Ide e Pregai

O Documentário é um resumo da história das Assembléias de Deus no Brasil a começar pela chegada dos missionários e pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará.

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O Espelho dos Mártires

O Documentário relata em detalhe o modo de vida e as persiguições que sofreram os cristão primitivos e como foram martirizados os Apóstolos de Cristo.

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Filme ´180`: 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto

O Ministério Living Waters, dos Estados Unidos, produziu recentemente um documentário impactante e fantástico sobre o aborto. O filme traz como título ‘180’ e instiga as pessoas a mudarem de opinião sobre o aborto e outras questões bíblicas.

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Por quem Cristo morreu?

>> segunda-feira, 6 de maio de 2013


por Rev. Angus Stewart
Por quem Jesus Cristo, o Filho encarnado de Deus, morreu sobre a cruz? Esta questão fundamental deve ser especialmente feita e respondida em nossos dias, porque muitos acreditam que o Senhor derramou o Seu sangue por todos, cabeça por cabeça, sem excluir ninguém. Esta visão da expiação universal é pregada em muitos púlpitos e amplamente promovida como se fosse a verdade do evangelho. Mas esta posição precisa ser analizada cuidadosamente. É realmente verdade que Cristo deu a sua vida para salvar a todos, sem exceção?
Este curto panfleto apresenta dezenove argumentos simples contra este erro popular. Primeiro, ele mostra que a visão de que o Filho de Deus morreu por todos os homens é absolutamente insensata e contraditória. Do primeiro ao oitvavo, os argumentos são apresentados na forma: "Cristo Realmente Morreu por...?" O nono argumento lista nomes antiteticamente bíblicos dados àqueles por quem o Salvador derramou Seu sangue. Segundo, a expiação universal é excluída por considerações da Santa Trindade, dos sacrifícios do Antigo Testamento e da verdade que a morte de Cristo verdadeiramente expia e salva - do décimo ao décimo terceiro argumento. Terceiro, cinco capítulos bíblicos bem conhecidos e pertinentes são expostos provando a redenção particular, que Jesus entregou Sua vida somente pelos eleitos - do décimo quarto ao décimo oitavo argumento -, o qual é o ensino dos credos reformados com base na Palavra de Deus - o décimo nono argumento. Os leitores são convidados a verificarem e estudarem os textos bíblicos citados ao longo deste panfleto, o que é especialmente importante do décimo quarto ao décimo oitavo argumento.



1. Cristo Realmente Morreu por Aqueles que Já Estavam no Inferno?


Como o Deus Trino, que possui sabedoria e entendimento infinitos, enviaria o Seu amado Filho para resgatar do pecado e do inferno aqueles que já estavam no inferno, um lugar de tormento no qual os condenados não têm escapatória? (v. Lc 16v26, Mc 9v43-48, Ap 14v10-11)

2. Cristo Realmente Morreu por Aqueles que Já haviam Cometido o Pecado Imperdoável?

Em Seu ministério público, Jesus falou do pecado imperdoável: "Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na que há de vir" - Mt 12v32. Cristo não estava falando aqui, apenas de forma abstrata; alguns dos seus ouvintes naquele dia haviam cometido aquele pecado (v22-37). Logo, O Senhor sabia que algumas pessoas, incluindo os fariseus perante Ele (v24), não seriam perdoados. Que sentido então teria no Salvador morrer para a redenção e remissão (v. Ef 1v7) daqueles que Ele já sabia que não seriam perdoados?

3. Cristo Realmente Morreu por Aqueles que Nunca Ouviram o Evangelho?

Deus enviou a Sua Palavra para um só povo, os israelitas, durante a era do Antigo Testamento, e "Ele não fez isso a nenhuma outra nação" - Sl 147v20 (v. Sl 147v19, At 14v16). Além disso, o Senhor também não envia o evangelho para todo mundo na era do Novo Testamento (v. Mt 24v14, At 16v6-8). Então, por que Deus enviaria o Seu Filho para morrer por aqueles que nunca ouviram o evangelho e, portanto, nunca poderiam ser salvos? (v. Rm 10v14,17)

4. Cristo Realmente Morreu por Judas, o Filho da Perdição?

A Bíblia ensina que Judas era "o filho da perdição"[1] - Jo 17v12 - isto é, um homem totalmente caracterizado pela decadência, ruína e destruição eterna. Será que o Senhor realmente morreu por Judas embora soubesse que o Antigo Testamento já havia profetizado que Judas o trairia (v. Sl 41v9, 109v6-19) e iria "para o lugar que lhe era devido" - At 1v25 - ou seja o inferno? (v. Jo 17v12).

