, sob pena de excomunhão maior, até a referida tradução ser permitida pela autoridade do lugar, ou, se o caso assim exigir, pelo concílio provincial" (John Eadie,
The English Bible, vol. 1, 1876, p. 89). Observe a consideração de Arundel do homem que deu ao povo de fala inglesa a sua primeira Bíblia: "Este pestilento miserável John Wycliffe de memória condenável, um filho do diabo, e ele mesmo um pupilo do antiCristo, que enquanto viveu, andou na vaidade da sua mente ... coroando sua maldade traduzindo as Escrituras para a língua materna" (Fountain, John Wycliffe, p. 45).
 
(6) Papa Leão X (1513-1521), que se opôs contra os esforços de Lutero em seguir o preceito bíblico de e Escrituras somente, iniciou o quinto Concílio de Latrão (1513-1517), que denunciou que nenhum livro devesse ser impresso, exceto os aprovados pela Igreja Católica. "POR ISSO, PARA SEMPRE E A PARTIR DE AGORA, A NINGUÉM DEVE SER PERMITIDO IMPRIMIR QUALQUER LIVRO OU ESCRITO, SEM UMA AVALIAÇÃO PRÉVIA, PARA SERVIR DE TESTEMUNHO POR ASSINATURA MANUAL, PELO VIGÁRIO PAPAL E MESTRE DO SAGRADO PALÁCIO EM ROMA, e em outras cidades e dioceses pela Inquisição, e o bispo ou um perito por ele nomeado. POR NEGLIGÊNCIA DESTA, A PUNIÇÃO ERA A EXCOMUNHÃO, A PERDA DA EDIÇÃO, QUE ERA PARA SER QUEIMADA, uma multa de 100 ducados para a construção da basílica de São  Pedro, e a suspensão de negócios por um ano" (Henry Lea, The Inquisition of the Middle Ages).

(7)
Essas restrições foram repetidas pelo Concílio de Trento em 1546, que colocaram as traduções da Bíblia, como a alemã, espanhola e inglesa, na sua lista de livros proibidos, bem como proibidos a qualquer pessoa de ler a Bíblia sem a licença de um bispo católico ou inquisidor.
 
Segue uma citação do Concílio de Trento: "... SERÁ CONSIDERADO ILEGAL QUE ALGUÉM IMPRIMA OU TENHA IMPRIMIDO QUAISQUER LIVROS QUE LIDEM COM QUESTÕES DOUTRINÁRIAS, SEM O NOME DO AUTOR, OU NO FUTURO PARA VENDÊ-LOS, OU MESMO TÊ-LOS COMO SUA POSSE, A MENOS QUE TENHAM SIDO PREVIAMENTE EXAMINADOS E APROVADOS PELA AUTORIDADE, SOB PENA DE ANÁTEMA E MULTA prescrita pelo último Conselho de Latrão"
(Fourth session, April 8, 1546, The Canons and Decrees of the Council of Trent, Translated by H.J. Schroeder, pp. 17-19).

Essas regras foram afixadas no Índice de Livros Proibidos e foram constantemente reafirmadas pelos papas nos séculos 16, 17, 18 e 19. Estas proibições, de fato, nunca foram revogadas. É verdade que o Concílio de Trento não proibiu absolutamente a leitura das Escrituras em todas as circunstâncias. Permitiu algumas exceções. Os padres tinham permissão de ler a Bíblia Latina. Bispos e inquisidores foram autorizados a conceder licença para certos fiéis católicos de ler a Bíblia em latim, desde que estas Escrituras fossem acompanhadas por notas católicas e se cressem que estes não seriam "prejudicados" por tal leitura. Na prática, porém, as proclamações do Concílio de Trento proibiram a leitura das Escrituras Sagradas para, pelo menos, 90% da população. A reivindicação de Roma de possuir autoridade para determinar quem pode e quem não pode traduzir, publicar e ler a Bíblia é uma das afirmações mais blasfemas já feitas sob este sol.


A atitude das autoridades católicas do século 16 em relação à Bíblia ficou evidente a partir de um discurso de Richard Du Mans entregue em Trento, no qual ele disse que "
as Escrituras se tornaram inúteis, uma vez que o escolásticos haviam estabelecido a verdade de todas as doutrinas; e ainda que elas fossem antigamente lidas na igreja, para a instrução do povo, e ainda lidas no serviço, no entanto, não deveria ser feito um estudo, porque os luteranos vinham ganhando todos aqueles que as liam” (William M’Gavin, The Protestant, 1846, p. 144). É verdade que a Bíblia leva o homem para fora do catolicismo, mas isto é somente porque o catolicismo não é fundamentado sobre a Palavra de Deus!

