Ide e Pregai

O Documentário é um resumo da história das Assembléias de Deus no Brasil a começar pela chegada dos missionários e pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará.

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O Espelho dos Mártires

O Documentário relata em detalhe o modo de vida e as persiguições que sofreram os cristão primitivos e como foram martirizados os Apóstolos de Cristo.

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Filme ´180`: 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto

O Ministério Living Waters, dos Estados Unidos, produziu recentemente um documentário impactante e fantástico sobre o aborto. O filme traz como título ‘180’ e instiga as pessoas a mudarem de opinião sobre o aborto e outras questões bíblicas.

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Evangélicos do mundo todo lembram hoje o início da Reforma Protestante

>> quarta-feira, 31 de outubro de 2012



Evangélicos do mundo todo lembram hoje o início da Reforma Protestante
 
Evangélicos do mundo todo lembram hoje o início da Reforma Protestante
Em 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses, na porta da Catedral de Wittenberg (Alemanha). Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome “Reforma”.
A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja. Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada “a” igreja, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus e da Bíblia, o reformador de uma igreja corrupta.
O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos lideres religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras.
Conta-se que muita coisa mudou dentro daquele monge até então submisso ao papa quando, em 1515, Lutero começou a dar palestras sobre a Epístola aos Romanos. Ao estudar as Escrituras se deparou com o primeiro capítulo de Romanos, que decretava “o justo viverá pela fé”. Desvendava-se diante dele o que é conhecida como “justificação pela fé”, ou seja, a justificação do pecador diante de Deus não é por um esforço pessoal, mas sim um presente dado àqueles que acreditam na obra de Cristo na cruz.
O movimento encabeçado por Lutero ocorreu durante um dos períodos mais revolucionários da história (passagem da Idade Média para o Renascimento) e mostra como as crenças de um homem pode mudar o mundo.
A controvérsia acabou sendo, segundo historiadores, maior do que Lutero pretendia ou imaginara. Porém, ao atacar a venda de indulgências por parte da igreja, acabou opondo-se ao lucro obtido por pessoas muito mais poderosas do que ele. Segundo Lutero, se era verdade que o Papa tinha poder de tirar as almas do purgatório, devia usar esse poder, não por razões egoístas, como a necessidade arrecadar fundos para construir uma igreja, mas simplesmente por amor, e devia fazê-lo gratuitamente. A idolatria aos santos também foi um dos grandes pontos de discórdia com os lideres católicos.
A maioria dos historiadores concorda que Lutero teria tentado apresentar seus argumentos ao Papa e alguns amigos de outras universidades. No entanto, as teses colocadas na porta da Catedral de Wittemberg e os muitos argumentos teológicos impressos e distribuídos por ele nos meses seguintes, acabaram se espalhando por toda a Europa, fazendo com que ele fosse chamado ao Vaticano para se retratar perante o Papa. A partir de então, entrou abertamente em conflito com a Igreja Católica.
Acabou excomungado em 1520, pelo papa Leão X. Alegava-se  que ele incorria em “heresia notória”. Devido a esses acontecimentos, Lutero temendo a morte, ficou exilado no Castelo de Wartburg, por cerca de um ano. Durante esse período trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, resultando na impressão do Novo Testamento em setembro de 1522.
Sobre o legado de Lutero, o famoso pastor Charles Spurgeon escreveu:
“Lutero aprendeu a ser independente de todos os homens, pois ele lançou-se sobre o seu Deus! Ele tinha todo o mundo contra ele e ainda viveu alegremente.
Se o Papa excomungou, ele queimou a bula de excomunhão! Se o Imperador o ameaçou, ele alegrou-se porque se lembrou das palavras do Senhor: “Os reis da terra se levantam, e os príncipes dos países juntos. Aquele que está sentado nos céus se rirá” (Salmo 2).
Quando disseram-lhe: “Onde você vai encontrar abrigo se o Príncipe Eleitor não protegê-lo?”. Ele respondeu: “Sob o escudo amplo de Deus”. Lutero não podia ficar parado. Ele tinha que escrever e falar! E oh, com que confiança ele falou! Abominava as dúvidas sobre Deus e as Escrituras!”
Para algumas vertentes do catolicismo, os protestantes são hereges. Para outras, “irmãos separados”. O movimento originado por Lutero ficou conhecido como Protestantismo e seus seguidores como “protestantes”. O termo é pouco comum no Brasil, onde se prefere usar “evangélicos”. As informações são do Protestante Digital.
Conheça as 95 teses aqui.

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Símbolo da estrela de David

Não se sabe com certeza qual é a origem do símbolo da estrela de David. Há várias explicações sobre o formato deste símbolo. Seguem-se aqui algumas delas:

1. Um livro cabalístico interpreta a estrela de David como uma indicação ao governo de D'us, que reina sobre as quatro direções, no céu e na terra, somando-se seis pontos.

2. Outros, vêem as seis pontas como uma alegoria a Mashiach (Messias), descrito por seis virtudes, entre elas sabedoria e valentia.

3. Em grego, a palavra David é composta por 2 Deltas (letra em formato de triângulo - que representa a letra "D"). Por este motivo a estrela é composta por 2 triângulos.

4. Esta estrela possui 12 lados, que demonstra a disposição das 12 tribos de Israel durante sua jornada de 40 anos no deserto, após sua saída do Egito em direção à Terra de Israel.

Com o tempo, a estrela de Davi passou a ser usada como símbolo do povo judeu, encontrando-se em antigas sinagogas e túmulos judaicos, e sendo até mesmo escolhido pelos nazistas, que seu nome seja apagado, para ser obrigatoriamente usado pelos judeus sobre seu braço.
Não se sabe com certeza qual é a origem do símbolo da estrela de David. Há várias explicações sobre o formato deste símbolo. Seguem-se aqui algumas delas: 1. Um livro cabalístico interpreta a estrela de David como uma indicação ao governo de D'us, que reina sobre as quatro direções, no céu e na terra, somando-se seis pontos. 2. Outros, vêem as seis pontas como uma alegoria a Mashiach (Messias), descrito por seis virtudes, entre elas sabedoria e valentia. 3. Em grego, a palavra David é composta por 2 Deltas (letra em formato de triângulo - que representa a letra "D"). Por este motivo a estrela é composta por 2 triângulos. 4. Esta estrela possui 12 lados, que demonstra a disposição das 12 tribos de Israel durante sua jornada de 40 anos no deserto, após sua saída do Egito em direção à Terra de Israel. Com o tempo, a estrela de Davi passou a ser usada como símbolo do povo judeu, encontrando-se em antigas sinagogas e túmulos judaicos, e sendo até mesmo escolhido pelos nazistas, que seu nome seja apagado, para ser obrigatoriamente usado pelos judeus sobre seu braço.

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Televisão, um “drácula eletrônico”

>> terça-feira, 30 de outubro de 2012


 TVInteressante analogia pode ser feita entre a TV e a lenda dos vampiros. Diz a lenda que os vampiros só podem entrar em alguma casa com o consentimento de seus moradores. Mas, uma vez consumado o ato, é muito difícil – quase impossível – libertar-se de sua força hipnótica, de sua fome voraz de sangue.