5. Cristo Realmente Morreu por Esaú a Quem Deus odiou?

A Escritura afirma que Deus odiou Esaú (v. Rm 9v13), entretanto, a expiação do Salvador por diversas vezes é apresentada como sendo o fruto do amor de Deus (v. Jo 3v16, Rm 5v8, 1Jo 4v10). Como então Deus enviaria o Seu Filho, em Seu infinito e eterno amor (v. Ef 3v18-19) para morrer por Esaú a quem Ele odiava?

6. Cristo Realmente Morreu pela Falsa Igreja, a Meretriz?

Uma vez que o sacrifício do Senhor é fundamentado em Seu amor por aqueles por quem Ele morreu (v. Jo 15v13, Gl 2v20, Ef 5v25), se Ele entregou a sua vida por absolutamente todos, logo, ele também amou e morreu pela falsa igreja, a meretriz, e as multidões que fornicam com ela em sua adoração pervertida (v. Ap 17v1-2, 15)! Mas Efésios capítulo 5 verso 25 ensina que o Filho de Deus "amou a igreja e entregou-se por ela". Nenhuma menção é feita do amor de Cristo ou morte de Cristo por aquela que não é a verdadeira igreja eleita, a qual é santificada pela Palavra purificadora de Deus (v26) e apresentanda imaculada no último dia (v27).



Se o Senhor Jesus amou e morreu por todos, cabeça por cabeça - o que necessariamente inclui a falsa igreja -, então Ele "amou a igreja [e a falsa igreja] e entregou-se por [ambas]" - v25. Logo, os maridos seriam ordenados: "amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja [e a falsa igreja]." Assim, os maridos teriam de amar suas esposas assim como Cristo ama Sua noiva e uma prostituta, a falsa igreja.



Mas a Escritura ensina que o nosso Salvador tem uma noiva, a igreja de todas as eras (v. Ap 21v2). Ele a amou e se entregou por ela somente. Isso, e não a teoria de que o Redentor amou e morreu por todos, é a verdade da cruz e o modelo bíblico para os maridos cristãos que não devem amar e se entregar à prostitutas.



7. Cristo Realmente Morreu pelo Anticristo e Seus Seguidores?



Se o Senhor Jesus morreu por todos os homens, então segue-se que Ele foi crucificado para salvar o Anticristo, o "homem do pecado" - 2Ts 2v3 - que "se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração" - v4. Este homem é o ápice da obra do "mistério da iniquidade" - v7 - aquele que trabalha com "todas as formas de engano da injustiça" - v10 - cuja "vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras" - v9. É possível que o Pai entregou Cristo para morrer pelo Anticristo? Aquele que é Deus e homem realmente foi para a cruz em favor do homem de Satanás, o "homem do pecado" e "filho da perdição" - v3 - aquele que é distinguido pela iniqüidade e destruição eterna? O Deus eterno, onisciente realmente enviou o Seu Filho para reconciliar o iníquo, o qual Ele ordenou que fosse destruído pelo "sopro de Sua boca [Cristo]" e "pela manifestação de Sua vinda" - v8?



A passagem de 2 Tessalonicenses 2 também fala dos seguidores do Anticristo. Eles rejeitaram a verdade e o filho da perdição os enganou; portanto, ambas as partes são culpadas - v10. Mas também lemos que "por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira e sejam condenados." - v11, 12. Se Deus os amou e entregou Seu Filho para morrer por eles e realmente deseja reconciliá-los Consigo mesmo, então por que Ele lhes envia um poder sedutor a fim de que eles acreditem na mentira, para que todos sejam condenados (v11, 12)?



