Evangelismo: dever e decreto
>> sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Uma afirmação comum na história da teologia cristã é de que igrejas calvinistas não evangelizam. Isso não é verdade.
A
própria História em si desfaz a acusação contra os calvinistas de não
serem evangelistas. As quase cinqüenta gráficas dirigidas por João
Calvino para publicar material evangelístico apontam para isso, sem
falar nos primeiros dois missionários a porem os pés no Brasil que foram
enviados pelo próprio Calvino em pessoa. O chamado “príncipe dos
pregadores”, Charles Spurgeon, sendo convictamente calvinista,
dedicou-se ao evangelismo a ponto de receber sua alcunha. George
Whitefield, também calvinista, é alvo de estudos nas matérias que
analisam os grandes fenômenos de conversões.
Nós da Igreja Batista Redenção, calvinistas que somos, também nos dedicamos ao evangelismo pelas seguintes razões:
1. É uma
ordem (Mt 28.19; At 1.8) – Independente da eleição da graça (Rm 9.11)
ou de quem Deus escolheu antes da fundação do mundo para ser santo (Ef
1.4), o ato de pregar o Evangelho é uma ordem dada por Cristo. Por si só
tal ordem obriga todo crente a evangelizar os perdidos, mesmo que
nenhum deles jamais fosse salvo.
2. É o
meio que, por decreto, foi escolhido por Deus para salvar os eleitos
(1Co 1.21) – Deus, em sua soberania, poderia ter decretado qualquer
outro meio de salvação que ele escolhesse. Mas "aprouve a ele" salvar os
perdidos pela “loucura da pregação”. Assim, não há salvação de qualquer
ser humano que não seja mediante a mensagem do Evangelho e das
Escrituras (Jo 17.17,20; Rm 1.16; Ef 1.13; 2Tm 3.15; Hb 2.3).
3. O
Senhor escolheu quem iria salvar mas não revelou à Igreja quem são eles
(Jo 10.16) – Jesus não Igreja Batista Redenção.somente falou que iria
conduzir outras ovelhas, mas também orou por elas (Jo 17.20) e afirmou
que por elas ele dava sua vida (Jo 10.11,14-15). Entretanto, Jesus nunca
deu à Igreja uma lista que designasse quem são tais ovelhas. Em lugar
disso, ordenou que se continuasse pregando a fim de que fossem
alcançados pela pregação aqueles que lhe pertencem (At 18.9-11).
4. A
pregação do Evangelho, independente do resultado, glorifica o Senhor –
Para o calvinista não existe pregação infrutífera. Todas as vezes em que
o Evangelho é pregado, o nome de Deus é glorificado. Nas pessoas que
são salvas mediante a pregação do Evangelho Deus dá a conhecer “as
riquezas da sua glória” (Rm 9.23), enquanto nas pessoas que rejeitam a
mensagem do Evangelho Deus “mostra a sua ira e dá a conhecer o seu
poder” (Rm 9.22). Em ambos os casos, os atributos de Deus se tornam
patentes ao homem e revelam sua glória.
5. É uma
tarefa que está diretamente ligada ao caráter e à existência da Igreja
(1Pe 2.9) – Ou seja, a Igreja do Senhor foi separada “a fim de proclamar
as virtudes daquele que a chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz”.
Por
essas razões, a Igreja Batista Redenção em seus cultos, reuniões e
atividades externas à igreja, dedica-se a espalhar a mensagem do
Evangelho para que o Reino de Deus seja expandido e para que as ovelhas
de Cristo sejam reunidas.
Fonte: Igreja Batista Redenção
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