A televisão pode não nos roubar o sangue, mas rouba-nos algo de suma importância: o tempo. Crianças norte-americanas em idade pré-escolar assistem em média a quatro horas diárias de televisão. Segundo dados obtidos pela psicanalista Ana Olmos, especialista em infância e adolescência, na Europa o índice cai para pouco mais de três horas. A excessiva exposição também existe por lá. Na França, por exemplo, é a distração favorita para 75% dos pequenos, enquanto na Espanha, 96% deles, em idade de 4 a 10 anos, vêem TV diariamente.
Frequentemente, as pessoas, quando convidadas a ler a Bíblia ou outro livro, alegam falta de tempo. Mas a média diária do brasileiro é de 4h em frente à TV… Falta de tempo?
Atualmente muitas famílias se desmantelam justamente por falta de tempo para relacionamento e comunicação. Não se conversa mais sobre os problemas do dia-a-dia, sobre projetos, esperanças e frustrações. Geralmente no momento em que toda a família está reunida, à noite, intrusos como telejornais e principalmente as novelas impedem o diálogo.
A revista Scientific American, do mês de fevereiro de 2002, destacou na capa: “Televisão causa dependência”.  Na matéria, os pesquisadores Robert Kuebey e M. Csilkszentmihalyi, da Universidade de Claremont, concluem que a maioria dos critérios de dependência química aplica-se a pessoas que assistem muito à TV. Entre os critérios usados por psicólogos e psiquiatras para descrever a dependência química, estão: passar muito usando a substância, usá-la com mais frequência do que se pretendia, pensar em reduzir o uso ou fazer tentativas repetidas e mal-sucedidas de reduzi-la, abrir mão de importantes atividades sociais, familiares e ocupacionais para usá-la e relatar sintomas d síndrome de abstinência. “Todos esses critérios podem se aplicar a pessoas que assistem muito TV, dizem os pesquisadores”.
De acordo com os pesquisadores, vários estudos demonstram que o “feitiço” da TV reside em sua capacidade de acionar um tipo de resposta-padrão instintiva visual e auditiva a estímulos repentinos ou novos. Os vasos sanguíneos que alimentam o cerébro dilatam-se, o coração desacelera, os vasos para os principais músculos estreitam-se. O cerébro concentra sua atenção em colher mais informação enquanto o resto do corpo se aquieta” descrevem os pesquisadores. Sem nos darmos conta, para ver televisão escolhemos aquela postura que permita o máximo de comodidade e o mínimo de movimento, ou seja, a mínima consciência de nosso corpo, com o objetivo de não tirarmos nossa atenção da TV.

Domando o “drácula” – Como se percebe, diversas são as razões por que deveríamos dominar o “drácula eletrônico”.
·         A TV impõe mudanças de personalidade e estilo de vida, além de afetar o inter-relacionamento social do indivíduo, desde o palavreado até suas opiniões pessoais.
·         Promove o distanciamento familiar e contribui, segundo Ailton Amélio, do Instituto de Psicologia da USP, para o quadro de dissolução de muitos relacionamentos.
·         Oferece um mundo falso, onde tudo se resolve e isso traz uma falsa tranquilidade.
·         Promove o consumismo. “A publicidade cria necessidades onde elas não existem”, converte o ser humano em mercadoria, e a televisão tem de sua parte todas as vantanges para realizar isso.
·         Influencia negativamente as crianças, por meio dos super-heróis. Bonitos, ágeis, “justos”, mas extremamente violentos, que resolvem tudo com os punhos. Assim, elas não apreciarão aqueles cujos métodos são pacíficos, baseados no amor e no perdão.
·         A TV promove intensamente ideologias anticristãs, como a Nova Era, o evolucionismo, o espiritualismo e as ciências ocultas. E, como já dizia Goebbels, uma mentira insistentemente repetida acaba adquirindo aparência de verdade.

Pr Marcelo Oliveira

Bibliografia: BORGES, Michelson. Os Bastidores da Mídia. Editora Casa
                   CALAZANS, Flávio. Propaganda Subliminar Multimídia. Ed. Summus
                   BLÁZQUES, Niceto. Ética e Meios de Comunicação. Ed. Paulinas 

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Os cristãos têm que obedecer às leis da terra?

Romanos 13:1-7 diz:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência. Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.”
Essa passagem torna as coisas bastante claras. Devemos obedecer ao governo que Deus põe sobre nós. Deus criou o governo para estabelecer a ordem, punir o mal e promover a justiça (Gênesis 9:6; 1 Coríntios 14:33; Romanos 12:8). Devemos obedecer ao governo em tudo – pagando impostos, seguindo as regras, demonstrando respeito, etc. Se não o fizermos, estaremos no fim das contas demonstrando desrespeito contra Deus, pois foi Ele quem pôs o governo sobre nós. Quando o apóstolo Paulo escreveu Romanos 13:1-7, ele estava sob o governo de Roma, durante o reinado de Nero, talvez o mais maligno de todos os imperadores romanos. Paulo mesmo assim reconhecia a autoridade do governo sobre ele. Como vamos fazer menos do que isso?

A próxima questão é: “Há alguma ocasião em que não devamos obedecer às leis da terra?” A resposta para essa pergunta pode ser encontrada em Atos 5:27-29:
“Trouxeram-nos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”.
Disto, podemos ver claramente que enquanto as leis da terra não se choquem com as leis de Deus, devemos obedecê-las. Assim, quando a lei da terra contradizer o mandamento de Deus, devemos violá-la e escolher obedecer à lei de Deus. No entanto, mesmo neste caso, devemos aceitar a autoridade do governo sobre nós. Isto é demonstrado pelo fato de Pedro e João não terem protestado por terem sido açoitados, e sim terem se regozijado ao sofrer por obedecer a Deus (Atos 5:40-42).

Fonte: [ Got Questions? ]
Extraído do blog: [ Blog dos Eleitos ]

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Jesus deve voltar entre 2018 e 2028, afirma Presidente da Sociedade Bíblica Mundial

O presidente da Sociedade Bíblica Mundial, Dr. F. Kenton Beshore, disse que, com base em uma vida de estudo, ele acredita que o "Arrebatamento" é provável que ocorra antes do ano 2021, enquanto que a segunda vinda de Jesus Cristo vai acontecer entre 2018 e 2028