Da mesma forma, a morte de Cristo por absolutamente todos, mostra o Cordeiro de Deus oferecendo a Si mesmo como um sacrifício pela besta e pelo falso profeta a quem nos é dito que serão "lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre" - Ap 19v20. Além disso, "aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida [serão] lançados no lago de fogo" - Ap 20v15. Se realmente o Filho de Deus morreu por eles, Seu resgate não fez nada para livrá-los do castigo eterno.



8. Cristo Realmente Morreu por Outros Invíduos e Grupos Réprobos?



Se o Senhor morreu por absolutamente todos, Ele deve ter morrido tanto por Caim quanto por Abel; tanto por Ninrode quanto por Noé; tanto por Jezabel quanto por Elias. É válido o mesmo para as nações. Cristo deve ter resgatado não apenas Israel, mas também os amalequitas, contra quem Deus jurou lutar por gerações (v. Êx 17v14-16); os amorreus, incluindo Siom cujo coração Jeová tornou obstinado para que pudesse destruí-lo (v. Dt 2v30); os cananeus, a quem Deus endureceu para que fossem a batalha contra Israel, a fim de serem exterminados (v. Js 11v20); os filisteus, incluindo Golias; bem como os sodomitas homossexuais, sobre quem o Altíssimo fez chover fogo e enxofre (v. Gn 19v24) e os edomitas, os quais Ele odiou e arruinou (v. Ml 1v2-5).



O Filho encarnado deve até mesmo ter Se oferecido em sacrifício pelo Faraó, a quem Deus levantou para mostrar o Seu poder afogando-o (v. Êx 9v16, Rm 9v17), e os egípcios a quem Ele aniquilou no Mar Vermelho (v. Ex 14v26-28), embora nenhum suporte tenha sido oferecido pela aplicação do sangue do cordeiro nos umbrais de suas portas (v. Êx 12).



9. Cristo Morreu Pelo Seu Povo, Amigos etc.



A verdade é que Jesus Cristo morreu por Seu "povo" (v. Mt 1v21, Hb 2v17) e Seus "amigos" (v15v13-14). O "povo" a quem Ele redimiu são descritos como "Sua prole" (v. Is 53v10) e não a descendência da serpente (v. Gn 3v15); Seus "filhos" e "irmãos" (v. Hb 2v10-14) e não os "bastardos"[2], ou seja, ilegítimos (v. Hb 12v8); Suas "ovelhas" (v. Jo 10v11, 15) e não "os bodes" (v. Mt 25v33); Sua "igreja" (v. At 20v28, Ef 5v25), e não a "sinagoga de Satanás" (v. Ap 2v9, 3v9), e "muitos" (v. Is 53v11-12, Mt 20v28, 26v28, Mc 14v24, Hb 9v28) e não todos, cabeça por cabeça.



10. A Verdade da Trindade Exclui a Expiação Universal.



O ensino ortodoxo da santa Trindade milita contra a idéia de que Cristo morreu por todos, cabeça por cabeça. O Pai escolheu salvar somente os eleitos e não os réprobos (v. Rm 9v6-24, Ef 1v3-6), o Espírito aplica a redenção aos eleitos somente e não aos réprobos (v. Rm 8v1-27, Ef 1v13-14), mas o Filho "supostamente" morreu tanto pelos eleitos quanto pelos réprobos. Assim, há uma desconexão radical entre a extensão da obra salvífica do Pai e do Espírito - eleger mas não reprovar - e da extensão da obra salvífica do Filho - eleger e reprovar. Mas aonde está então a unidade entre as três Pessoas da Divindade? Eles não estão de acordo e nem possuem o mesmo propósito. Na verdade, uma pessoa da Trindade - o Filho - está trabalhando com uma finalidade - a salvação dos réprobos - não compartilhada pelas outras duas pessoas - o Pai e o Espírito. O Pai elege o Seu povo para ser redimido, o Espírito aplica a redenção no mesmo povo eleito, mas o Filho - "supostamente" - morre para redimir alguns que o Pai escolheu não redimir, e alguns a quem o Espírito não deseja aplicar a redenção.



Assim, o ensino da expiação universal é proibido pela doutrina ortodoxa da Santa Trindade e contraria declarações escriturísticas sobre a unidade da extensão da obra salvífica do Pai e do Filho (v. Jo 10v15-17, Rm 3v25-26, 2 Co 5v18-19, Ef 1v4-7); do Filho e do Espírito (v. Gl 4v4-6, Hb 9v14), e do Pai, do Filho e do Espírito (v. Is 59v20-21, Ef 1v3-14, 2 Ts 2v13-14, Tt 3v4-6, 1 Pd 1v2, Ap 1v4-6).