Papa Clemente VIII
(1592-1605) confirmou as proclamações do Concílio de Trento contra traduções da Bíblia (Eadie, History of the English Bible, II, p. 112) e foi ainda mais longe, proibindo a concessão de licenças para a leitura da Bíblia sob quaisquer condições (Richard Littledale, Plain Reasons Against Joining the Church of Rome, 1924, p. 91).
 
(8)
As restrições contra a posse das Escrituras vernaculares foram repetidas pelos papas até o final do século 19:

Papa Bento XIV
(1740-1758) confirmou as proclamações o Conselho de Trento contra traduções da Bíblia (Eadie, History of the English Bible, II, p. 112) e emitiu uma liminar "que nenhuma versão deve ser oferecida para ser lida, mas as que forem aprovadas pela Santa Sé, acompanhadas de notas provenientes dos escritos dos santos pais da Igreja, ou de outros autores e mestres católicos" (D.B. Ray, The Papal Controversy, p. 479).
 
Foi durante
o reinado do Papa Pio VII (1800-1823) que o movimento das modernas sociedades Bíblicas começou. A British and Foreign Bible Society foi formada em março de 1804, com o objetivo de "incentivar uma maior circulação das Sagradas Escrituras, sem nota ou comentário". Outras sociedades foram logo criadas com o mesmo exaltado propósito. Alemanha (1804), Irlanda (1806), Canadá (1807); Edimburgo (1809); Hungria (1811), Finlândia, Glasgow, Zurique, Prússia (1812), Rússia (1813); Dinamarca e na Suécia (1814); Holanda, Islândia (1815); Estados Unidos, Noruega e dos valdenses (1816), Austrália, Malta, Paris (1817), etc. Uma das sociedades começou a distribuir uma Bíblia polonesa na Polônia. O Papa, em vez de louvar ao Senhor que a Palavra eterna de Deus estava sendo colocada nas mãos das multidões de pessoas espiritualmente carentes, mostrou seu descontentamento através da emissão de uma bula contra as Sociedades Bíblicas em 29 de junho de 1816. O Papa expressou-se como estando "chocado" com a circulação das Escrituras na língua polonesa. Ele caracterizou essa prática como um "um dos mais astutos dispositivos pelo qual as próprias bases da religião são prejudicadas", "uma peste", que deve ser "curada e abolida", "uma profanação da fé, eminentemente perigosa para as almas". O Papa Pio VII também repreendeu o arcebispo de Buhusz, de Mohiley na Rússia, por causa de seu endosso de uma recém-formada Sociedade Bíblica naquele país (Kenneth Latourette, The Nineteenth Century in Europe, p. 448). A declaração papal, datada de 3 de setembro de 1816, declarou que "se as Sagradas Escrituras fossem permitidas na língua vulgar em todos os lugares, sem discriminação, mais prejuízo do que benefícios poderiam surgir" (Jacobus, Roman Catholic and Protestant Versions Compared, p. 236).

Papa Leão XII
(1823-29) emitiu uma bula aos bispos da Irlanda em 3 de maio de 1824, no qual ele afirmava o Concílio de Trento e condenada a distribuição da Bíblia. "Não é segredo para vós, veneráveis ​​irmãos, que uma certa sociedade, vulgarmente chamada de Sociedade Bíblica, está audaciosamente espalhando-se por todo o mundo. Depois de desprezar as tradições dos santos pais, e em oposição ao bem conhecido decreto do Concílio de Trento, esta Sociedade tem juntado todas as suas forças, e dirige todos os meios para um objeto - a tradução, ou melhor, a perversão da Bíblia para as línguas vernaculares de todas as nações. ... SE AS SAGRADAS ESCRITURAS FOREM INDISCRIMINADAMENTE PUBLICADAS POR TODA PARTE, MAIS MALES DO QUE VANTAGENS SURGIRÃO, por conta da imprudência dos homens" (Bull of Leo XII, May 3, 1824; cited from Charles Elliott, Delineation of Roman Catholicism, 1851, p. 21). Este Papa republicou o Índice de Livros Proibidos em 26 de março de 1825, e determinou que os decretos do Concílio de Trento fossem aplicados contra a distribuição das Escrituras (R.P. Blakeney, Popery in Its Social Aspect, p. 137).