jesus"Haverá 144 mil judeus durante a Tribulação que vão voltar para o Senhor", disse Beshore, 86 anos, em um comunicado. "Agora, todos nós estamos indo embora (após o Arrebatamento).
"Mas se tivermos nossas Escrituras judaicas em suas mãos agora, o Espírito Santo vai levá-los no momento certo. Elas podem tê-los colocado de lado, mas eles vão lê-las, voltar para o Senhor e conduzir bilhões e bilhões para Jesus".
Ele acrescenta que, ao liberar esta declaração, ele espera que, neste momento de crise econômica, política e espiritual global, inspire os crentes a se preparar para a maior oportunidade para a evangelização em todo o mundo nos últimos 2.000 anos.
Beshore, que começou seu ministério aos 19 anos de idade e ganhou cinco graus de doutoramento em teologia, hoje lidera a Sociedade Bíblica Mundial, uma organização cristã que já distribuiu cerca de 60 milhões de cópias da Bíblia para mais de 65 países ao redor do mundo. A organização diz que sua missão é focada em atender as necessidades espirituais das pessoas através da "produção e distribuição de Bíblias, Bíblias em MP3, Bíblias em software, CD e DVD, Escrituras judaicas, livros de estudos bíblicos, um programa de rádio Mundial (também ouvido em ondas curtas e Internet), material Family Values, e Ajudando Mães Solteiras."
A organização oferece uma oportunidade para as pessoas que desejam ajudar as famílias judaicas a receber Bíblias para contribuir para o seu programa para educar e esclarecer.
Dr. Beshore também lançou um livro abordando a questão - Quando ocorrerá o Arrebatamento, onde ele apela para o despertar espiritual das massas, para que possam prestar atenção para o cumprimento dessas profecias. Ele também ensina as pessoas como devem se preparar para os próximos eventos bíblicos.
Ele diz que os testemunhos desses eventos são encontrados no livro do Apocalipse, e diz que o arrebatamento é um evento futuro em que os verdadeiros crentes de Cristo serão levados da Terra para habitar com Cristo - embora existam várias interpretações a respeito de quando ou como este evento pode realmente acontecer. A Segunda Vinda refere-se a um momento em que Jesus Cristo retornará à Terra para cumprir as profecias estabelecidas na Bíblia. A tribulação, por outro lado, é descrita pelo teólogo como um período de sete anos em que Deus vai punir aqueles na Terra, antes de finalmente julgar todos.
Os esforços de Dr. Beshore estão concentrados nesse período de sete anos, onde ele espera que 144 mil judeus voltem para Cristo, que ele acredita que é descrito no Apocalipse. O teólogo insiste que ninguém pode saber a data exata de quando Jesus vai voltar, mas não pode haver argumentos para os "tempos e épocas", ou o cronograma aproximado.
Como alguns exemplos que mostram que as pessoas podem observar os sinais que predizem a volta de Cristo, ele aponta para "observações em Mateus 24:33 que Jesus" "quando virdes todas estas coisas, você sabe que ele está próximo" e seu comando em Mateus 24 :42-44 para "assistir" e estar "pronto" para o seu retorno.
Ele também afirma que as pessoas que vivem durante o tempo de Noé foram dadas mais de 100 anos de aviso antes do Grande Dilúvio, e que Ló e sua família foram avisadas antes da destruição de Sodoma e Gomorra.
"A parábola da figueira é uma profecia do renascimento da nação de Israel", Beshore escreve em seu livro. "A frase grega ‘panta tauta’ que traduzido significa 'todas essas coisas' refere-se ao princípio das dores ( . Mateus 24:8) Jesus estava dizendo, com efeito, que quando você vê as dores de parto – 1° e 2° Guerras e fomes, pestes e terremotos - você vai saber que seu retorno se aproxima. A palavra grega genea é traduzida ‘geração’. Literalmente, ela significa "aquele que nasceu." Jesus disse que este "um que nasceu" (nação de Israel) vai estar em existência quando Ele voltar. "
O teólogo continua a listar vários outros exemplos do que ele vê como prova de que estamos vivendo perto de Fim dos Tempos.
"Os professores da Bíblia têm envelhecido e morrido pregando sobre o arrebatamento e uma palavra que não existe na Bíblia - iminência", Beshore diz. "A palavra iminência significa o Arrebatamento pode acontecer em qualquer dia. A Bíblia não ensina que isso. A Bíblia ensina que certos eventos devem ocorrer antes do arrebatamento -.. ‘porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição’".

Fonte:christianpost.com

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Igreja Quadrangular de BH com HERESIAS diz que em 2013 óleo transformará pobre em rico

>> sábado, 27 de outubro de 2012


O Templo dos Anjos, da Igreja Quadrangular de Belo Horizonte (MG), produziu um vídeo onde diz que quem for ungido com o óleo Jeová Jiré se tornará rico em 2013. O tal óleo da riqueza, diz o vídeo, foi consagrado nos 7 lugares mais sagrados do mundo e contém porção de prata, ouro e petróleo. “Em um ano, o menor, o mais simples entre os irmãos vai dobrar o seu patrimônio”, afirma. Já os fiéis “fora de série”, segundo a igreja, terão seus bens multiplicados em até 100 vezes.
O vídeo cita alguns personagens bíblicos, como Abrão e Jó, que ficaram ricos graças à interseção de Deus. Até um Lula comovido por estar no Palácio do Planalto é apresentado como exemplo de pobre que passou a fazer parte do círculo dos "príncipes e poderosos".






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O que significa “A glória desta última casa será maior do que a da primeira”?

>> quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Por André Sanchez

Já passei por várias vezes na frente de templos sendo construídos e vi essa frase em uma placa ou em um dos muros da construção: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira”. Muitas pessoas veem essa frase e pensam que a igreja está construindo um templo que será melhor do que o primeiro, que será mais luxuoso, que caberá mais gente (e normalmente é o que as igrejas querem dizer com ela). Mas o que esse verso significa na Bíblia? Será que ele se refere a um templo mais luxuoso ou a um templo maior? Esse verso está em Ageu 2.9:

“A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.”

Para compreendermos o significado desse texto, precisamos lembrar que o profeta Ageu exerceu seu ministério no segundo reinado do rei Dário (Ageu 1.1). Nessa época, os judeus haviam voltado (pois estavam cativos) à Terra Prometida por causa de um decreto de Ciro (Esdras 1.1-4). A missão deles era reconstruir o templo, pois o templo construído por Salomão havia sido destruído vários anos antes, quando o povo foi levado cativo por causa de sua desobediência a Deus. Jerusalém e o templo foram destruídos. A missão desses judeus era retomar o culto a Deus e reconstruir o orgulho do povo de Israel, o seu templo, a “habitação do Senhor”, e também sua cidade.

Eles, então, começam a reconstrução do templo, que acaba ficando parada por volta de 18 anos devido a uma oposição externa e do desânimo deles. Porém, depois desse tempo, eles retomam a construção e a terminam. E é exatamente desse templo que Ageu profetiza. Esse templo foi construído pelos judeus liderados por Zorobabel (Ageu 2.4). O interessante é que as pessoas que tinham visto o templo de Salomão em toda a sua glória e luxo, choram ao ver a simplicidade desse templo: “Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos?” (Ageu 2.3). Porém, Deus promete que sobre esse templo simples estaria uma maior glória do que a que estava no primeiro.

Esse é o significado desse texto: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Ageu 2.9)

A título de conhecimento, esse templo, muitos anos mais tarde passou por várias reformas, até ser substituído pelo templo de Herodes, que começou a ser construído por volta de 20 a.C e foi terminado em 64 d.C. Porém, no ano 70 d.C, esse templo foi destruído pelas tropas do império Romano, por ordem de Tito. Hoje, a única coisa que resta dele é um muro, que é chamado de muro das lamentações.

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Amor ou obsessão denominacional?

 
Por Pr. Magdiel G Anselmo
 
Há uma linha tênue entre o amor e a obsessão pela denominação a que somos membros.
 
Alguns dentre nós parecem amar mais a denominação do que o próprio Deus. Parecem amar mais a forma da organização do que a própria Bíblia. Defendem com muito mais vigor a "sua igreja" do que propriamente as doutrinas bíblicas fundamentais. 
 
Esse "amor" desmedido pela denominação da qual fazem parte traz um orgulho, que sabemos, não é saudável. Temos que entender que a denominação não é infalível e muito menos perfeita. Seus métodos e sua forma de se organizar pode não ser a melhor ou a mais eficaz hoje como eram a tempos. Não temos que "fechar os olhos" para seus erros administrativos e metodológicos.
 