11. Os Sacrifícios do Velho Testamento Não eram Universais.



A Escritura, especialmente o livro de Hebreus, deixa bem claro que os sacrifícios do Antigo Testamento eram símbolos e sombras da morte do nosso grande Sumo Sacerdote na cruz. Se o Cordeiro de Deus se ofereceu pelos pecados de todos, então era de se esperar que isso fosse refletido no sistema sacrificial. Levítico, do capítulo 1 ao 7, é a passagem central sobre os sacrifícios da lei mosaica, fala do holocausto, da oferta de cereais, da oferta de paz, da oferta pelo pecado e da oferta pela culpa. Esses sacrifícios são sempre particulares, em favor de Israel - a Igreja (v. Lv 1v2; 4v13; 7v36, 38), e em nenhum lugar nós lemos sobre a expiação universal, uma oferta por todos os judeus e gentios.



Da mesma forma, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote fazia expiação pelos israelitas e não pelos moabitas ou jebuseus (v. Lv 16v16, 17, 19, 21, 34). Além disso, o sumo sacerdote trazia "os nomes[das doze tribos] dos filhos de Israel" - não os nomes dos filhos de Esaú - no peitoral "sobre o seu coração, quando [entrava] na presença do Senhor" expressando seu trabalho representativo e intercessório por eles (v. Êx 28v29, 30).



Para que não seja dito que os sacrifícios do Antigo Testamento falam de expiação por cada membro da nação de Israel, lembramos do fato de que "nem todos os descendentes de Israel são Israel" - v. Rm 9v6 - e que o verdadeiro judeu não é um circuncidado na carne, mas um circuncidado no espírito (v. Rm 2v28, 29). Nosso Senhor derramou Seu sangue pelo verdadeiro Israel e os símbolos do Antigo Testamento apontam para a redenção do "Israel de Deus" espiritual que é composto pelos eleitos judeus e gentios (v. Gl 6v16).



12. A Morte de Cristo Verdadeiramente Expia.



A expiação universal é negada pela apresentação bíblica do sacrifício de Cristo como uma obra que verdadeiramente expia e apaga o pecado. O Filho de Deus nos libertou do reino do diabo (v. Hb 2v14-15). Ele apaziguou a ira de Deus contra nós suportando a justa indignação de Deus contra os nossos pecados (v. 1 Jo 4v10). Ele nos reconciliou (v. Rm 5v10), nos redimiu (v. Gl 3v13) e nos resgatou (v. Mt 20v28).



A Escritura não ensina que Cristo simplesmente fez a expiação possível através de Sua morte. Em nenhum lugar isso é dito. A Bíblia ensina que Jesus realmente nos libertou, reconciliou, redimiu e resgatou por Sua cruz. Ele não somente tornou possível a todos os homens serem libertos, reconciliados, redimidos e resgatados. Sobre a cruz, o Messias afastou a ira punitiva de Deus contra nós, para sempre. Não é verdade que a ira de Jeová é só potencialmente afastada de todos os homens, para que todos possam ser salvos, se eles, por um ato de seu "livre arbítrio", escolherem Jesus. Esta visão faria com que a entrada no reino de Deus dependesse da decisão do homem e não da eleição de Deus!



Se o Filho de Deus pagou o preço por todos os homens, contudo alguns homens perecem no inferno, então Sua cruz não salva todos em favor de quem ela foi preparada. Então ela também não é substitutiva, pois se Ele suportou - em seu lugar - o castigo dos réprobos, por que eles perecem? Se alguns por quem Cristo morreu acabam no inferno, então Deus puniu seus pecados duas vezes, um vez no Senhor Jesus e uma vez neles. Como poderia o Deus infinitamente justo exigir o pagamento pelos pecados duas vezes? Como Ele poderia exigir a punição do pecador no inferno quando o pagamento pelos seus pecados já foi feito por Jesus? E como pode alguns dos quais o Salvador libertou, reconciliou, redimiu e resgatou habitarem para sempre, como inimigos de Deus, na escuridão eterna do abismo sem fim do inferno? Lembre-se, nenhuma condenação há para aqueles por quem Cristo morreu (v. Rm 8v34)!



