Como barro nas mãos do oleiro
>> segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Jeremias 18.1-6 é um dos textos mais sugestivos da Bíblia. O
profeta é chamado não para pregar um sermão, mas para fazer o sermão.
Ele desce à casa do oleiro para ver como este molda o barro informe e
faz dele um vaso belo, útil e precioso. Esse importante relato nos
ensina grandiosas lições espirituais. Vejamo-las.
1. O oleiro dá forma ao vaso – O oleiro apanha o
barro informe e amorfo e dá a ele uma forma única e singular. Nós somos
como o barro. Se abandonados à nossa própria sorte, somos como barro sem
vida e sem forma. Deus é o oleiro que toma esse barro, trabalha nele e o
molda segundo o seu querer. O barro é totalmente passivo nas mãos do
oleiro. Ele recebe a forma que o oleiro quer. O oleiro é soberano em
fazer do barro o que lhe apraz. Foi Deus quem nos criou e nos deu forma.
Ele é quem nos molda segundo o seu querer e para os propósitos
soberanos da sua vontade. O barro não pode rebelar-se contra o oleiro
nem fazer sua própria vontade. Cabe-lhe sujeitar-se humildemente ao
propósito do oleiro.
2. O oleiro dá beleza ao vaso – O oleiro não apenas
dá forma ao vaso, mas também beleza. A peça de barro é modelada,
desenhada, pintada, levada ao forno e vitrificada. É um dos itens mais
funcionais que existem e, também, um dos mais belos. Nós somos feitura
de Deus. Somos o seu poema mais belo, a menina dos seus olhos, a sua
herança e a sua delícia. Deus não apenas nos criou, mas também está nos
modelando e nos transformando na imagem de Cristo. Deus está trabalhando
em nós e nos refinando até que a beleza de Cristo seja vista em nós.
Nós somos o santuário da habitação de Deus. A glória de Deus está neste
santuário. As digitais de Deus e a beleza divina estão estampadas neste
vaso. A glória do vaso não está em seu material. Ele é de barro, mas o
que tem dentro deste vaso é que lhe dá beleza e valor. O apóstolo Paulo
escreve: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4.7).
3. O oleiro dá utilidade ao vaso – Normalmente,
fazemos distinção entre o que é útil e o que é belo; entre o necessário e
o elegante. Um vaso é sempre útil. Ele é moldado para ser usado com um
propósito. Nós somos salvos para sermos vasos de honra. Um vaso para ser
útil precisa estar limpo e sem rachaduras. Um vaso é usado para
ornamentar e para transportar algum conteúdo. Como vasos de honra,
refletimos a glória do nosso Deus e transportamos um senso real da sua
presença. Assim como cada vaso é uma obra de arte singular, somos também
obras primas do criador. Não há ser humano que não seja útil e que não
tenha o seu papel dentro do propósito divino. Não há ser humano que não
seja único, dotado de linhas, cores e formas, totalmente distintas de
qualquer outro. Deus não faz vasos em série. Cada vaso é singular.
4. O oleiro faz de novo o vaso estragado – O oleiro
não jogou fora o vaso que se lhe estragou na mão. Ele fez dele um outro
vaso, um vaso novo conforme sua vontade. Deus amassa e pressiona, estica
e comprime o barro. O trabalho do oleiro é reiniciado hábil e
pacientemente. Deus não joga fora o vaso que foi danificado. “Não
poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?” (Jr
18.6). Deus não desiste de nós. Ele nos dá uma segunda chance e nos
oferece a oportunidade de recomeçar uma nova caminhada. Esse processo
não é indolor, mas seu resultado é glorioso. Deus quebra o vaso e faz
dele um vaso novo. Deus amolece o barro, amassa-o, molda-o e depois o
leva ao fogo. Então, depois desse processo, renasce um vaso belo, útil e
precioso, um vaso de honra!
Fonte: Palavra da Verdade
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