Em Mateus 16.28, Jesus prometeu que voltaria durante o tempo de vida dos seus discípulos?
>> terça-feira, 7 de maio de 2013
Depois
de referir-se à sua volta, com grande poder e glória, a fim de julgar o
mundo em justiça (Mt 16.27), o Senhor Jesus disse:
“Em
verdade vos digo que alguns há dos que aqui se encontram, que de
maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do homem
no seu reino” (Mt 16.28)
Com
essas palavras, aparentemente o Senhor se referia a alguma fase
preliminar de sua volta, em vez do período final, o clímax do seu
retorno, que será sua vinda com os gloriosos anjos do Senhor. Essa
manifestação preliminar aconteceria antes da morte de alguns daqueles
que ali estavam ouvindo sua voz. Há três prováveis cumprimentos do texto
em tela:
O primeiro cumprimento
possível teria sido a gloriosa transfiguração no cume do monte,
descrita em Mateus 17.1-8, quando Moisés e Elias apareceram a Jesus e
com ele falaram sobre sua morte e ressurreição (cf. Lc 9.31). Em certo
sentido, Jesus apareceu a Pedro, Tiago e João em sua glória celestial,
como Fundador do reino de Deus. Mas à vista da principal ênfase estar na
sua partida (êxodo) em vez de seu retorno, esse acontecimento
dificilmente poderia ser o cumprimento que o Senhor tinha em mente.
O segundo cumprimento
possível teria ocorrido por ocasião da poderosa descida do Espírito
Santo, sobre a Igreja, por ocasião do Pentecoste (At 2.2-4). Jesus havia
prometido a seus discípulos, durante seu discurso no cenáculo, que não
os deixaria órfãos (cf. Jo 14.18). O Senhor disse isto logo após lhes
haver falado da iminente concessão do Espírito Santo. É evidente, então,
que Jesus desejava dizer que haveria de voltar para eles como a
terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. No versículo 23 ele
acrescentou esta confirmação adicional:
“Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para
ele e faremos nele morada” (grifo nosso). Visto que foi por ocasião do
Pentecoste que o Espírito Santo veio com poder sobrenatural, sobre os
quase 120 discípulos que estavam orando juntos, e manifestou-lhes o dom
de línguas como que de fogo sobre suas cabeças e a capacidade de
proclamar o Evangelho, é evidente que Cristo voltou para seus seguidores
no Pentecoste mediante o Espírito Santo. Assim é que o Senhor não
deixou seus discípulos órfãos, mas verdadeiramente voltou para eles.
Uma terceira possibilidade
de cumprimento pode ser o acontecimento de 70 d.C., quando o templo em
Jerusalém, que deixaria de ser necessário, foi destruído pelos romanos,
sob o comando do general Tito. A própria cidade, que deixaria de ser
santa, e rejeitara a Cristo em 30 d.C., clamando pela morte dele na
cruz – foi totalmente demolida. No sentido de que a profecia de Jesus
sobre a destruição de Jerusalém foi cumprida (Mt 24.2; Mc 13.2; Lc
19.43,44), poder-se-ia dizer que Ele voltou para aplicar o julgamento
sobre a cidade que havia presenciado seu assassinato judicial. Mas neste
caso dificilmente se poderia afirmar que o esplendor da glória de
Cristo foi revelado, ou o poder iminente de seus santos anjos; sua
glória e poder manifestaram-se indiretamente quando o Espírito Santo foi
derramado, no Pentecoste. Portanto, destruição de Jerusalém é menos
provável como cumprimento, do que o dia da descida do Espírito Santo.
0 comentários:
Postar um comentário