Crentes que cansaram do maná.
>> segunda-feira, 1 de outubro de 2012
“E aconteceu que, queixou-se o
povo falando o que era mal aos ouvidos do SENHOR; e ouvindo o SENHOR a
sua ira se acendeu; e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os
que estavam na última parte do arraial. Então o povo clamou a Moisés, e
Moisés orou ao SENHOR, e o fogo se apagou. Pelo que chamou aquele lugar
Taberá, porquanto o fogo do SENHOR se acendera entre eles. E o vulgo,
que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos
de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer?
Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e
dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa
alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos.
E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de
bdélio.”( Nm 11:1-7)
O que fez com que o povo de Israel a
priori não herdasse a terra prometida, dentre outras coisas, foi o
espírito de murmuração existente no arraial no período em que
peregrinavam pelo deserto. Ora, a geração do deserto fôra uma geração de
insatisfeitos. Nada os satisfazia, reclamavam de tudo e por tudo.
Queixavam-se pela falta de carne, dizendo que no Egito comiam com
fartura, resmungavam da escassez de água, da jornada cansativa, do calor
do deserto, das dificuldades do caminho, como também do Maná que caía
diariamente dos céus.
As Escrituras afirmam que durante o
período que estiveram no deserto nada lhes faltou. Durante quarenta anos
o Senhor providenciou tudo aquilo que precisavam. Entretanto, o povo
movido pela insatisfação vivia reclamando.
Pois é, assim como nos dias de
Moisés existem em nossos arraiais, inúmeros cristãos insatisfeitos com a
providência divina. Tais pessoas movidas pela ganância de seus umbigos
não se satisfazem mais com o maná vindo do céu. Para estas, o que
importa é enricar e prosperar. No entanto, ao pensar desta maneira, tais
indivíduos desprezam o cuidado diário do Senhor na concessão do pão
nosso de cada dia, optando por um projeto de vida onde o que importa é
enriquecer.
Caro leitor, a teologia da
prosperidade é um câncer para igreja. Ela corrói a sã doutrina
impregnando no Corpo de Cristo, conceitos e valores absolutamente
anticristãos, cuja proliferação pode levar a metástase.
Assusta-me o fato de que queiramos
mais do que o necessário para viver. Nosso Senhor nos prometeu que ao
nos relacionarmos com o Pai, nada nos faltaria. Ora, suas promessas
apontam par a provisão e o sustento do Senhor para com cada um dos seus
filhos. De certo, Deus nos prometeu uma vida digna, onde alimento,
sustento, roupas, moradia e dignidade se fariam presentes, todavia,
assim como o povo de Israel preferimos as cebolas do Egito.
Diante disto é inevitável não
lembrar da exortação paulina: “Não ponhamos o Senhor a prova, como
alguns deles fizeram e pereceram pelas mordeduras da serpentes. Nem
murmureis como alguns deles murmuram, e foram destruídos pelo
murmurador”. (I Coríntios 10:11)
Isto posto, rogo ao Senhor que nos
livre da ganância, colocando em nosso coração um enorme sentimento de
gratidão por tudo aquilo que Ele nos tem feito. Louvado seja o Senhor
que tem cuidado de cada um de nós! Bendito seja Deus que diariamente tem
trazido sustento as nossas vidas e famílias!
A Ele toda glória!
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