Produzindo Frutos - Parte II
>> segunda-feira, 5 de março de 2012
2. Frutos do Espírito - Gl. 5
A falta de entendimento sobre esta verdade de frutificar tem levado milhares de pessoas a frustração e em alguns casos ao naufrágio na vida ministerial e na vida cristã.
Existe um ciclo no qual precisamos viver; depois da consciência dos frutos de arrependimento, eu preciso entender que agora minha vida interna e externa precisa produzir frutos do Espírito.
Vejamos o que Paulo entende por frutos do Espírito:
"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." Ef. 5: 22-23.
Apesar desses frutos serem subjetivos, eles precisam ser manifestos.
No versículo 25, Paulo conclui dizendo que: se vivemos no Espírito, também andemos no Espírito.
É impossível pensar numa pessoa dizendo que nasceu de novo e não manifestar esses frutos em seu dia-a-dia.
As vezes desejamos ardentemente que o produto final de nossa conversão aqui na terra aconteça, sem atentar para necessidade do processo de amadurecimento acontecer em nossa vida.
Depois que entendi a necessidade de viver uma vida de arrependimento, eu preciso produzir esses frutos do Espírito para que o processo de amadurecimento seja crescente em minha vida.
O primeiro fruto citado é o AMOR, não há melhor definição de amor do que a de Paulo em sua primeira carta aos Coríntios no capítulo 13, versículo 7.
"o amor..., tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
Quando eu quero saber se estou manifestando esse fruto, é só olhar para esse texto.
O segundo fruto é ALEGRIA. Permita-me citar um texto em Provérbios que fala muito ao meu coração sobre a necessidade de ter uma vida alegre.
"Todos os dias do aflito são maus, mas a alegria do coração é banquete contínuo." (Pv. 15:15)
Quando eu cultivo uma vida alegre, diariamente eu me alimento de um banquete.
O terceiro fruto é PAZ; diante de todas as intemperes da vida nós precisamos ter um norte, uma convicção interior que nos levará a vitória, a permanecer firme sem tropeçar, sem retroceder; esse norte só podemos encontrar na Paz, veja:
"Seja a PAZ de CRISTO o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos." Cl. 3:15.
"Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias." 2Tss. 3:16.
Quando estamos diante de um momento em que temos que decidir acerca de algo, essa paz é simplesmente fundamental.
Geralmente naquilo que eu não tiver paz eu não serei bem sucedido.
O quarto fruto é a LONGANIMIDADE, na concordância do grego Strong, longanimidade significa paciência, tolerância, constância, firmeza, perseverança.
Vejamos o parecer da Palavra sobre longanimidade:
"O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura" Pv. 14:29
"O homem iracundo suscita contenda, mas o longânimo apazigua a luta" Pv. 15:18
"Melhor é o longânimo do que o herói de guerra, e o que domina seu espírito, do que o que toma uma cidade" Pv. 16:32
"A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias". Pv. 19:11
A longanimidade me levará a compreender o tempo de cada alma no processo de salvação, me dará perseverança para continuar crendo na salvação das almas.
Ao trabalhar com uma pessoa no processo de salvação, se eu não tiver longanimidade, eu não terei paciência para esperar a ação do Espírito Santo e poderei até atrapalhar o processo na vida daquela pessoa.
O quinto fruto é a BENIGNIDADE, na concordância do grego Strong, benignidade significa bondade moral e integridade. Segundo o dicionário online priberam benignidade significa aquele que é amável, favorável.
Nesses dias será cada vez mais difícil encontrar condutas favoráveis nas pessoas. Estamos vivendo dias em que o ser humano está sendo cada vez mais impelido a desconfiar e desacreditar das pessoas, esse fato é claro está diretamente ligado a satanás.
Uma pessoa que quer viver uma vida cristã equilibrada precisa desenvolver a benignidade, esse fruto do espírito é uma das colunas do caráter de JESUS; ele era amável em quase todas as situações, sempre se mostrava favorável às pessoas menos favorecidas de seu tempo, por isso, sempre estava rodeado de multidões.
Quando eu desenvolvo a benignidade em minha vida, eu começo a atrair multidões para CRISTO.
O sexto fruto é a BONDADE; Certa vez, um homem chamou JESUS de bom, e JESUS respondeu a ele que só existia um que era bom: Deus!
Se JESUS disse que só Deus é bom, então precisamos ver a conduta de Deus com as pessoas para saber se estamos de fato exercitando a bondade ou não.