Em toda organização existem momentos de manutenção e acerto de direção em sua trajetória.
 
Temos sim que levar em conta que o aperfeiçoamento dos processos deve ocorrer, e em alguns casos, a mudança ou até o abandono de formas antigas pode ser inevitável e necessária para que haja alcance, abrangência e acima de tudo, edificação.
 
Isso não significa negligenciar ou desrespeitar a tradicão, mas sim, aprender com ela e quando necessário fazer dela o "trampolim" para novos procedimentos e novos dias.
 
O amor denominacional é compreensivo, mas tudo tem limite, não pode se tornar em obsessão cega.
 
Quando vivemos grande parte de nossa vida envolvidos com e em uma organização é comum adquirirmos por ela forte zelo e amor. Isso não é ruim, desde que direcionado corretamente.  Todo desequilíbrio traz problemas, inclusive nesse caso.
 
O amor pela "nossa igreja" não pode suplantar ou sobrepujar a reflexão e o discernimento do que é correto e do que é razoável.
 
O que é inquestionável e imutável devem ser sempre preservados como são o caso das Escrituras. As metodologias, formas e organizações que são criadas pelo homem devem sempre passar pelo crivo bíblico e, também pela prova do tempo e da sua eficiência em cada momento da história. Não é pecado aperfeiçoar ou mudar, desde que não incorramos em desrespeito ou infrinjamos os ensinamentos bíblicos já nos revelados.
 
Mas, lamentavelmente o que vêmos muitas vezes é que somente a possibilidade em mudar traz um perplexidade tamanha que parece que estamos a negar a nossa fé em Cristo. Modificar uma estrutura de muitos anos parece ser mais difícil que a transformação de vidas em Cristo. 
 
Inevitavelmente esse conceito conduz a arrogância e orgulho denominacionais. "A minha igreja é a melhor", "o nosso jeito é o melhor", afirmam soberbamente sem discernir se realmente isso é uma verdade atualmente, como se a forma, o jeito, o método, etc... estivesse ao mesmo nível ou até superior a própria Palavra de Deus, essa sim uma verdade em qualquer época ou contexto. Os limites para se adentrar na caracterização de uma seita quase são ultrapassados. Temos que fugir do exclusivismo e da tendência de pensar que somos os mais perfeitos dentre os mortais. A forma pode variar desde que não afete o conteúdo, a essência - isso é que devemos propagar e defender.
 
Aí então, percebemos que muitos defendem com mais energia a não mudança ou o aperfeiçoamento de métodos e formas já comprovadamente ineficazez do que a própria fé cristã como orienta a epístola de Judas.
 
O zelo tornou-se obsessão arrogante e o amor transformou-se em cegueira espiritual.
 
O orgulho denominacional tem crescido, principalmente nas igrejas mais antigas, tradicionais e históricas, e esse crescimento nada traz de bom a causa de Cristo ou a expansão da Igreja, mas tem alcançado também as novas e já percebemos os conflitos desnecessários que causam.
 
Mais reflexão bíblica e menos paixão denominacional, são aconselháveis em nosso contexto atual.
 
Nos desapegarmos de costumes e tradições denominacionais  que já não tem sentido ou necessidade é algo a se considerar para que cresçamos e façamos a diferença em nosso presente século. A idéia equivocada de que é pecado mudar procedimentos ou formas deve ser rejeitada e o aprimoramento de nossa atuação exige muitas vezes um replanejamento e direcionamento adequados e contextualizados.
 
O questionamento da postura de meros replicantes do passado é crucial. O cristão "papagaio de pirata" que somente repete sem avaliar, sem julgar o que lhe é ensinado ou imposto pelas organizações não tem mais espaço em uma Igreja que deseja aprender com seus erros e progredir em sua expansão. As questões secundárias (as que não dizem respeito ao texto bíblico) devem ser reavaliadas e provadas em seu funcionamento, operacionalidade e eficiência.
 
Não podemos e não devemos canonizar o que não é sagrado.
 
As desculpas de termos e seguirmos linhas teológicas variadas e de possuirmos histórias diferentes não justificam ou explicam os erros cometidos ou a ausência de reflexão sobre o assunto em questão. 
 
Pensemos urgentemente com seriedade sobre essas questões.

Fonte: A Verdade Bíblica

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Pão da vida: a singularidade de Jesus


 


Não há dádiva maior na vida de um ser humano que ser um discípulo de Cristo. Seguir o Mestre, alimentar-se de Seu ensino, ter comunhão com Ele, exercer a fé no Redentor, tendo-O acima de qualquer suspeita, como Senhor e Salvador, e não apenas como um guru, um médium, um espírito evoluído ou um líder espiritual. A singularidade de Jesus está em Seu ser, e por mais que alguns tentem expor o contrário, o Senhor é o nome acima de todo nome. E este fato é eterno e imutável.

Recentemente, meditando nas Escrituras, mergulhei no Evangelho de João, mais precisamente no capítulo seis. Deste tempo, extraí um esboço que se transformou neste estudo, que gostaria de compartilhar com os leitores. Este capítulo, assim como todo conteúdo deste Evangelho, possui ensino profundo a respeito da vida e missão do Messias.

Milagres

A Bíblia atesta que uma grande multidão estava seguindo a Jesus, na cidade de Tiberíades, diante dos feitos miraculosos:

E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos. João 6.2

Neste ponto, precisamos refletir brevemente acerca da natureza dos milagres. O contexto nos mostra que Jesus se preocupava e – evidentemente – continua se preocupando com as pessoas e com as necessidades mais íntimas do ser humano. A falha de nossa geração está em evidenciar muito mais o milagre do que o próprio Deus que fez o milagre. O milagre deve apontar para Cristo – o milagre é um meio, e não um fim em si mesmo.
Uma fé baseada em milagres nunca é tão agradável a Deus como a fé baseada somente em Sua palavra. A palavra de Deus não deveria exigir milagres para comprová-la. Qualquer coisa que Deus diz é verdade, jamais poderia ser mentira. Isso deveria ser o suficiente para qualquer pessoa! [1]
Daquela multidão, que estava acompanhando feitos miraculosos do Messias, contavam-se cinco mil homens, além das mulheres e crianças (v.10). De apenas cinco pães e dois peixes, Jesus alimentou toda multidão (v.9). A fartura foi tamanha que, além de alimentar a multidão, as sobras encheram doze cestos. Neste momento, satisfeita com o milagre, a reação do povo foi uma tentativa precipitada de coroar a Jesus como rei, ao que reagiu retirando-se para orar (v.14-15).

Veja que, neste momento, uma vasta multidão estava seguindo Jesus, pronta para engrandecê-lo pelos seus milagres. Em nossos dias, temos visto este paralelo. A ênfase da pregação está no resultado, no agora, num imediatismo perigoso que pode minar a fé. Esse caminho arriscado direciona o povo a viver uma fé em milagres (o que chamo fé na fé). Neste sentido, cabe a reflexão: qual o compromisso que as pessoas contempladas com milagres estabelecem com Deus?

