Vitória em Jesus
>> segunda-feira, 7 de maio de 2012
Quando o primeiro homem e a primeira mulher ouviram a
voz da serpente e escolheram desobedecer ao Deus que os havia criado, a cortina
caiu em um mundo que era perfeito. Adão e Eva então se consideraram como Deus
ao criarem seus próprios padrões de bem e mal – algo que a sociedade faz com
regularidade atualmente.
Mas, antes que Deus os expulsasse do
Jardim do Éden, Ele sentenciou a serpente (Satanás) à derrota: “Porei
inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente.
Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Esta
primeira e maravilhosa promessa de Deus encontra cumprimento no Cristo
ressurreto. Satanás considerou a morte de Jesus como seu próprio momento de
vitória; mas, na realidade, essa foi a hora de sua maior derrota. A
ressurreição estabelece Jesus como o poderoso Filho de Deus e garante a vitória
final sobre a morte e sobre Satanás (Hb 2.15).
Ligada à Profecia Judaica
Embora poucas pessoas
percebam isso, a ressurreição de Cristo está claramente ligada à profecia
judaica. O apóstolo Paulo escreveu: “E que foi sepultado e ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15.4). As Escrituras a que Paulo
se refere são as Escrituras Hebraicas. O Antigo Testamento previu que o Messias
iria ressuscitar dos mortos. Paulo, na verdade, explicou esse conceito à
audiência de uma sinagoga, citando Salmos 2.7, Isaías 55.3; e Salmos 16.10,
respectivamente:
“Nós vos anunciamos o
evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a
nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo
segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. E, que Deus o ressuscitou dentre
os mortos para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse: E
cumprirei a vosso favor as santas e fiéis promessas feitas a Davi. Por isso,
também diz em outro Salmo: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção” (At
13.32-35).
A profecia sobre a
ressurreição em Isaías descreve o sofrimento do Servo: “Porquanto foi
cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele
ferido” (Is 53.8) e “Designaram-lhe a sepultura com os perversos” (Is
53.9). Depois, o profeta previu a ressurreição: “quando der ele a sua
alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias;
e a vontade do Senhor prosperará
nas suas mãos” (Is 53.10). Esse Servo não permanecerá na sepultura, mas
viverá para ver Sua posteridade. Apenas a ressurreição de Jesus dá sentido a
essa profecia.
O Antigo Testamento também previu a
ressurreição de Jesus “ao terceiro dia”. A primeira passagem a ensinar sobre
tal esperança está em Oseias:
“Vinde,
e tornemos para o Senhor, porque
ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias,
nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele” (Os
6.1-2).
Esta profecia fala
sobre uma restauração futura para o povo de Israel. Ela também se refere ao
Messias, que é a figura ideal de Israel. Como em outras passagens do Antigo
Testamento que apontam para o Messias como um tipo ou uma figura, essa passagem
pode ser a que Paulo tinha em mente e que profetizava a ressurreição de Jesus
ao terceiro dia.
Uma outra passagem
está no Livro de Jonas. Como o próprio Jesus ensinou: “Porque assim como
esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho
do Homem estará três dias e três noites no coração da terra” (Mt 12.40). Novamente, Deus usou um tipo para apontar para a realidade; a experiência de
Jonas serviu como paralelo para a experiência de Jesus.
Revertendo a Maldição
O Antigo Testamento previu que o
Messias iria ressuscitar dos mortos.
Quando Adão e Eva
pecaram, Deus prometeu à humanidade um mundo cheio de dificuldades e problemas
em uma Terra que havia sido amaldiçoada por causa do pecado. Ainda assim, em
meio a maldições, Ele também proporcionou esperança através de um Redentor
prometido (Gn 3.15). A “Semente” de Eva seria um varão humano que esmagaria a
cabeça da serpente, aplicando a Satanás um golpe mortal. O calcanhar desse
Homem seria machucado na luta, mas a Ele está assegurada a vitória completa. A
maldição será revertida e o Éden será restaurado.
Jesus “foi designado Filho de Deus com
poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos” (Rm 1.4). Sua ressurreição deu validade ao que Ele alcançou com Sua morte. O poder
sobrenatural de Deus sobre a morte e sobre a serpente garante a vitória final
quando Jesus Cristo retornar à Terra.
