A vida diária de um apóstolo de verdade.
>> terça-feira, 26 de março de 2013
Por Augustus Nicodemus Lopes
As
cartas que Paulo escreveu à igreja de Corinto são as de maior cunho
pessoal e que mais revelam como era a vida daquele que é considerado o
maior apóstolo do Cristianismo, data vênia Pedro e os papistas.
Como era a vida diária de Paulo, um apóstolo de Cristo?
- evitava batizar muita gente, para que não se formasse um fã clube em torno do seu nome (1Co 1:14-17);
- evitava a ostentação de linguagem na pregação pelo mesmo motivo e pregava somente a Cristo e este crucificado (1Co 2:1-5).
- a
razão é que ele queria evitar que pessoas se agregassem à igreja
impressionadas por seus talentos e carismas e não pela fé em Jesus
Cristo (1Co 2:5).
- ficava
lembrando seu rebanho de que ele era um mero servo, junto com outros, e
que seu sucesso em ganhar pessoas para Cristo se devia tão somente à
graça de Deus e não a méritos próprios (1Co 3:5-9).
-
insistia que Deus requeria dos apóstolos somente que fossem fiéis, e não
que fossem bem sucedidos, diante da tentação de muitos de compararem os
ministérios dele, de Apolo e de Pedro (1Co 4:1-3).
- era
constantemente considerado – inclusive por pessoas que faziam parte das
próprias igrejas que havia fundado – como condenado a morte, espetáculo
ao mundo e aos anjos, louco, fraco e desprezível (1Co 4:9-10).
- em diversas ocasiões passou fome, sede e nudez; foi esbofeteado e não tinha moradia certa ou casa própria (1Co 4:11)
- trabalhava até cansar com as próprias mãos para garantir o seu sustento (1Co 4:12).
- era
perseguido, injuriado, caluniado e considerado o lixo do mundo, mas não
respondia nem revidava a nenhuma destas provocações (1Co 4:13).
- muitos
achavam que ele não tinha o direito de receber sustento da igreja e nem
de se fazer acompanhar de uma esposa nos trabalhos missionários
intensos e cansativos. Por isto, ele trabalhava para se sustentar e se
recusava a receber salário, ofertas, dízimos e contribuições das
igrejas, quando fazer isto pudesse lançar dúvida sobre suas intenções
(1Co 9:1-12).
-
pregava e evangelizava nas igrejas de graça, sem nada pedir e nada
receber, para não colocar empecilho ao Evangelho de Cristo (1Co
9:15-18), pois seu alvo era ganhar o maior número possível de pessoas.
-
preocupava-se em ser irrepreensível, em controlar-se e manter suas
paixões e desejos debaixo de controle, para poder ter autoridade para
pregar (1Co 9:25-27).
-
enfrentou a morte várias vezes no trabalho missionário, e em algumas
delas considerou que sua hora de morrer tinha finalmente chegado (2Co
1:8-9).
-
passava por constantes sofrimentos e angústias de coração por causa das
igrejas e dos crentes a quem amava e por quem se preocupava
individualmente (2Co 2:4).
- perdoava e pedia o perdão dos outros para aqueles que o haviam ofendido e prejudicado o seu trabalho (2Co 2:7-8).
- quando
era necessário mostrar as suas credenciais de apóstolo, apontava para
as multidões convertidas pelo Evangelho da cruz que pregava com
simplicidade e no poder do Espírito (2Co 3:1-4).
- tomava
o maior cuidado para não adulterar a mensagem do Evangelho, não andava
com astúcia e nem procurava enganar seus ouvintes para tirar proveito
financeiro deles (2Co 4:1-2).
- vivia
como um condenado à morte, levando em seu corpo o morrer de Jesus na
forma de privações, perseguições, sofrimentos, calúnias e injúrias, como
meio da vida de Cristo se manifestar através dele (2Co 4:7-15).
- sua
esperança e expectativa não estavam aqui, nas riquezas, propriedades e
bens, mas o tempo todo ele faz menção da glória celestial, das coisas
invisíveis e eternas que ele aguardava como recompensa de seus
sofrimentos e trabalho (2Co 4:16-18).
- quando
precisava se recomendar aos ouvintes como ministro de Cristo incluía em
seu currículo as muitas aflições, angústias, privações, açoites,
prisões, tumultos, vigílias e jejuns no trabalho do Senhor (2Co 6:4-10).
- ainda
nesta lista incluía os 39 açoites recebidos dos judeus pelo menos 5
vezes, ser fustigado com varas 3 vezes, 3 naufrágios, apedrejamentos,
perigos de salteadores e assassinos, além do peso constante da
responsabilidade das igrejas que pesava sobre seus ombros (2Co 11:29).
- passou
privações e teve de trabalhar arduamente para não ser pesado às igrejas
onde receber oferta seria dar motivo para a acusação de mercenário (2Co
11:7-9).
-
apresentava como motivo de gloria o fato de que uma vez teve que fugir
de uma cidade escondido em um cesto e descido pelos irmãos pela muralha,
para poder escapar com vida (2Co 11:30-33).
- lutava
diariamente com um doloroso espinho na carne, que o abatia e fazia
sofrer e clamar a Deus, mas sem resposta a não ser a provisão da graça
para poder suportá-lo (2Co 12:7-10).
Muitos se consideram sucessores dos apóstolos, aqui e em Roma. É só comparar...
Fonte: Perfil do autor no Facebook.
Foto: Apóstolo Paulo - ilustração de Robert T. Barrett.
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