A ideia de que o Filho de Deus derramou Seu sangue por todos é tão distante, que a sua morte é na verdade "o julgamento deste mundo", pois é a expulsão de Satanás "o príncipe deste mundo" - Jo 12v31 - trazendo destruição sobre o diabo e sua "descendência" - Gn 3v15.



13. A Morte de Cristo Verdadeiramente Salva.



Se o Senhor Jesus morreu por absolutamente todos, então porque todos não são efetivamente salvos? O capítulo 6 de Romanos deixa claro que aqueles que estão unidos a Cristo em Sua morte, estão mortos para o pecado (v6, 7) "vivos para Deus" - v11 - e serão ressuscitados fisicamente para a glória (v5). Mas muitos passam todos os seus dias "mortos em suas transgressões e pecados" - Ef 2v1 - e ressuscitarão na "ressurreição da condenação"[3] - Jo 5v29. Só podemos concluir que eles não estavam unidos a Cristo em Sua morte, ou seja, Ele não morreu por eles; pois se os réprobos estivessem unidos ao Filho de Deus em Sua morte, ou seja, se Ele morreu por eles, eles morreriam para o pecado e viveriam para Deus (v. Rm 14v9; 2 Co 5v14, 15).



A Escritura ensina que tanto a fé (v. Ef 2v8-9; Fl 1v29) quanto o arrependimento (v. At 5v31; 11v18; 2 Tm 2v25) são dons da graça de Deus. Fé e arrependimento são exemplos das "bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo" - Ef 1v3. As bênçãos de Deus em Cristo vêm através da cruz (v. Rm 8v32; Gl 3v13, 14). Mas "a fé não é de todos" - 2 Ts 3v2 - nem todos se arrependem (v. Ap 16v11). Logo, a fé e o arrependimento não foram adquiridos na cruz para todos, cabeça por cabeça, portanto o Salvador não morreu por todos.



Tito, capítulo 2 versículo 14, explica que o propósito do Filho em Sua redenção na cruz é a santificação do seu próprio "povo, particularmente seu" que seria purificado e "dedicado à prática de boas obras". Mas muitos morrem sem arrependimento e são "imundos" - Ap 22v11 - por causa de seus "atos de impiedade" - Jd 15. Uma vez que o propósito do Deus onipotente permanece para sempre (v. Rm 9v11) e jamais é resistido (v. 2 Cr 20v6), não foi o propósito do Senhor santificar e redimir os réprobos através da cruz. Portanto, Cristo não morreu por eles.



14. O Capítulo Dez de João Ensina a Redenção Particular.



Em João, capítulo dez, Jesus ensina que Ele, o bom pastor, morreu por suas ovelhas: "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas" - v11 - "eu dou a minha vida pelas ovelhas" - v15. Assim como todo pastor terreno têm "suas [próprias] ovelhas" - v3, 4 - Cristo se refere a seu rebanho ou "aprisco" - v16 - como "minhas ovelhas" - v14, 26, 27. Mais tarde, o Senhor disse a algumas pessoas que elas não eram suas ovelhas e que este era o motivo pelo qual elas não acreditavam: "Mas vocês não creem, porque não são minhas ovelhas" - v26.



O argumento é simples: Jesus morreu por suas ovelhas (v11, 15), sabendo exatamente quem elas eram (v14, 26, 27); Ele disse a certas pessoas que elas não eram suas ovelhas (v26); portanto, Ele não morreu por elas. O Senhor também disse que Suas ovelhas foram dadas à ele por Seu pai (v29). O Pai deu as ovelhas para o Filho em Seu propósito eterno de eleição, para que no devido tempo Ele morresse por elas e arrebanhasse as ovelhas de todas as nações (v16). Uma vez que Cristo morreu por suas ovelhas - e algumas não são suas ovelhas - e as Suas ovelhas são os eleitos, Cristo morreu somente pelos eleitos.