Papa Gregório XVI
(1831-46) ratificou os decretos de seus antecessores, proibindo a livre distribuição das Escrituras. Em sua encíclica de 8 de maio de 1844, o Papa afirmou: "ALÉM DISSO, CONFIRMO E RENOVO OS DECRETOS ACIMA RECITADOS, ENTREGUE EM TEMPOS ANTIGOS POR AUTORIDADE APOSTÓLICA, CONTRA A PUBLICAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, LEITURA E POSSE DE LIVROS DAS SAGRADAS ESCRITURAS TRADUZIDAS PARA A LÍNGUA VULGAR" (James Wylie, The Papacy, 1867, p. 182). Esta encíclica foi proferida contra as sociedades bíblicas em geral, e mencionou em particular a Aliança Cristã, que foi formada em 1843 em Nova York com a finalidade de distribuir Escrituras.

Papa Pio IX
(1846-78) em novembro 1846 emitiu uma carta encíclica em que denunciou todos os adversários do catolicismo, entre os quais ele incluiu "as insidiosas Sociedades Bíblicas". Ele disse que a sociedades bíblicas estavam "renovando os artifícios dos hereges antigos", ao distribuir a "todos os tipos de homens, mesmo os menos instruídos, gratuitamente e a imensas custas, cópias em grande número dos livros da Sagrada Escritura traduzidas contra as mais sagradas regras da Igreja em várias línguas vulgares ...". Que crime horrível! Distribuir as Escrituras livremente a todas as pessoas! Foi Pio IX que declarou os papas "infalíveis" no Concílio Vaticano I em 1870.
 
Papa Leão XIII
(1878-1903) publicou a "Constituição Apostólica" em 1897, que declarava: "Todas as versões do vernáculo, até mesmo as católicas, estão totalmente proibidas, a menos que sejam aprovadas pela Santa Sé, ou publicadas sob os cuidados vigilantes dos Bispos, com anotações tomadas dos pais da Igreja e escritores católicos" (Melancthon Jacobus, Roman Catholic and Protestant Bibles, p. 237).

Onde
a Igreja Católica Romana estava no poder, a Bíblia sempre foi um artigo escasso. Considere alguns exemplos: Quando o governo de Nova Orleans foi assumido em 1803, "não foi formalizado o juramento de posse até que fosse concluída uma longa procura por uma Bíblia para isso, quando uma Vulgata Latina foi finalmente obtida de um padre" (William Canton, The Bible and the Anglo-Saxon People, I, p. 245). Em Quebec, até 1826, MUITAS PESSOAS NUNCA TINHAM OUVIDO FALAR DO NOVO TESTAMENTO (Canton, II, 61). A situação era a mesma na América do Sul, onde "por cerca de três séculos se passaram quase que inteiramente sem a Bíblia". Foi em 1831 que a primeira Bíblia foi impressa na América espanhola, e mesmo assim as cópias eram exorbitantemente caras (Canton, II, 347). Assim, mesmo, quando as autoridades católicas finalmente imprimiram algumas Bíblias, os preços estavam muito além do alcance da maioria das pessoas. Entre dezembro de 1907 e fevereiro 1908 uma diligente pesquisa foi feita para determinar quantas Bíblias estavam disponíveis na Irlanda católica. Nenhuma parte da Bíblia estava disponível nas livrarias em Athlone, Balbriggan, Drogheda, Mullingar, Wexford, e Clonmel. Um assistente de loja em Mullingar disse: "Eu nunca vi uma Bíblia católica". Quando perguntado sobre o Novo Testamento, um vendedor da Catholic Truth Society respondeu: "Nós não a temos". Aqueles que fizeram o extenso levantamento concluíram "QUE, EM 90% DAS CIDADES, VILAS E ALDEIAS OU NA IRLANDA, UM CATÓLICO NÃO PODERIA ENCONTRAR UMA CÓPIA DA BÍBLIA CATÓLICA OU DO NOVO TESTAMENTO" (Alexander Robertson, The Papal Conquest, 1909, pp. 166-167).
 
Estes fatos
descobrem apenas a ponta do iceberg em relação à atitude de Roma em relação à Bíblia nos tempos antigos.

