Ide e Pregai

O Documentário é um resumo da história das Assembléias de Deus no Brasil a começar pela chegada dos missionários e pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará.

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O Espelho dos Mártires

O Documentário relata em detalhe o modo de vida e as persiguições que sofreram os cristão primitivos e como foram martirizados os Apóstolos de Cristo.

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Filme ´180`: 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto

O Ministério Living Waters, dos Estados Unidos, produziu recentemente um documentário impactante e fantástico sobre o aborto. O filme traz como título ‘180’ e instiga as pessoas a mudarem de opinião sobre o aborto e outras questões bíblicas.

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O Evangelho de Paulo

>> quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Por Cornelis Venema


A pregação do Evangelho feita por Paulo, parte da convicção de que Jesus de Nazaré é o Messias prometido e o Filho que Deus enviou a este mundo “na consumação dos tempos” para cumprir Suas promessas ao Seu povo, Israel (2ª Coríntios 1:18-22; 6:2; Gálatas 4:4). A grande mensagem da pregação de Paulo é o “mistério” do Evangelho de Jesus Cristo (Colossenses 1:26; Romanos 16:26; 2ª Timóteo 1:10). Ainda que previamente oculto, esse mistério foi agora confiado a Paulo e aos demais apóstolos como “despenseiros dos mistérios de Deus” (1ª Coríntios 4:1; Efésios 3:22-ss).

Essa convicção paulina ajuda a esclarecer a relação entre seu ensino a respeito da salvação e o ensino de Jesus Cristo nos Evangelhos. Como Cristo enfatizou a vinda do reino de Deus, o qual introduz as bênçãos da “era vindoura” nesta “era”, assim também Paulo enfatiza a vinda de Jesus Cristo como Aquele por quem as bênçãos de Deus são agora concedidas ao Seu povo. O ensino de Jesus nos Evangelhos é similar à abertura musical que anuncia o tema de todo o Novo Testamento: o reino de Deus “é chegado”. A pregação de Paulo desenvolve esse tema oferecendo uma explanação abrangente das bênçãos salvíficas do reino.

Mas, como explica Paulo a salvação que Cristo traz? Que realizou Cristo por Sua morte e ressurreição, que provê redenção para aqueles que Lhe pertencem?

Paulo resume sua resposta a essa questão em 1ª Coríntios 15:3-4: “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” Esse sumário é semelhante a outros nas epístolas de Paulo (veja 1ª Coríntios 2:2 e Gálatas 6:14). Nessas passagens, Paulo declara que o Evangelho que ele prega, está focado na morte redentora e na ressurreição de Jesus Cristo.

Nas epístolas de Paulo, diversos temas bíblicos são usados para designar os distintos aspectos da salvação que Cristo obteve para os crentes. Os temas principais, que Paulo usa para descrever a obra redentora de Cristo, incluem: primeiro, “sacrifício para” ou “expiação da” culpa do pecado do homem; segundo, “propiciação” para aplacar a ira de Deus contra suas criaturas pecadoras; terceiro, “reconciliação” ou paz com Deus; quarto, “redenção” da maldição e da condenação da Lei; e quinto, “vitória” sobre o pecado, sobre a morte e sobre todos os poderes que se opõem ao reino de Deus.

O fato de que Paulo entendeu a morte de Cristo como um sacrifício pelo pecado é inquestionável. Em 1ª Coríntios 15:3, Paulo declara que Cristo morreu “por nossos pecados”. Em outra passagem, ele diz que Deus enviou o Seu próprio Filho “em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado” (Romanos 8:3). Paulo, ademais, ensina que a morte de Cristo foi uma propiciação da ira de Deus. Em Sua santidade, Deus, em relação ao pecado, somente o pode odiar. Porém, o maravilhoso do Evangelho é que Deus amorosamente propiciou Sua ira através da morte de Seu próprio Filho (Romanos 3:25; 5:9-10; 2ª Coríntios 5:21). A obra vicária de Cristo é, ainda, uma obra de reconciliação. Por Sua morte, Cristo removeu todo impedimento à paz do pecador com Deus.

Essa obra de reconciliação inclui aspectos em relação a Deus e ao homem. Não somente remove o obstáculo da ira de Deus (Romanos 5:9-10), mas também intima o pecador a “reconciliar-se” com Deus (2ª Coríntios 5:20). O tema da redenção também figura proeminentemente no entendimento de Paulo quanto ao sacrifício de Cristo. A ideia bíblica de redenção enfatiza o pagamento de um preço que assegura a libertação do pecador da servidão (1ª Timóteo 2:5-6). Em uma das mais claras afirmações do sacrifício de Cristo como uma obra redentora, o apóstolo Paulo declara que “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se Ele próprio maldição em nosso lugar” (Gálatas 3:13). Finalmente, uma característica pouco vista da obra redentora de Cristo é a vitória que conquista sobre o poder do pecado, da morte e, ainda, de toda forma de oposição ao governo reinante de Deus (1ª Coríntios 15:54-57). Por Sua morte e ressurreição, Cristo desarmou os poderes que se opõem ao reino de Deus (Colossenses 2:13-15).