15. O Capítulo Dezessete de João Ensina a Redenção Particular.



Em Sua oração sumo sacerdotal em João 17, Jesus afirma: "Eu rogo por eles. Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus" - v9. O "mundo" aqui é o mundo dos réprobos, ou não-eleitos, por quem o Filho de Deus encarnado não intercede, ao contrário dos eleitos - "os que me deste".



Se o Senhor não realizou nem a menor ação - rogar pelo mundo réprobo -, será que ele realmente realizou a maior ação - morrer pelo mundo réprobo? A intercessão é um dos dois principais aspectos da obra sacerdotal de Cristo. Se Jesus não rogou pelo mundo - um aspecto da Sua obra sacerdotal -, é possível que Ele tenha morrido - o outro aspecto de sua obra sacerdotal - pelo mundo? Isso destruiria a unidade do sacerdócio de Cristo, pois Ele estaria morrendo por aqueles por quem Ele não intercedeu e nem intercede. Além disso, o Salvador intercede com base em Sua obra consumada da redenção (v. Is 53v12; Rm 8v34; Hb 7v25-27; 9v24-26). Portanto, se Ele não rogou pelo mundo, é porque Ele não morreu pelo mundo.



Em João 17, Jesus está orando há poucas horas antes da crucificação consciente de Sua morte sacrificial, pois Ele diz: "Pai, chegou a hora" - v1. Portanto, ao longo de João 17, a oração de Cristo e Sua obra redentora são particulares, apenas pelos eleitos, aqueles que o Pai Lhe deu (v2, 6, 9, 11, 12, 24). As orações de Nosso Senhor para que o Pai mantivesse (v11-16), santificasse (v17-19) unisse (v20-23) e glorificasse (v24-26) "a todos os que Lhe deste" -v 2 - são poderosamente respondidas, pois nos é concedido a "vida eterna" - v2, 3.



Jesus diz: "Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados" - v19. A auto santificação de Cristo é Sua auto consagração e dedicação para fazer a vontade d'Aquele que O enviou. Nosso Senhor se separou de forma especial como o sacrifício voluntário na cruz por nós. Isso, Ele nos diz, foi "em favor deles", por aqueles que o Pai deu à Ele, os eleitos. Logo, as orações de Cristo e Seu sacrifício não são apenas particulares "por aqueles que me deste" - v9 - mas também exclusivas "não pelo mundo" - v9.



16. O Capítulo Cinquenta e Três de Isaías Ensina a Redenção Particular.



Isaías 53 é o maior capítulo do Velho Testamento, e possivelmente em toda a Bíblia, na expiação substitutiva do nosso Salvador. O "nós" por cujos pecados Cristo foi "traspassado" - v4 a 6 -recebem nomes específicos: "meu povo" - v 8 - "Sua prole" - v 10 e os "muitos" - não todos os homens, cabeça por cabeça (v11, 12). Eles são a "o bom prazer4 do Senhor" que "prosperará em sua mão" - v 10. Deus nunca fez o réprobo "prosperar em sua mão" e Ele nunca se agradou deles (v. Sl 2v4, 5; Pv 3v32-34). Eles não são sua "semente", "povo" e "bom prazer", portanto Jesus não morreu por eles.



Aqueles por quem Cristo morreu são "curados" por "suas feridas" (v. Is 53v5). Não significa que eles apenas podem ser curados se acreditarem, mas que eles de fato são curados. Aqueles, cujos pecados o Filho levou, são também justificados: "meu Servo justo justificará a muitos e levará a iniquidade deles" - v11. O "povo" eleito de Deus (v8) são declarados perfeitamente justos, pois Cristo levou o nosso castigo (v11). Os réprobos não são justificados, logo, Ele não fez expiação por eles. É pelos "muitos", cujos pecados Ele levou, que o Salvador intercede (v12). Lembre-se, Jesus disse: "Não estou rogando pelo mundo, mas por aqueles que me deste" - Jo 17v9. Os "muitos" por quem Cristo sofreu e por quem Ele ora, são os eleitos e não o mundo réprobo.