OS VALDENSES
são um exemplo do que ocorreu durante este período. Eles viviam nas montanhas da Itália e da França e eventualmente se espalharam por toda a Europa; eles se recusaram a aderir à Igreja Católica ou reconhecer o papa. Eles receberam a Bíblia como a única fonte de fé e prática e tinham suas próprias traduções, que diligentemente reproduziam em cópias escritas à mão. Roma perseguiu os valdenses por toda a Idade das Trevas (Idade Média) até o século 18.
 
Algumas
descrições breves das perseguições contra os valdenses seguem. Note que muitos livros foram escritos sobre essas perseguições e os fatos a seguir apenas sugerem a destruição e tormento derramado sobre essas pessoas.


SÉCULO 12

A Igreja Católica Romana
perseguiu Pedro Valdo e se recusou a aceitar a sua tradução do Novo Testamento para a língua Romana. O Papa Alexandre III (1159-1181) expulsou Valdo e seus seguidores de sua diocese, e o próximo papa, Lúcio III, lançou a maldição papal sobre eles (William Blackburn, History of the Christian Church, 1880, pp. 309, 310).  O Concílio de Tours, em 1163 promoveu a inquisição contra os crentes da Bíblia, emitindo um decreto que declarava: "Ninguém deve receber ou ajudar hereges, nem comprar ou vender alguma coisa com eles, que fazendo assim, os privando do conforto e humanidade, possam ser obrigados a se arrepender do erro do seu caminho" (Gideon Ouseley, A Short Defence of the Old Religion, 1821, p. 221). "Muitos Albigenses, recusando os termos, foram queimados em diferentes cidades no sul da França" (G.H. Orchard, A Concise History of the Baptists, 1855, p. 199). O Terceiro Concílio de Latrão "deu permissão aos príncipes para reduzir os hereges à escravidão e encurtou o tempo de penitência por dois anos para aqueles que pegassem em armas contra eles" (Philip Schaff, History of the Christian Church, V, p. 519).


SÉCULO 13

No ano de
1209, o Papa Inocêncio III convocou a uma cruzada contra os valdenses na França. Qualquer pessoa que se voluntariasse para a guerra contra os "hereges" (assim chamados por Roma porque discordavam de seus dogmas) era prometido o perdão de pecados e muitas recompensas. Dezenas de milhares pegaram em armas pelo Papa e marcharam contra os odiados valdenses. Cerca de 200.000 dissidentes foram mortos pelo exército do Papa em poucos meses. Duas grandes cidades, Beziers e Carcasone, foram destruídas, juntamente com muitas pequenas cidades e aldeias. A guerra se estendeu por 20 anos! Milhares ficaram desabrigados e foram obrigados a vagar nas matas e montanhas para escapar de seus algozes. As crueldades praticadas pelos perseguidores católicos foram horríveis. Os cristãos eram jogados de penhascos elevados, enforcados, estripados, trespassados repetidamente, afogados, rasgados por cães, queimados vivos, crucificados. Em um caso, 400 mães fugiram para um refúgio com seus bebês em uma caverna em Castelluzzo, localizada a mais de 600 metros acima do vale em que viviam. Eles foram descobertos pelos católicos furiosos, um grande incêndio foi feito na boca da caverna e eles morreram sufocados.
 

SÉCULO 15

Em 1487 o papa Inocêncio VIII convocou uma cruzada contra os valdenses na Itália, Alemanha, e em outros lugares. Ele prometeu o perdão dos pecados e uma parte do saque para aqueles que aderissem. Carlos VIII da França e Carlos II de Sabóia concordaram em levantar um exército para a destruição dos valdenses. Este exército regular era de cerca de 18.000 soldados e milhares de "rufiões" juntaram-se, instigados pela promessa de perdão dos pecados e da expectativa de obtenção do espólio das posses valdenses. Wylie descreve esses voluntários como "fanáticos ambiciosos, saqueadores imprudentes, assassinos impiedosos" (
James Wylie, History of the Waldenses, 1860, p. 29) [N.T.: Obra traduzida e disponível na íntegra neste link]. Este exército atacou simultaneamente os vales valdenses pelo no norte da Itália, nas planícies ao sul e pela França ao oeste. Milhares de cristãos crentes na Bíblia pereceram nesta cruzada. Suas casas e plantações foram destruídas. Muitas aldeias inteiras foram destruídas. Suas mulheres foram estupradas e depois brutalmente assassinadas. Seus filhos foram jogados contra as árvores e penhascos. Mais de 3000 cristãos valdenses, homens, mulheres e crianças morreram em uma caverna chamada Aigue-Froid para onde tinham fugido para se proteger. Estes eram os habitantes de toda a aldeia de Val Loyse, e as propriedades dessas pobres pessoas ​​foi distribuída entre os participantes da cruzada. Muitos vales inteiros foram queimados, pilhados e despovoados. Esta cruzada contra os valdenses durou um ano.