Enquanto Jesus orava, os discípulos seguiram pelo Mar da Galiléia (também chamado de Tiberíades ou Lagoa de Genesaré) de volta à Cafarnaum. Neste caminho (v.16-21), uma forte tempestade sobreveio e sacudia a embarcação fortemente, ao que Jesus surge caminhando sobre a as águas colocando o caos em perfeita ordem (veja detalhes em Mt 14.22-36; Mc 6.45-56). Isso ainda nos faz lembrar do feito de Mc 4.35-41, quando sob forte tempestade Jesus dormia, e ao ser despertado cessou a tormenta. Espantados, os discípulos exclamaram:

Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem? Marcos 4:41b

Precisamos aprender um contexto muito mais profundo em tudo isso, pois muitos pregadores e leitores da Bíblia utilizam estes versículos para dizer que Jesus “acalma as tempestades da vida”, mas muito mais do que isso, Jesus é o criador de todas as coisas, e a natureza prostra-se ante seu poder e glória. Charles Hodge comenta sobre isso em sua Teologia Sistemática no tema “Seu controle sobre a natureza”:
Quando curava os enfermos, abria os olhos dos cegos, restaurava os coxos, ressuscitava os mortos, alimentava a milhares com uns poucos pães e acalmava a fúria do mar, fazia isso pela emissão de sua palavra, pelo simples exercício de sua vontade. E assim manifestou sua glória, dado aos que tinham olhos para ver visível demonstração de que ele era Deus na forma humana. [2]
Ele tem mais que domínio sobre as tempestades da vida, Jesus tem o domínio sobre tudo o que se criou, sobre todo o universo e o que nele há! Jesus é o Rei da Glória!

Jesus, o pão da vida

No dia seguinte (v.22), já na cidade de Cafarnaum, o que julgo ser o ápice do capítulo se inicia, quando Cristo atinge o ponto de máximo interesse, mostrando para toda aquela gente qual é o cerne do Evangelho:

Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou. João 6.29

O Senhor continua o discurso para aquele povo apresentando sua messianidade e esquadrinhando os propósitos do coração. O povo, sempre ávido por milagres, tenta mais uma vez coagir Jesus por sinais, mesmo após o Senhor ter se revelado como o pão da vida!

Disseram-lhe, pois: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu? João 6:30
Sobre esta pergunta, cito D.A. Carson:
A pergunta no v. 30 revela a superficialidade do pensamento deles, pois de que novo sinal eles precisavam depois de ver uma multidão ser alimentada a partir de provisões insignificantes? A referência ao maná no deserto (31) fornece uma indicação de como funcionava a mente deles. Provavelmente eles pensavam que esta provisão era superior à que Jesus tinha proporcionado, em função da enorme quantidade de maná. O seu conceito de sinal parece ter-se limitado a uma reprodução da experiência dos israelitas no deserto. Isso era o mesmo que esperar que para impressioná-los, o Messias fizesse algo muito maior do que Moisés tinha feito. [3]
O povo estava convicto que o milagre do Maná no deserto representava um feito maior que Jesus, e além, achavam que o Maná era maior que Jesus, o Pão da Vida! Mais uma vez na história, o povo estava focado na quantidade, e não na relevância e qualidade do feito, agindo desta maneira, caíram no erro de minimizar a pessoa e obra de Cristo (v. 42-50). Ao que a Bíblia de Genebra comenta:
Ainda que tivessem visto o milagre da multiplicação de pães e peixes, não o reconheceram como um sinal que identificasse Jesus como o Messias. Foi meramente como uma oportunidade de refeição para eles.[4]
O Senhor afunila ainda mais o propósito de seu ensino, dando um verdadeiro tapa na cara do orgulho e auto-suficiência humana: o homem não pode encontrar Deus por seu próprio mérito e esforço próprio, e mesmo que isso venha a ferir as intenções mais sinceras de uma pessoa – e para glória de Deus – é Ele mesmo quem move o coração do homem ao caminho da graça (v.37).

Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. João 6:37
A Carne e o Sangue

Ao falar sobre comer a carne e beber o sangue do Filho do Homem (v.53), Jesus não está discursando em sentido literal. Jesus também não estava falando a respeito do sacramento da ceia (a última ceia sequer tinha ocorrido). Tal declaração aponta para a vida e obra de Cristo, para uma crença absoluta em tudo aquilo que o Mestre disse e fez, sua obra, seu ensino.

Resultado: uma pergunta que ecoa na eternidade

Uma vez que as palavras de Jesus são vivas, aquilo que Ele profetizou ecoa por toda a eternidade. Não somente naquela ocasião, como ainda em nossos dias, muitos são os que seguem Jesus com outras intenções e concluem que “o discurso é duro, quem o suporta?” (v. 60), estes estão petrificados no escândalo (v. 61). No entanto, no meio desta multidão estão os que Deus elegeu (v. 65), e para os que são de Deus, as palavras de Jesus são “espírito e vida” (v. 63).

O confronto das palavras do Senhor dispersou a multidão. No funil da circunstancia, Jesus chega-se aos seus alunos mais próximos, seus doze discípulos, e lança o ultimato:

Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? João 6:67

A resposta de Pedro ao liquidante confronto de Deus (um confronto necessário, duro, mas de inigualável graça e misericórdia), confessa quão pequena é a humanidade. Nada somos e nada podemos se não for nEle e por Ele. O problema do pecado está exposto e toda e qualquer auto-suficiência é caquética e doente. O desfecho está estampando a singularidade do Messias: o pão da vida providenciado pelo Pai.

Simão Pedro respondeu-lhe: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus. João 6.68-69 (Almeida século 21)

William Macdonald assim sintetiza esta resposta de Pedro:
Senhor, como podemos te deixar? Tu ensinas as doutrinas que conduzem à vida eterna. Se nós te deixarmos, não há mais ninguém a quem poderíamos seguir. Deixar-te seria selar nossa condenação. [5]
Quanto a mim, sou grato, infinitamente grato ao Senhor. Ele me olhou e mesmo morto no pecado (Ef 2.1,4-6), me trouxe vida (Jo 6.58), aprouve a Ele me escolher (Jo 6.44), me fazendo dEle (Jo 6.35-40).

O Mestre rejeitou uma “coroa” (Jo 6.15), mas não abdicou da cruz.

Somos dignos de seu amor? Não.

O nome disso? Graça, irresistível e incompreensível.

Solus Christus! Soli Deo gloria!
NOTAS:
[1] MacDONALD, William. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento. Mundo Cristão. São Paulo, SP: 2008. p.264
[2] HODGE, Charles. Teologia Sistemática. Hagnos. São Paulo, SP: 2001. p. 376
[3] CARSON, D.A. Comentário Bíblico Vida Nova. Edições Vida Nova. São Paulo, SP: 2009. p. 1561-1562
[4] Bíblia de Estudo de Genebra. Cultura Cristã. São Paulo, SP: 1999. p. 1239
[5] MacDONALD, William. Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento. p. 271
 Fonte: Napec

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O Vale da Sombra da Morte


Por Maurício Zágari

Parece nome de filme de terror: o Vale da Sombra da Morte. Que imagem horripilante. Mistura em apenas uma expressão três conceitos que metem medo: “Vale” fala de um lugar desprotegido, ladeado por altas e perigosas escarpas, onde é fácil ser vitima de um emboscada ou uma avalanche.”Sombra” nos lembra o medo mais primitivo do ser humano: o escuro, a falta de luz, frio, ausência de sol, impotência diante dos perigos que porventura estejam escondidos onde não conseguimos ver. “Morte” dispensa comentários. Então “Vale da Sombra da Morte” é um lugar pavoroso, de medo, falta de proteção, total impotência, calafrios, depressão, imprevisibilidade, terror. Você já passou por esse lugar? Não é um lugar físico, mas espiritual, emocional e psicológico. Em algum momento da vida, a esmagadora maioria das pessoas atravessará esse vale. E precisamos nos preparar para isso, embora ele sempre nos trague quando menos esperamos.