Desta forma, Jesus é perfeitamente "satisfeito" - v. Is 53v11. Se alguns pelos quais Ele foi "golpeado" - (v8) - e por quem Ele intercede (v12) não são curados (v5) e justificados (v11) não prosperam "em sua mão" (v10) e não recebem uma participação em Seus despojos (v12), Cristo não ficaria "satisfeito" (v11). Se sequer uma alma por quem Ele morreu perecer, o propósito de Cristo não está plenamente realizado, Sua expiação não obteve um êxito completo e Ele está insatisfeito. A ideia de que Jesus derramou seu precioso sangue por todos, cabeça por cabeça, apresenta a cruz como um fracasso odioso com relação à maioria por quem Ele morreu e contradiz os ensinamentos da Bíblia de que Cristo está "satisfeito" com o fruto da sua morte (v11).



17. O Capítulo Um de Efésios Ensina a Redenção Particular.



Efésios capítulo 1 verso 3 declara que temos sido abençoados "com todas as bençãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo". Estas bênçãos chegam até nós "porque Deus nos escolheu n'Ele[Cristo] antes da criação do mundo" - v4 -, ou seja, nós recebemos todas essas bênçãos de acordo com a nossa eleição eterna (v4) e predestinação (v5). Efésios 1, enumera algumas de nossas bênçãos espirituais: santidade (v4), adoção (v5), aceitação de Deus (v6), redenção (v7), o perdão dos pecados (v7), o conhecimento da vontade de Deus (v9), o selo do Espírito Santo (v13) e uma herança eterna (v11, 14). Não somos apenas abençoados de acordo com a nossa eleição (v4, 5), mas todos os eleitos possuem "todas as bençãos espirituais" - v3. Por outro lado, o fato de que os réprobos não são abençoados com nenhuma dessas bênçãos espirituais, também está de acordo com o "propósito d'Aquele que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade" - v11.[5]



Uma das bênçãos espirituais que temos em Cristo é a "redenção por meio de Seu sangue" - v7. Assim, a redenção do Filho ou expiação é um exemplo dessas bênçãos espirituais que nos alcançam, "porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo" - v4. Portanto, o Senhor redimiu, derramou Seu sangue e morreu pelos eleitos; e não pelos réprobos. Por isso os eleitos são perdoados (v7), adotados (v5), aceitos (v6), santificados (v4) e selados com o Espírito (v13) para sua herança eterna (v11, 14), com base na cruz de nosso Salvador. O réprobo não recebe nenhuma das bênçãos espirituais do sacrifício de Cristo, pois Ele não morreu por eles.



18. O Capítulo Oito de Romanos Ensina a Redenção Particular.



Romanos 8 também é contrário à expiação universal. Do verso 28 ao 30, Paulo fala de um povo a quem Deus conheceu de antemão, predestinou, chamou segundo o Seu propósito, justificou e glorificou pra serem conformes à imagem de Seu Filho. O apóstolo chega a seguinte conclusão: "Que diremos, pois, diante destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" - v31. "Pois" ou "portanto" indica que esta é uma inferência lógica baseada em suas declarações anteriores, aqui chamado "destas coisas". O "nós" só pode ser aqueles predestinados - ou eleitos - e chamados segundo o propósito eterno de Deus (v28-30). O argumento de Paulo é este: Se Deus é "por nós" -v31 - na predestinação, na chamada, na justificação e na glorificação (v29, 30), então "quem será contra nós?" - v31. Em outras palavras, se Deus em Seu decreto eterno escolheu-nos para a felicidade eterna, nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz, absolveu-nos de todos os nossos pecados, nos considerou justos com a própria justiça de Cristo e nos glorificou para sermos conforme à imagem de Seu Filho, então "quem será contra nós?" - v31.



O apóstolo reforça este argumento, já convincente, com outro: "Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos dará com Ele, e de graça, todas as coisas?" -v32. Quem são os "nos" e "nós" citados aqui, por quem Deus enviou o Salvador para morrer? Mais uma vez, são os predestinados e chamados segundo o propósito eterno de Deus (v28-30). A única conclusão é que Cristo morreu pelos eleitos.