Indubitavelmente, a mensagem central da pregação de Paulo é a de que Deus se tem introduzido na história na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo, cuja morte sacrificial e ressurreição, trouxe a salvação. Entretanto, o Evangelho conforme Paulo inclui, também, a aplicação da salvação em Cristo aos crentes que são unidos a Ele pelo ministério de Seu Espírito. Ainda que Paulo não articule explicitamente uma ordem de salvação (ordo salutes), os rudimentos de tal ordem estão evidentes em suas epístolas (veja Romanos 8:30; 1ª Coríntios 1:30 e 6:11).

A maneira mais inclusiva pela qual Paulo descreve a aplicação da salvação é em termos da união do crente com Cristo. Quando os crentes são unidos a Cristo através do ministério do Seu Espírito, eles vêm a participar, totalmente, de todos os benefícios de Sua obra vicária a favor deles (Romanos 8:2,11; 1ª Coríntios 6:11; Efésios 4:30).

Para o propósito de nossa breve sinopse, três benefícios da união com Cristo são de particular importância para o entendimento de Paulo na aplicação da salvação: justificação gratuita, santificação pelo Espírito e glorificação.

Justificação gratuita. Observamos em nossa introdução que, em alguns círculos, se tem tornado popular opor-se a ênfases de Paulo sobre a união com Cristo aos seus ensinos sobre justificação forense. Este é, entretanto, um profundo engano. A Reforma estava certamente correta em afirmar que a principal característica dos ensinos de Paulo era a doutrina da justificação pela graça somente, através da fé somente. Ademais, contrário às mais recentes reivindicações dos autores da “nova perspectiva”, Paulo vê claramente a justificação como um tema “soteriológico”. Justificação não responde simplesmente à questão de se os gentios, bem como os judeus, pertencem à aliança do povo de Deus, como muitos dos ditos autores mantêm. A justificação responde, primariamente, a questão de como qualquer pecador, judeu ou gentio, pode encontrar aceitação em Deus, a despeito do seu pecado e culpa.

De acordo com Paulo, justificação é um ato gracioso de Deus pelo qual Ele perdoa os pecados dos crentes e os declara justos, na base da imputação da justiça de Cristo (Romanos 4:1-5; 5:15-17; 10:3; 2ª Coríntios 5:21; Filipenses 3:9). Ainda que todos pecaram, Cristo foi posto à morte pelos pecados do Seu povo e ressuscitado para sua justificação (Romanos 4:25). À parte de qualquer “obra” cumprida em obediência à Lei, Deus justifica aquele que recebe a Cristo pela fé (Romanos 3:28; Gálatas 2:16). Esse benefício da justificação é, totalmente, uma bênção escatológica da salvação, a qual declara que “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1).

Santificação pelo Espírito. Todo aquele que está unido a Cristo é morada do Seu Espírito vivificador (Romanos 8:4-11). Os crentes não somente são declarados justos na justificação gratuita, mas estão também sendo renovados segundo a imagem de Cristo (2ª Coríntios 3:17-18). O poder e o domínio do pecado são desfeitos. Através de sua união com Cristo, em Sua morte e ressurreição, os crentes devem, agora, se considerar mortos para o pecado e vivos para a justiça (Romanos 6:12-14). O novo status que os crentes desfrutam, (justificação), é sempre acompanhado por uma vida renovada de obediência a qual é neles realizada pelo Espírito de Cristo (santificação).

Glorificação. Ainda que seja costumeiro pensar-se na glorificação como a futura consumação da salvação do crente, Paulo fala sobre a glorificação como uma realidade presente e futura (Romanos 8:18-ss, 30). Devido à íntima união dos crentes com Cristo, a glorificação de Cristo em Sua ressurreição e ascensão é, de igual maneira, a glorificação dos crentes. Já, agora, os crentes estão sentados com Cristo nos lugares celestiais (Efésios 2:6). Resta, porém, a expectação da glorificação ainda futura dos crentes (2ª Tessalonicenses 1:10). Enquanto vivam neste mundo, os crentes, ansiosos, esperam pelo dia em que seus “corpos de humilhação” serão transformados para serem à semelhança do corpo glorioso de Cristo (Filipenses 3:21).

O Evangelho, de acordo com Paulo, pode ser sumarizado como a gloriosa mensagem de Deus quanto ao cumprimento de Suas promessas de salvação para o Seu povo em Cristo. A mensagem central da pregação de Paulo é a salvação através do Cristo crucificado e ressurreto. Cristo tem provido um sacrifício pelos pecados do Seu povo, que responde a cada aspecto de sua condição pecadora. Através da fé e união com Cristo, os crentes desfrutam de todos os benefícios dessa obra sacrificial. Nas extraordinárias palavras de 2ª Coríntios 5:17, “se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” Aqueles que estão em Cristo desfrutam um novo status diante de Deus, de livre aceitação, a despeito de sua indignidade como pecadores. Eles, ademais, experimentam a graça de uma nova vida de obediência à “lei de Cristo” pela instrumentalização do Espírito Santo. E conhecem a graça da presente e da futura glorificação, quando as “primícias” da salvação em Cristo aparecerem na ceifa escatológica da completa participação na vitória da ressurreição de Cristo.

Fonte: Teologando

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