Uns entrarão em suas regiões mais profundas, outros nas menos; uns ficarão nele muito tempo, outros nem tanto. Você sabe que está nele quando acorda chorando, quando os dias correm rápido e você percebe que já chegou outra segunda-feira sem que o tempo pareça ter passado, quando nada parece fazer sentido, quando a tristeza é sua companheira mais frequente, quando você não enxerga razão para sair da cama, quando o céu azul é cinza aos teus olhos, quando viver torna-se comer e dormir – se o apetite não desaparece. Quando a morte passa a não ser tão assustadora assim.
Só que aí acontece algo extraordinário.

Deus nos revela, por meio do Salmo 23 do rei Davi, uma outra possibilidade. Ele mostra uma mão estendida por entre o desespero que, para quem está em pleno Vale da Sombra da Morte, parece impossível, apenas uma miragem à distância. Mas para quem está em Cristo, essa miragem na verdade não é uma ilusão, é um vislumbre real do que está na linha do horizonte. O que precisa ser feito para chegar até essa  realidade é dar um passo. Depois outro. Depois juntar todas as suas forças para dar um terceiro. Um quarto vem arrastado e aos soluços. O quinto vem com um gemido. No sexto os pés nem desgrudam do chão, tão pesados estão. O sétimo é automático, sem vontade, querendo cair ao solo e ali ficar. Do oitavo em diante só Deus sabe como você consegue ir em frente. Mas… quando você menos espera… superou um dia. Depois outro. Depois outro. Depois outro. Depois outro. Depois outro e… quando se dá conta, aquele longínquo horizonte está debaixo dos seus pés. Seus olhos embaçados pelas lágrimas, junto com o abatimento da sua alma, não deixaram você perceber que as escarpas sumiram. Você levanta a cabeça. E o Vale da Sombra da Morte não está mais ali. E onde você está? Que lugar é esse onde você chegou?

O Salmo 23 responde: pastos verdejantes. Junto das águas de descanso. O local onde sua alma encontra refrigério. As veredas da justiça. É quando você consegue inspirar fundo e dizer: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda“. E você percebe, então, que a cada dolorido passo daquela jornada de uma ponta a outra do Vale da Sombra da Morte o milagre da graça aconteceu. Você se dá conta de que a bondade e a misericórdia certamente te seguiram por todos os dias da sua vida. E não a bondade e a misericórdia de qualquer um, mas daquele que nos prometeu que estaria conosco todos os dias, até a consumação do século. Todos os dias. Mesmo nos dias em que você esteve envolto na escuridão, na solidão e no pavor pela incerteza do que vinha à frente.


Então as lembranças daquele período terrível se tornam aprendizado. As feridas dos meses de sofrimento da hora de acordar à de dormir passam a ser cicatrizes de lembranças que doem mas não sangram mais. Estranhos com quem você esbarrou no caminho e lhe deram copos d’água em meio à sequidão tornam-se a face do amor. Deitado, então, nos pastos verdejantes, você lembra-se de que, enquanto caminhava sem enxergar direito devido à escuridão pelo estreito Vale da Sombra da Morte, só conseguia vislumbrar um lugar iluminado: de um lado, escarpas. Do outro, mais escarpas. À frente e atrás, sombras. Mas… acima de sua cabeça, lá estava ele, sempre presente e concedendo esperança: o céu.

Embora seja o local mais arrasador e apavorante que existe nesta terra, o Vale da Sombra da Morte tem uma função para o Reino de Deus: quando você chega ao lugar de paz, se consegue jamais se esquecer daquela jornada sombria, fria, solitária e apavorante que ficou para trás, agarra-se com todas as suas forças a um desejo premente e inapagável:  habitar na Casa do Senhor para todo o sempre.

Se você está neste momento de sua vida atravessando o Vale da Sombra da Morte, meu irmão, minha irmã, saiba que ao final dele há pastos verdejantes, águas de descanso, refrigério, justiça. Não tema mal nenhum, porque Jesus está contigo. Essa é minha esperança. Essa precisa ser a esperança de todos nós.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício.

Fonte: Apenas

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“Todo aquele”. Isso afirma que qualquer um pode escolher ser salvo? .


Por - Denis Monteiro

Quando vamos fazer referência à doutrina maravilhosa e bíblica da predestinação, muitos que tem preguiça e falta de temor, dizem: “Mas nós não somos livres para fazer o que quiser e principalmente escolher Cristo como salvador? Porque na Palavra de Deus há chamados, e escolhas condicionais. Por exemplo:

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Rm 10.13;

Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3.15;

E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Atos 2.21”

Primeiro temos que entender o que significa “todo aquele”, em uma rápida interpretação sem temor de Deus e com preguiça dar-se a entender que a pessoa é livre para ir até Cristo. Mas vamos analisar o que significa aquele.

Aquele: pronome demonstrativo. Indica ou refere-se à pessoa ou coisa citada.
Todo: conjunto completo; total; inteiro.

Farei uma exposição destas três passagens citadas acima, sabendo que existem outros versos na Santa Palavra de Deus que expressa o mesmo sentido, o motivo é para que não seja tão extenso. Logo, se o significado da palavra aquele é uma indicação á uma pessoa citada. Então, temos que, por obrigação, ler o contexto.

Em Romanos 9-11, nestes 3 capítulos, fala mais resumidamente assim: a gloriosa eleição de Deus e Paulo mostra isso em dois personagens bíblicos, Jacó e Esaú, e os que aceitaram a Cristo é porque eram filhos de Abraão mas pela fé. Mas no fim do capitulo 9 Paulo diz que Judeus são culpados por terem rejeitado a Cristo. No capitulo 10 mostra que os judeus rejeitaram a justiça de Deus e que Israel não pode alegar a falta de oportunidade. E no capitulo 11 mostra o futuro de Israel e os que irão ser salvos o “remanescente segundo a eleição da graça.” (Rm 11.5). Então partindo deste versículo “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”, percebe-se que este “todo aquele” refere-se aos eleitos, os filhos de Abraão pela fé. É como se Paulo estivesse dizendo: O conjunto completo dos eleitos quando invocarem o nome do Senhor será salvo.

Em João 3 fala sobre uma conversa de Jesus com um príncipe dos fariseus, Nicodemos. E como é dito no capitulo 2.25, Jesus conhecia a “natureza humana.”. Então, no cap. 3 Jesus diz a este fariseu que para ele herdar o Reino dos Céus, ele tem que nascer de novo, nascer do alto. Uma obra gerada pela Palavra e pelo Espírito Santo (v.5) e logo em seguida, Jesus diz a este fariseu que ele é como a serpente de Moisés levantada no deserto (Nm 21.9), ou seja, assim como os que eram mordidos pelas serpentes e olhava para a serpente de bronze era curados, todo aquele que “olhar” para Jesus será curado, terá vida eterna. Ou seja, todo aquele, o numero completo dos eleitos que nasceram de novo quando crer em Jesus terá vida eterna. É o que o próprio evangelista João diz no capitulo 1.13 que os que aceitaram a Jesus eles “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas [da vontade] de Deus.” João 1.13.

