O que torna uma religião demoníaca?
>> segunda-feira, 13 de maio de 2013
Por Josiah Grauman
“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” (1 Timóteo 4.1-2).
Quando você lê esses versos, o que você imagina que o Espírito está
descrevendo? Que imagens vêm à sua cabeça quando você pensa sobre esses últimos tempos? Em que atividade estarão envolvidos esses espíritos enganadores e demônios? Em outras palavras, quando você ouve falar de atividade demoníaca, qual a pior coisa que você pode imaginar?
Você estava imaginando pentagramas e velas, sacrifício humano e coisas do tipo?
Se sim, creio que você pode estar enganado sobre as artimanhas do
diabo. Paulo nos fala explicitamente nos versos seguintes sobre qual
atividade demoníaca ele está preocupado: [aqueles] que proíbem o
casamento, e ordenam a abstinência dos alimentos que Deus criou para os
fiéis,e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações
de graças.” (1 Timóteo 4.3)
O quê?!? Isso não parece um pouco exagerado? Um pouco de mais dizer
que a atividade mais demoníaca possível nos últimos dias é um mestre
proibindo sua congregação a comer certo alimento?
Se isso parece um exagero, novamente, penso que você pode não estar
alerta sobre seu inimigo se mascarar como anjo de luz (2 Co 11.14). Ele
faz o seu melhor para chegar o mais próximo possível da realidade do
evangelho, apenas não salva. Ele orgulhosamente procura uma adoração da
qual ele não é digno, projetando falsas religiões que são próximas da
verdade para que ele possa ser adorado de uma maneira similar a Cristo,
mas falsificada.
Obviamente, não muitos seriam enganados se Satã adicionasse
sacrifício humano ao Cristianismo; não muitos iriam se perguntar se
“aquela” igreja ainda era evangélica. Mas adicione uma pequena obra, e
agora parece quase idêntico aos olhos de alguém com pouco discernimento.
Entretanto, assim que você adiciona uma obra, uma coisa que você tem
que fazer para ganhar o favor de Deus, seja não casar, não comer bacon ou uma simples
circuncisão, você perde o evangelho (Galatas 5.2). O evangelho é sobre
graça e incompatibilidade com as obras. Adicione uma obra, e a graça não
é mais graça (Rm 11.6); o evangelho não é mais o evangelho (Efésios
2.8-9; Gálatas 1.6).
Nas últimas semanas, muito tem sido dito sobre como historicamente o
Catolicismo e o Cristianismo são incompatíveis, e isso é verdade.
Entretanto não é isso que causa a maior preocupação. O que mais me
alarma é quão bom o disfarce de tantas falsas religiões está se
tornando.
O que me preocupa é que quando eu pergunto a um bispo Mórmon, um
padre Católico, um líder da testemunha de Jeová ou um evangélico do tipo
“somente-Jesus”: “como alguém pode ser salvo?”, ele não diz: orar a
Maria, pagar algumas indulgências, construir seu caminho para o céu,
vestir roupa de baixo esquisita, etc. Não, ele regurgita um ecumênico
pseudo-evangelho que tem a aparência de muita sabedoria; entretanto
carece de qualquer poder para salvar.
Novamente, poucos vão para o inferno conscientemente adorando Satanás
ou tentando se juntar a ele no lago de fogo. A maioria vai para o
inferno pensando que estão no seu caminho para o céu, fazendo parte de
uma falsa religião cujo propósito é projetado para parecer próximo da
verdade.
Portanto, não é o lobo que parece com um lobo que é mais perigoso; é o
lobo que se parece mais com ovelha. Assim, não irei argumentar com o
fato de que esse “papa” ou aquele “pastor” lê mais a Bíblia que os
outros, ou que ele ora mais que os outros, ou que ele é mais evangélico
que os outros, o que eu irei argumentar é se isso o torna mais como uma
ovelha, ou mais como um lobo perigoso. Obviamente, se ele não ensina o
evangelho bíblico, é a última opção.
Veja, existem apenas dois times possíveis em que nós podemos jogar:
ou somos filhos de Deus, ou filhos do diabo; ou filhos da luz, ou filhos
das trevas; salvos pelo evangelho de Cristo ou condenados pelo nosso
próprio esforço.
Então, qual deve ser nossa resposta como cristãos?
1. Em relação aos outros: Nós precisamos discernir o
verdadeiro evangelho para sabermos se um indivíduo é nosso irmão em
Cristo ou não. Se não, precisamos orar por sua salvação e exortá-lo
para que arrependa-se do seu orgulho e creia. O problema de pensar que
alguém que afirma a doutrina católica é evangélico é que você perde a
urgência de argumentar com eles sobre se reconciliar com Deus. Ainda
existem implicações para associações com membros dessas falsas religiões
e seus mestres, mas isso vai além do âmbito desse artigo. Eu
mencionaria 2 João 10-11 e 2 Corintios 6.14 como bons pontos de partida.
2. Em relação a si mesmo: Paulo termina o capitulo 4 de
1 Timóteo com a seguinte exortação: “Tem cuidado de ti mesmo e da
doutrina” ( 1 Tm 4.16). Essa é a nossa guerra, lutar constantemente
contra essas doutrinas demoníacas que nos influenciam a pensar que
estamos contribuindo de alguma maneira para nossa posição diante de
Deus. Note que a preocupação de Paulo em 1 Timóteo 4.1 é que alguns irão
se afastar da fé… isto é, alguns de nós. Alguns de nós, bons
frequentadores de igrejas , que devem estar intrigados em pensar que
nossa religião pode salvar. Nós devemos travar batalha contra esses
pensamentos diários que crepitam de nosso orgulho perverso – “Obrigado
Senhor por me dar o desejo de ir igreja e não ser como aquelas outras
pessoas…” e assim pensar que Deus deve estar impressionado conosco.
Paulo escreve nossa batalha assim: “Destruindo os conselhos, e toda a
altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo o entendimento à obediência de Cristo” (2 Corintios 10.5). Fazer
guerra contra pensamentos ‘religiosos’ que nos tentam a pensar que Deus
aceitaria nossa ‘retidão’ (Tg 2.10, Rm 3.10-11). Destruí-los ao saber
pelo verdadeiro evangelho que o Santo Deus só irá aceitar aqueles que
são perfeitamente retos, e obviamente, que essa retidão não pode ser
obtida por nós, mas dada a nós pela graça através da fé (Gn 15.6, Rm
3.21-22, Tt 3.5, Hb 10.14). Devemos crescer no discernimento do
evangelho e então lutar cada momento, obedecendo o evangelho em todas as
coisas para que não venhamos a ceder um único centímetro; esse
centímetro pode fazer a diferença entre o céu e o inferno.
Fonte: Ipródigo
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