Nesse caso a maior bondade manifesta de Deus para nós foi a entrega de seu único filho em favor da humanidade.
Ser bom é muito mais que viver sem maldade, ser bom é viver a certeza de sempre renunciar algo.
O sétimo fruto é FIDELIDADE, fidelidade é o mesmo que lealdade, uma pessoa leal é aquela que sempre se comporta com sinceridade, com dedicação.
Hoje é muito difícil encontrar pessoas leais e dedicadas, a maioria delas sempre vive desconfiada e nunca dão o seu melhor onde estão. A não ser que elas tenham uma remuneração financeira muito alta.
Em Apocalipse Jesus disse ao anjo da igreja para ele ser FIEL até a morte e receberia a coroa da vida. Ap. 2:10.
Quem é fiel, tem que ser fiel até a morte.
O oitavo fruto é MANSIDÃO, aqui a palavra mansidão não pode ser confundida com a palavra morosidade ou preguiça; uma pessoa mansa é uma pessoa em primeiro lugar dócil; uma pessoa mansa é também uma pessoa gentil.
Essa virtude ou fruto é uma conduta marcante na pessoa do Espírito Santo; de todas as virtudes conhecidas talvez essa seja a mais usado pelo Espírito Santo no dia-a-dia conosco.
Portanto somos indesculpáveis quando diante das pessoas que estão à nossa volta não usamos de mansidão no trato com elas.
Ser manso é muito mais que ser paciente; ser manso é manifestar compaixão.
O nono fruto e último descrito aqui em Gálatas, é o DOMÍNIO PRÓPRIO!
Talvez esse seja o último fruto descrito nesse texto porque para uma pessoa exercer domínio próprio, requer muita, mas muita disciplina; a maioria de nós não consegue exercer na plenitude esse fruto.
Segunda uma pesquisa feita na Bible Reader on line, essa expressão aparece somente cinco vezes em toda a Bíblia.
Essa estatística mostra sem dúvida a dificuldade do ser humano em exercer domínio próprio.
Domínio próprio não quer dizer vencer apenas uma área de nossa vida mas, lutar pelo equilíbrio em todos os nossos caminhos; para isso é preciso considerar uma provérbio, vejamos:
"Confia no SENHOR de todo teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas". Pv. 3:5-6.
Para que eu alcance o domínio próprio, eu preciso em primeiro lugar reconhecer a Deus em todos os meus caminhos.
Existem alguns caminhos que são muito fáceis de reconhecer a Deus, porém, outros são tão difíceis que por vários anos mesmo estando dentro de uma igreja nós não permitimos que Deus entre por eles.
Quando tive minha experiência com JESUS no ano de 1997, me lembro que JESUS entrou em quase todos os meus caminhos, quase todos..., naquela ocasião eu parei de fumar, de beber, de usar drogas, etc., porém, havia um caminho em minha vida que não permiti reconhecer o SENHOR.
Por causa dessa atitude 4 anos depois aquilo que estava oculto veio a ser revelado, e o resultado foi ver a casa que havia construído na areia caindo e sendo grande a sua ruina.
Quando eu reconheço Deus num determinado caminho de minha vida, automaticamente o Espírito Santo começa a trabalhar o aperfeiçoamento daquele caminho diante de Deus mas, também, diante dos homens.
Veja que com JESUS isso não foi diferente;
"Crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens". (Lc. 2:52)
É impossível que uma alguém que reconhece o SENHOR em todos os seus caminhos não seja notada pelas pessoas que estão à sua volta.
Existem pessoas que encistem em sustentar um suposto crescimento subjetivo em sua vida; mas que ninguém à sua volta o percebe, só ela mesma, isso é um engano da alma veja.
"Há caminhos que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminho de morte". (Pv. 14:12)
Quando eu exercito o domínio próprio, eu começo a ser percebido pelas pessoas à minha volta pois, minha forma de pensar, minha conduta e por fim meu estilo de vida vão refletindo o exercício do domínio próprio.
É claro que ter domínio próprio nunca será um fruto pleno em minha vida porém, eu posso e devo buscar vive-lo em todos os momentos, e através desta busca certamente irei reduzir consideravelmente as inconstâncias da minha alma e serei alvo de um crescimento profundo e intermitente em minha vida.
Agora que tenho a consciência da necessidade de produzir frutos do Espírito Santo, o próprio Espírito Santo me conduzirá a necessidade de produzir também FRUTOS PARA VIDA ETERNA.
Pr. Hebinho
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