SÉCULO 16

Segue-se
uma breve descrição das perseguições no século 16 como dadas por um pastor valdense: "Não há uma cidade no Piemonte sob um pastor valdense que alguns de nossos irmãos não tenham sido condenados à morte ... Hugo Chiamps de Finestrelle teve suas entranhas arrancadas de seu corpo ainda vivo, em Turim. Pedro Geymarali de Bobbio, da mesma maneira, teve suas entranhas arrancadas em Lucerna, e um felino feroz foi colocado no lugar para torturá-lo ainda mais; Maria Romano foi enterrada viva em Rocco-Patia; Magdalen Foulano sofreu o mesmo destino em San Giovanni; Susan Michelini teve as mãos e pés atados, e deixada a perecer de frio e fome em Saracena. Bartolomeu Fache, cortado com sabres, teve as feridas preenchidas com cal virgem, e pereceu, assim, em agonia em Fenile; Daniel Michelini teve sua língua arrancada em Bobbio, por ter louvado a Deus. James Baridari pereceu coberto de mechas sulfurosas, que foram enfiadas em sua carne sob as unhas, entre os dedos, nas narinas, nos lábios, e sobre todo o seu corpo, e então queimado. Daniel Revelli teve a boca cheia de pólvora, que, sendo acesa, explodiu a sua cabeça em pedaços. Maria Monnen, presa em Liousa, teve a carne de seu rosto cortado até o osso do queixo, de modo que sua mandíbula foi deixada nua, e ela ficou, assim, a perecer. Paul Garnier foi lentamente cortado em pedaços em Rora. Thomas Margueti foi mutilado de uma maneira indescritível em Miraboco, e Susan Jaquin cortada em pequenos pedaços em La Torre. Sara Rostagnol foi aberta das pernas ao peito, e assim deixada a perecer na estrada entre Eyral e Lucerna. Anne Charbonnier foi empalada e levada assim, em uma lança, como um estandarte, de San Giovanni a La Torre. Daniel Rambaud, em Paesano, teve suas unhas arrancadas, depois seus dedos decepados, então seus pés e mãos, braços e pernas, a cada recusa sucessiva de sua parte em abjurar o Evangelho" (Alex Muston, A History of the Waldenses: The Israel of the Alps, 1866).

Não somente os cristãos valdenses foram destruídos pelos exércitos, mas a sua literatura e Escrituras vernaculares foram destruídas por vingança durante essas perseguições. Os padres católicos que acompanharam os exércitos fizeram isso conscientemente. Assim, muitas cópias das Escrituras valdenses foram destruídas por isso temos pouca informação sobre as suas Bíblias.

 
No século 17, Samuel Morland visitou os valdenses no norte da Itália como representante do governante da Inglaterra, Oliver Cromwell. Morland tentou ajudar os valdenses nas amargas perseguições que ainda estavam sendo derramadas sobre eles. Exércitos inteiros haviam sido enviados para destruir as aldeias valdenses no século 17. Praticamente todos os seus documentos haviam sido destruídos. Morland recolheu todos os materiais restantes que pode encontrar e em 1658 mandou para a Inglaterra para ser depositado na biblioteca da Universidade de Cambridge. As coleções de Morland ainda estão disponíveis. Em 2 de junho de 2004, J.S. Ringrose, responsável pelos manuscritos na biblioteca da universidade de Cambridge, escreveu a Justin Savino, estudante do
Emmanuel Baptist Theological Seminary, Newington, Connecticut, como segue: "Existem duas principais coleções de manuscritos valdenses, ambos depositados por Samuel Morland em 1658. MSS (manuscritos) Dd. 3. 25-38 (Morland MSS GV) são manuscritos do século XVII, principalmente transcrições de fontes históricas anteriores. MSS. Dd. 15,29-34 (Morland AF) são medievais". O pacote F de Morland contém manuscritos do século 14 com o Novo Testamento inteiro e partes do Antigo e escritos apócrifos" no dialeto do Piemonte provençal ou ocitano". Em uma visita a biblioteca em abril de 2005 examinei o pacote F. Ele contém seis pequenos itens, incluindo um Novo Testamento (embora não contendo todos os livros). 






 Fonte:discernimentobiblico
   

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