O Caminho de Jerusalém
>> sexta-feira, 20 de abril de 2012
O Caminho
dos Romanos é
um termo familiar aos evangélicos. Ele se refere a uma série de versículos do
Livro aos Romanos (do Novo Testamento) que muitos usam para comunicar o
Evangelho. Embora seja um método eficiente, este não é o único meio de
transmitir o plano de Deus para a salvação.
Anos antes de haver um Caminho dos
Romanos, Jesus apresentou a mensagem do Evangelho para dois homens judeus
quando estes iam de Jerusalém para Emaús (Lc 24.25-27). Um deles era Cleopas. O
nome do outro homem não foi revelado.
Os dois homens estavam perturbados devido
à recente morte de Jesus de Nazaré, a pessoa que eles esperavam que fosse
redimir Israel (vv. 17,20-21). Eles tinham ouvido dizer que o corpo de Jesus
havia desaparecido da sepultura e que anjos haviam dito que Ele estava vivo,
mas eles mesmos não O tinham visto (vv. 23-24).
À medida que esses dois homens caminhavam
para Emaús, o Messias ressurreto se uniu a eles e pregou-lhes uma mensagem que
eles jamais esqueceriam:
“Ó néscios e tardos de
coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que
o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés,
discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava
em todas as Escrituras” (vv. 25-27).
Aquela mensagem no
“Caminho de Jerusalém” foi apresentada por um homem judeu a dois outros homens
judeus a respeito de um Redentor judeu, usando Escrituras judaicas. Embora o
Evangelho de Lucas não forneça o conteúdo específico da mensagem, ele dá alguma
revelação, citando Jesus: “São estas as palavras que eu vos falei, estando
ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de
Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lc 24.44).
Jesus aparentemente começou pela Torá (os
Cinco Livros de Moisés) e continuou a partir dali. Os homens eram tardios de
coração para crerem (v. 25). Eles esperavam que o Redentor de Israel fosse um
guerreiro poderoso e estavam cegos para a realidade de um Messias que deveria
sofrer para que entrasse na glória (v. 26). Sem dúvida, as Escrituras que Jesus
usou trataram da cegueira deles.
Ele provavelmente abordou desde a Semente
(o Descendente) da mulher em Gênesis 3.15, continuando através do Profeta que
seria levantado conforme Deuteronômio 18.15, o nascimento virginal em Isaías
7.14, o sofrimento do Servo em Isaías 53, e o reinado do descendente de Jessé
em Isaías 11. Ele também deve ter usado o texto do Salmo 16.9-10: “Alegra-se,
pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará
tranqüilo. Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu
Santo veja corrupção”.
Talvez Ele tenha se referido aos profetas
Jeremias e Daniel, descrevendo o Renovo justo que nasceria do Rei Davi (Jr
23.5-6), que seria “morto e já não estará” antes da destruição do Segundo
Templo no ano 70 d.C (Dn 9.26). Gosto de imaginar que, no momento anterior ao
que Jesus “desapareceu da presença deles” (Lc 24.31), Ele tenha citado
Zacarias 12.10, explicando que, um dia, “sobre os habitantes de Jerusalém” será derramado “o espírito da graça e de súplicas”, e eles “olharão
para aquele a quem traspassaram”.
Sejam quais forem as Escrituras que Ele
tenha usado (há muitas dentre as quais se pode escolher), os homens no caminho
aquele dia tiveram uma profunda reação: “Porventura, não nos ardia o
coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as
Escrituras?” (Lc 24.32).
O salmista escreveu as seguintes palavras: “Bem-aventurados todos os que nele se refugiam” (Sl 2.12). Não há dúvida
de que esses homens fizeram exatamente isso! (Steve Herzig - Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br)
O Retrato Bíblico do Messias
Abaixo seguem duas maneiras diferentes de
se obter um entendimento bíblico básico sobre o ministério redentivo do
Messias. Uma maneira vem do Novo Testamento, especificamente como foi
compactada no Livro aos Romanos (O Caminho dos Romanos). A outra maneira é
baseada em uma seleção das Escrituras Hebraicas (O Caminho de Jerusalém). Ao
comparar cuidadosamente os dois caminhos e verificar como eles se fundem em um
claro retrato da pessoa e missão do Redentor, pode-se descobrir como
estabelecer um relacionamento pessoal com o Senhor e compartilhar as Boas-Novas
com outras pessoas. Valerá a pena tomar tempo para estudar a tabela que compara
Escritura com Escritura, pois isso enriquecerá sua vida, e melhorará seu
ministério pessoal.
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O Caminho de Jerusalém
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O Caminho dos Romanos
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