Em Atos 2 fala sobre o cumprimento da profecia dita pelo o profeta Joel, a descida do Espírito Santo. E Pedro, após o cumprimento, faz menção do livro de Joel e justamente da passagem que fala sobre a profecia.

E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; E farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e vapor de fumo. O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue, Antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor; E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Atos 2:17-21.(Joel 2.28-32).

Pedro repreende os críticos que diziam que os que falaram em línguas estavam embriagados, e Pedro diz que eles não estavam (v.15), mas que isso tinha que se cumprir. E Pedro repetindo a profecia, diz que o Espírito de Deus seria, foi, e está sendo derramado sobre todos os tipos de pessoas filhos e as vossas filhas... Jovens... Velhos... Servos... Servas (v.17,18), uma obra diferente da antiga aliança. Mas agora Pedro faz uma declaração ”E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Aquele quem? Aqueles que receberam o Santo Espírito, estes podem crer e agora serem salvos.

Conclusão.

Quando a Palavra de Deus refere-se a “todo aquele”, temos que recorrer ao contexto. Senão cairemos no mesmo erro que muitos fazem até hoje, o livre arbítrio. Quando se refere a este termo, está dizendo que todo aquele mencionado anteriormente ou posteriormente fará tal coisa ou deixará de fazer tal ato.

Não se precipite em tirar conclusões antibíblicas.

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Academia em Debate - Relativismo

Neste programa, o Rev. Augustus Nicodemus Lopes entrevista com o Prof. Tarcízio de Carvalho e o Prof. Fabiano de Oliveira. O tema é "relativização ou absolutização das verdades:





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Toda a Escritura é inspirada por Deus

>> quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Por - Luciano R. Peterlevitz

Um estudo em 2 Timóteo 3.14-17
"Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra."

1. Introdução

Os versos 10-17 de 2Timóteo 3 formam um único parágrafo, subdividido em duas partes: v.10-13 e v.14-17. Cada uma dessas partes inicia-se com a partícula adversativa  συ δε su de, “tu porém”. Há assim um nítido contraste entre aquilo que Paulo descreveu sobre os falsos mestres (v.1-9), e sua orientação a Timóteo (v.10-17). Os falsos mestres naufragaram na fé (1Tm 1.19). Mas o jovem Timóteo deve continuar na fé.

Observa-se ainda que cada uma das partes do parágrafo em questão tem uma temática: na primeira (v.10-13), Paulo exorta Timóteo a seguir seu exemplo, enquanto que na segunda parte (v.14-17) o apóstolo convoca o jovem presbítero a continuar firme nas Escrituras. Há uma lição aqui: antes de Timóteo olhar para a Palavra de Deus, ele deve o olhar ao exemplo do homem de Deus. Como se diz, nós, cristãos, somos uma Bíblia viva. Antes de pedirmos para as pessoas olharem aos valores das Escrituras, nós mesmos devemos transpirar esses valores mediante o nosso exemplo de vida.

Nosso estudo se concentra nos versos 14-17. Vejamos então o que a Palavra de Deus nos ensina nesses versículos.  


2. Análise 


V.14

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado...”. Timóteo não só aprendeu das Escrituras, mas foi também “inteirado”. Este termo, πιστοω pistoo, aqui significa “ser firmemente persuadido de”, dando o sentido de convencimento. “Note que aprender não basta. O que se aprendeu deve ser aplicado pelo Espírito Santo ao coração, para que também se chegue ao convencimento, com uma convicção que transforme a vida.” 1

Paulo alista duas razões porque Timóteo precisava permanecer na fé. A primeira é: “sabendo de quem o aprendeste”. De quem Timóteo aprendeu? Certamente de sua avó Lóide e de sua mãe Eunice (2Tm 1.5), as quais ensinaram Timóteo “desde a infância”. Não só elas, mas também Paulo contribuiu para a edificação da fé do jovem presbítero (v.10; cf. 1.13; 2.2).
 
V.15

A segunda razão porque Timóteo precisava permanecer na fé é que, “desde a infância”, ele conhecia “as sagradas letras”. Timóteo era uma ilustração de Pv 22.6. Foi instruído na Palavra, desde pequeno. E agora, é instado por Paulo a continuar nessa fé. No AT aprendemos que era dever dos pais contar aos filhos os grandes feitos de Deus na história de Israel (Dt 6.1-4). A páscoa era uma celebração caseira, através da qual se ritualizava aquela noite em que Deus libertou seu povo da terra da escravidão. Assim, o êxodo deveria ser lembrado por todas as gerações de israelitas (veja Ex 12). Infelizmente hoje é cada vez menor o número de pais que transmitem os valores cristãos aos filhos. Os pais deveriam se espelhar no exemplo de Eunice, mãe de Timóteo.
  
“A expressão que podem fazer-te sábio, que talvez reflete o uso da LXX no Salmo 19:7 (“dá sabedoria aos simples”), contrasta com a ‘insensatez’ e com os ‘enganos’ dos falsos mestres (vv.9,13).” 2 É através das Escrituras que alcançamos a maturidade e sabedoria necessárias para uma vida cristã autêntica. Quando ignoramos os valores da Palavra de Deus nos enveredamos por um caminho de insensatez, no qual o fim certamente é a morte.  


V.16

“Toda a Escritura é inspirada por Deus”. Alguns comentaristas seguem a tradução da Vulgata: “Toda Escritura, inspirada por Deus, é útil.” Essa tradução tem uma implicação: nem toda a Escritura é útil, mas somente aquela que foi inspirada por Deus. Assim, somente algumas partes da Escritura teriam sido inspiradas. Entretanto, a melhor construção gramatical é aquela que considera o termo “inspirada” não como um atributivo, mas como predicativo do sujeito γραφη graphe, “Escritura”.3  “Inspirada”, como o termo “útil”, é um adjetivo de “Escritura”. Entre esses dois adjetivos existe um conetivo “e” (grego kai), o que significa que  “Paulo está afirmando duas verdades sobre a Escritura, a saber: que ela é inspirada e que ela é útil, não somente uma dessas duas coisas”.  Portanto, o texto está afirmando a inspiração plenária das Escrituras, ou seja, cada uma das partes da Palavra provém do sopro de Deus, e tem autoridade definitiva sobre a nossa conduta e fé.

