Igreja inclusiva de São Paulo faz campanha contra homofobia cristã
>> quinta-feira, 17 de maio de 2012
A igreja inclusiva Comunidade Cidade de Refúgio, liderada pelo casal
de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha, lança nesta quinta-feira uma
campanha contra discriminação de casais homossexuais. A ação faz parte
das comemorações do aniversário de um ano de funcionamento do grupo
religioso.
A campanha é lançada hoje pela internet e incluirá também a
distribuição de materiais de divulgação durante a parada gay da cidade
de São Paulo, realizada no dia 10 de junho. Para a igreja, que não se
define como gay, os casais homoafetivos também são uma “criação de
Deus”.
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O cartaz da campanha mostra um casal heterossexual e dois
homoafetivos, um formado por homens e outro por mulheres, sob a frase
“Criação de Deus”. As igrejas inclusivas
enfrentam resistência das comunidades católicas e evangélicas
no país. No congresso, leis favoráveis aos homossexuais
também tem dificuldade para transitar. Segundo a senadora Marta Suplicy,
o Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia,
pode voltar a estaca zero
por ação da bancada evangélica.
Para fazer avançar as discussões sobre o combate à homofobia cerca de
500 pessoas realizaram na última quarta-feira a Marcha Nacional contra
Homofobia em Brasília. Segundo o presidente da Associação Brasileira de
Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, o governo
federal deveria definir um orçamento para financiar o Plano de Promoção
dos Direitos Humanos e Cidadania LGBT, para a elaboração e a aplicação
de políticas públicas voltadas a gays, lésbicas, travestis e
transexuais.
Marcha Nacional
Os manifestantes também defenderam a aprovação do PL 122. Se
aprovada, a norma deverá ser conhecida como Lei Alexandre Ivo, em
homenagem ao adolescente de 14 anos assassinado em 2010, em São Gonçalo
(região metropolitana do Rio de Janeiro), vítima de homofobia.
A lei, já aprovada na Câmara, tramita na Comissão de Assuntos Sociais
(CAS) do Senado Federal. Falta ainda passar pela Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) para que vá a votação no plenário da Casa.
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