Palavra e Interpretação
>> quarta-feira, 9 de maio de 2012
Por: Andrew Kuyvenhoven
A
interpretação da Bíblia é via de regra vista com suspeita na igreja. É
de se entender. Afinal, vários intérpretes de renome tentaram ser tão
originais quanto os autores de ficção. São vários os membros de igreja
que sentem que, quando esses intérpretes terminam de ‘explicar’ um
texto, ele passa a dizer quase que o contrário do que as palavras dizem à
primeira vista.
Entretanto,
a despeito desses teólogos em pecado, e com a ajuda de teólogos
dedicados, a igreja deve continuar com usa obra. Nossa obra é conhecer e
fazer a vontade do Senhor. E isso demanda interpretação bíblica. Não
deixe ninguém enganá-lo dizendo que não precisamos de métodos ou de
padrões de interpretação. Suspeite um pouco mais daqueles que dizem que
eles simplesmente leem e recebem a Palavra tal como ela lhes vem. Todos
nós gostaríamos que fosse assim, creio eu. Contudo, ninguém –
absolutamente ninguém – pode ler sem interpretar o que se lê. Se você
quer se apropriar da verdade que vem através de palavras, você as deve
interpretar. Esta é a sequência: leitura, interpretação, apropriação. E
não se pode ter apropriação sem interpretação.
Devemos
encorajar sempre o estudo bíblico e a interpretação bíblica porque os
maus intérpretes frequentemente ameaçam os membros de igreja muito mais
que aqueles que negam a verdade da Bíblia. A maioria das seitas e
movimentos insistem que eles creem em cada palavra da Bíblia. Porém, é a
sua interpretação da Bíblia que os torna em armadilha para a igreja e
uma vergonha para Cristo.
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O
autor: Andrew Kuyvenhoven é um pastor aposentado da Igreja Reformada
Cristã (Canadá) e autor de Comfort and Joy e a obra devocional Daylight.
Tradução: Lucas G. Freire (Mar. 2012)
Fonte: Excerto de Comfort and Joy: A Study of the Heidelberg Catechism (Grand Rapids: Faith Alive, 1988), p.50.
Via: [ Blog dos Eleitos ]
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