“Inspirada por Deus”. No grego, trata-se de uma única palavra: θεοπνευστος  theopneustos, composta por duas outras palavras: theos (“Deus”) e pneo (“respirar”). A príncipio, parece que o termo não tem haver com inspiração, mas expiração, pois literalmente significa “soprado por Deus”; assim, “‘aspiração’ ou mesmo ‘expiração’ exprimiria com maior exatidão o sentido do adjetivo grego 5. Mas a explicação abaixo elucita melhor isso:
"Mesmo que pudesse ser demonstrado que a ideia ativa de Deus soprando seu fôlego nas Escrituras é preferível, nada impediria que houvesse uma forte visão da inspiração, contando que essa inspiração ocorresse de uma vez por todas no momento da redação do texto. A ideia principal então seria que graphe é um termo totalmente permeiado pelo sopro divino.” ;6
Paulo continua sua argumentação, dizendo que, além de inspirada, a Escritura é “útil...”. Esta palavra é a tradução de ωφελιμος ophelimos, “lucrativo” . Este termo grego provém de opheleo, “proveitoso”, “benéfico”. “Um paralelo significativo é encontrado em Hebreus 4.2, onde as boas novas não ‘beneficiaram’ ou ‘foram proveitosas’ para os que as ouviram, porque a mensagem não encontrou fé por parte dos ouvintes.”8

Portanto, a Escritura tem autoridade divina (inspirada) e beneficia aqueles que a leem com fé (útil). A partir disso, podemos perceber quatro objetivos da Escritura:


A Escritura é inspirada e útil “para o ensino”. Atentemos para o termo
διδασκαλια  didaskalia, “ensino”. A Escritura tem autoridade divina para reger nosso ensino e doutrina. Ela é a nossa única regra de fé e prática. Nas epístolas pastorais, Paulo preocupava-se com a falsa doutrina que se infiltrava na Igreja (1Tm 1.3), e convocou tanto Timóteo como Tito a zelarem pelo ensino e sã doutrina (1Tm 1.10; 4.13; 5.17; Tt 2.1).

A Escritura é inspirada e útil “para a repreensão”. A palavra grega
ελεγχος elegchos “repreensão” alude à “verificação, pela qual algo é provado ou testado” .  Em Mt 18.15 e 1Tm 5.20 o mesmo termo é usado, sugerindo arguição ou convencimento a respeito do pecado. Essa deveria ser nossa postura com a Bíblia: quando confrontados com a Palavra, somos provados e verificados a tal ponto que, caso haja em nós algo que desabone a vontade de Deus, somos convencidos do erro. Mas não somente nosso pecado é confrontado. O texto continua:

A Escritura é inspirada e útil “para a correção”. O termo aqui (
επανορθωσις  epanorthosis) denota “restauração a um estado correto”. “Se repreensão enfatiza o aspecto negativo da obra pastoral, a correção enfatiza o lado positivo. O pecador deve não só ser advertido a abandonar a vereda errada, mas ser também guiado na vereda certa ou reta (Dn 12.3). Isto também ‘toda Escritua’ é capaz de fazer.” 10

A Escritura é inspirada e útil “para a educação na justiça”. O termo
παιδεια paideia tem um sentido muito rico. Pode ser traduzido por “instrução”; “disciplina”, como em 2.25 e Ef 6.4. Para alguns comentaristas, “corresponde a ‘corrigir’, em seu aspecto positivo”11 . Mas em Tt 2.11-14 paideia ganha o sentido de treinamento para uma vida santa e reta. A “justiça”, pois, teria o sentido de “boas obras”, como em 2.21-22. Isso ficará mais explícito no verso 17.

Portanto, as Escrituas são o nosso manual de doutrina (“para o ensino”); Ela examina se há em nossa vida algum pecado (“para repreender”), nos dirige a um caminho reto (“para a correção restaura um”), e nos prepara para vivermos a vida marcada por um caráter segundo o coração de Deus (“para a educação na justiça”).

V.17

“a fim de que o homem de Deus seja perfeito”. O homem de Deus, aqui nas epístolas a Timóteo, é uma referência ao ministro do evangelho (1Tm 6.11), mas por extensão pode ser aplicado aos cristãos em geral. A palavra αρτιος artios, “perfeito”, alude a algo completo, da mesma forma que εξαρτιζω exartizo, “perfeitamente habilitado”. A Escritura vai trabalhando em nossa vida de tal forma que nosso caráter vai sendo completado com a perfeição que existe em Cristo, e assim, como Cristo, estaremos preparados “para toda boa obra” (1Tm 5.10; 2Tm 2.21; Tt 3.1). O Espírito Santo “não se satisfaz enquanto a Palavra de Deus não cumprir plenamente sua missão e o crente não tiver alcançado a ‘medida da estatura da plenitude de Cristo’ (Ef 4.12,13)”.  12

Por vezes ouvimos crentes dizendo que não estão preparados para realizarem alguma coisa em prol do Evangelho. Entretando, a Escritura desafia todos os crentes a estarem preparados para a execução das boas obras. Há outros que, quando indagados por um descrente sobre a fé, dizem não saber, e que vão procurar resposta com o pastor. Está mais que na hora de tais cristãos se conscientizarem da necessidade que têm de amadurecimento, através da “espada de dois gumes”, que é a Palavra de Deus. 

 
3. Conclusão

Paulo desafiou Timóteo a permanecer na fé. Ele insistiu “na lealdade de Timóteo à sua vocação ministerial, ao próprio Paulo e a Cristo e seu evangelho, incluindo o ensino das Escrituras. Timóteo deve permanecer leal a despeito do sofrimento e em face da oposição.” 13

Timóteo deveria manter fidelidade ao ensino de Paulo. Tal ensino tinha autoridade divina. Assim também, em face de tantos ventos de doutrinas atuais, precisamos renovar nosso compromisso com a Palavra de Deus. Não se trata de um compromisso somente com uma verdade objetiva, mas com uma verdade que transforma nossa conduta e nos prepara para vivemos uma vida justa em meio a uma sociedade corrupta.



_______________

NOTAS:
1 HENDRIKSEN, William. 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001, p.363 (Comentário do 
  Novo Testamento).
2 FEE, Gordon D. 1 e 2 Timóteo, Tito. São Paulo: Editora Vida, 1994, p.294 (Novo Comentário Bíblico Contemporâneo).
3  Para uma discussão mais pormenorizada, veja FEINBERG, Paul D., “O significado da inerrância”, em GEISLER,
  Norman (organizador), A inerrância da Bíblia – Uma sólida defesa da infalibilidade das Escrituras. São Paulo: Editora
  Vida, 2003, p.331-332.
4 STOTT, John. Tu, porém – A mensagem de 2 Timóteo. São Paulo: ABU Editora, 1982, p.45 (versão digital).
5 STOTT, John. Tu, porém – A mensagem de 2 Timóteo, p. 45.
6 FEINBERG, Paul D., “O significado da inerrância”, p.331.
7 STRONG, J., & Sociedade Bíblica do Brasil. 2002; 2005. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade
  Bíblica do Brasil.
SPAIN, Carl, Epístolas de Paulo a Timóteo e Tito. São Paulo: Editora Vida Cristã, 1980, p.166.
STRONG, J., & Sociedade Bíblica do Brasil. 2002; 2005. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade
   Bíblica do Brasil.
10  HENDRIKSEN, William. 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito, p.373.
11 FEE, Gordon D. 1 e 2 Timóteo, Tito. p.295.
12 HENDRIKSEN, William. 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito, p.374.
13 FEE, Gordon D. 1 e 2 Timóteo, Tito. p.295.

- Sobre o autor: 
Luciano Robson Peterlevitz é professor de Hebraico Bíblico e Antigo Testamento na Faculdade Teológica Batista de Campinas. Mestre em Ciências da Religião, na área de Literatura e Mundo Bíblico, pela Universidade Metodista de São Paulo. É editor da Revista Theos - Revista de Reflexão Teológica da Faculdade Teológica Batista de Campinas - (www.revistatheos.com.br). É pastor da Missão Batista Vida Nova, em Nova Odessa, desde 2005.

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