Se é alegado que o Senhor Jesus morreu também pelos não-eleitos, então temos que responder que a passagem não dá absolutamente nenhum indício disso. Na verdade, isso faria com que a passagem ensinasse que Deus enviou Seu Filho para morrer por aqueles que não foram predestinados e não foram chamados, justificados, glorificados para serem conforme Cristo. Além disso, se é argumentado que o Salvador morreu pelo réprobo, isso faria com que a passagem ensinasse que o réprobo receberia todas as bênçãos da Sua cruz, pois o versículo 32 ensina que Deus dá gratuitamente "todas as coisas" para aqueles por quem Cristo morreu . "Todas as coisas" inclui a libertação da lei do pecado e da morte (v2), vida e paz (v6), a adoção como filhos de Deus (v14), o testemunho do Espírito (v16), uma herança eterna (v17), a redenção do corpo na ressurreição dos justos (v23), a capacidade de orar no Espírito (v26) etc. Além disso, "todas as coisas" também incluiriam as bênçãos da justificação, chamado, glorificação e conformidade com Cristo, segundo a predestinação eterna de Deus (v28-30)! Ler expiação universal em Romanos 8 verso 32, significaria que Deus dá gratuitamente a bênção do chamado, justificação e glorificação aos réprobos, aqueles a quem Ele nunca chama, justifica ou glorifica. Este versículo ensina uma conexão absolutamente inseparável entre aqueles por quem Cristo morreu e todas estas bênçãos espirituais. Alguns não recebem essas bênçãos, portanto, o Salvador não morreu por eles.



Na continuação, Romanos 8 declara que nenhuma acusação (v33) e nenhuma condenação (v34) há contra aqueles que são justificados (v33), aqueles por quem Cristo morreu (v34). No entanto, muitas acusações são justamente feitas pelo Deus do céu contra os ímpios réprobos, a fim de que sejam condenados! Este é a razão do porquê eles não são justificados (v33), pois Jesus não morreu por eles e não intercede por eles (v34).



19. Os Credos Reformados Ensinam a Redenção Particular.



Com base na Palavra de Deus e de acordo com os argumentos bíblicos deste panfleto, os credos das igrejas reformadas - nas Ilhas Britânicas, no continente Europeu, na América do Norte e em todo o mundo - ensinam que o Senhor morreu por Sua Igreja eleita somente. Os Cânones de Dort - 1618-1619 - produzidos por uma assembléia internacional de protestantes reformados, afirmam claramente que o Filho de Deus redimiu os eleitos "e somente esses" (v. Cap. 2, Art. 8) e que aqueles que ensinam que Ele morreu por absolutamente todos, falam "com desprezo da morte de Cristo" e "mais uma vez tiram do inferno o erro pelagiano" (v. Cap. 2, Ref. 3). O presbiteriano americano B. B. Warfield escreve:



"[Os Cânones foram] publicados oficialmente em 1619, como a conclusão do Sínodo [de Dort], com a ajuda de um grande corpo de assessores estrangeiros, representando praticamente todo o mundo reformado. Os Cânones [...] portanto [...] [possuem] a autoridade moral dos decretos de praticamente um Conselho Ecumênico por todo o corpo das igrejas reformadas".[6]



A Confissão de Westminster declara: "Nenhum outro é redimido por Cristo [...] mas os eleitos somente" (v. Cap. 3 Par. 6. Cf 8:1; 11:4, 13:1). Esses artigos foram incluídos na Declaração Congregacionalista de Savoy - 1658 - e na Confissão Batista - 1689. Logo, todos os credos dos presbiterianos, congregacionalistas e batistas ensinam a expiação limitada ou redenção particular. Todos os que recitam o Catecismo Menor de Westminster confessam que Jesus Cristo é o "único Redentor dos eleitos de Deus" (v. Resp. 21). Os credos reformados simplesmente estabelecem o ensino bíblico sobre este assunto.



Portanto, vamos acreditar e abraçar a verdade da Escritura, espalha-la perto e longe, e honrar o vitorioso Cristo crucificado que deu a Sua vida por Suas amadas ovelhas (v. Jo 10v15)!

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Notas:

[1] - Versão de Almeida, Revista e Corrigida
[2] - Versão de Almeida, Revista e Corrigida.
[3] - Versão de Almeida, Revista e Corrigida.
[4] - Versão de Almeida, Corrigida e Fiel.
[5] - Versão de Almeida, Revista e Corrigida.
[6] - B. B. Warfield em Works. Vol. 9, Pg. 144.

Tradução: Fireland Mission
Fonte: Covenant Protestant Reformed Church

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