Governando Para Sempre
Nas Escrituras Hebraicas, Deus demonstrou
Sua intenção de governar o mundo, dando ao povo de Israel um rei segundo o Seu
coração. Davi, diferentemente de Saul que reinou antes dele, refletia um desejo
profundo de agradar a Deus e de governar Israel com justiça e compaixão.
Contudo, Davi não era o rei perfeito que Deus havia prometido.
Deus, de fato, fez a Davi uma promessa a
respeito de um de seus descendentes: “Porém a tua casa e o teu reino serão
firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2
Sm 7.16). Deus prometeu que um dos filhos de Davi herdaria seu trono, e seu
governo jamais terminaria. Como poderia tal promessa ser cumprida quando o
reinado davídico terminou no ano 586 a.C., tendo a Babilônia conquistado o
Reino de Judá?
A Aliança Davídica, a maravilhosa promessa
de Deus acerca de Seu futuro Rei, encontra cumprimento em Jesus Cristo. Jesus
nasceu da linhagem de Davi (Mt 1.1). O Anjo Gabriel anunciou: “Este será
grande e será chamado filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de
Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado
não terá fim” (Lc 1.32-33). Entretanto, Jesus morreu, assim como morreram
todos os outros reis da linhagem de Davi. O que qualifica Jesus a reivindicar o
cumprimento da Aliança Davídica?
Apenas Jesus, o Filho
de Davi, ressuscitou dos mortos. Paulo anunciou essa preciosa verdade ao povo
judeu ao declarar que o próprio Davi predisse a ressurreição de Jesus; e então
Paulo citou as palavras de Davi: “Porque não deixarás a minha alma na morte,
nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” (At 2.27, citando Sl 16.10). E Paulo continua:
“Sendo, pois, profeta e
sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no
seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi
deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. A este Jesus Deus
ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas” (At 2.30-32).
A ressurreição de Jesus garante Seu direito a
reivindicar o reinado davídico. Ele governa sobre Sua igreja agora e governará
sobre Israel e sobre todas as nações no Reinado vindouro.
A única maneira de um rei governar para
sempre é se esse rei viver para sempre. A ressurreição de Jesus garante Seu
direito a reivindicar o reinado davídico. Ele governa sobre Sua igreja agora e
governará sobre Israel e sobre todas as nações no Reinado vindouro.
Sua ressurreição Lhe
confere direitos de rei. Jesus Cristo é “o Primogênito dos mortos e o
Soberano dos reis da terra (...) o primeiro e o último, que esteve morto e
tornou a viver” (Ap 1.5; Ap 2.8). Conseqüentemente, Sua ressurreição dá a
todos os que creem nEle nova vida por meio da identificação que eles têm com
Ele: “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte,
certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6.4).
Seu reino culminará no Reino Milenar,
quando “com cetro de ferro as [as nações] regerá” (Ap 2.27). A
batalha de Jesus contra as forças do Diabo e contra a morte finalmente trará o
Reino eterno de Deus:
“E, então, virá o fim, quando
ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado,
bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto
todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte.
Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés” (1 Co 15.24-27).
O plano original de
Deus para o Jardim do Éden será realizado com os novos céus, a nova terra e a
Nova Jerusalém (Ap 21.1-2). Como falam as palavras do grande compositor de
hinos do século XVIII, Charles Wesley, em seu cântico “Alegrai-vos, o Senhor é
Rei”:
Jesus, o Salvador, reina;
Deus de verdade e de amor;
Quando Ele purificou nossas
manchas, Ele assentou-Se nos céus;
Erguei o coração, erguei as vozes;
Alegrai-vos, novamente digo,
alegrai-vos!
Alegrai-vos em gloriosa esperança!
Jesus, o Juiz, voltará,
E levará Seus servos
para a morada celestial.
Logo ouviremos a voz do arcanjo;
A trombeta soará, alegrai-vos!
(William L. Krewson - Israel
My Glory - http://www.chamada.com.br)
Nota
- O terceiro dia é às vezes usado como o dia da esperança (Gn 22.4; 42.18; Ex 19.11; Js 3.2; 2 Rs 20.5; Et 5.1).
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