Televisão, um “drácula eletrônico”
>> terça-feira, 30 de outubro de 2012
Interessante
analogia pode ser feita entre a TV e a lenda dos vampiros. Diz a lenda
que os vampiros só podem entrar em alguma casa com o consentimento de
seus moradores. Mas, uma vez consumado o ato, é muito difícil – quase
impossível – libertar-se de sua força hipnótica, de sua fome voraz de
sangue.
A
televisão pode não nos roubar o sangue, mas rouba-nos algo de suma
importância: o tempo. Crianças norte-americanas em idade pré-escolar
assistem em média a quatro horas diárias de televisão. Segundo dados
obtidos pela psicanalista Ana Olmos, especialista em infância e
adolescência, na Europa o índice cai para pouco mais de três horas. A
excessiva exposição também existe por lá. Na França, por exemplo, é a
distração favorita para 75% dos pequenos, enquanto na Espanha, 96%
deles, em idade de 4 a 10 anos, vêem TV diariamente.
Frequentemente,
as pessoas, quando convidadas a ler a Bíblia ou outro livro, alegam
falta de tempo. Mas a média diária do brasileiro é de 4h em frente à TV…
Falta de tempo?
Atualmente
muitas famílias se desmantelam justamente por falta de tempo para
relacionamento e comunicação. Não se conversa mais sobre os problemas do
dia-a-dia, sobre projetos, esperanças e frustrações. Geralmente no
momento em que toda a família está reunida, à noite, intrusos como
telejornais e principalmente as novelas impedem o diálogo.
A revista Scientific American,
do mês de fevereiro de 2002, destacou na capa: “Televisão causa
dependência”. Na matéria, os pesquisadores Robert Kuebey e M.
Csilkszentmihalyi, da Universidade de Claremont, concluem que a maioria
dos critérios de dependência química aplica-se a pessoas que assistem
muito à TV. Entre os critérios usados por psicólogos e psiquiatras para
descrever a dependência química, estão: passar muito usando a
substância, usá-la com mais frequência do que se pretendia, pensar em
reduzir o uso ou fazer tentativas repetidas e mal-sucedidas de
reduzi-la, abrir mão de importantes atividades sociais, familiares e
ocupacionais para usá-la e relatar sintomas d síndrome de abstinência.
“Todos esses critérios podem se aplicar a pessoas que assistem muito TV,
dizem os pesquisadores”.
De
acordo com os pesquisadores, vários estudos demonstram que o “feitiço”
da TV reside em sua capacidade de acionar um tipo de resposta-padrão
instintiva visual e auditiva a estímulos repentinos ou novos. Os vasos
sanguíneos que alimentam o cerébro dilatam-se, o coração desacelera, os
vasos para os principais músculos estreitam-se. O cerébro concentra sua
atenção em colher mais informação enquanto o resto do corpo se aquieta”
descrevem os pesquisadores. Sem nos darmos conta, para ver televisão
escolhemos aquela postura que permita o máximo de comodidade e o mínimo
de movimento, ou seja, a mínima consciência de nosso corpo, com o
objetivo de não tirarmos nossa atenção da TV.
Domando o “drácula” – Como se percebe, diversas são as razões por que deveríamos dominar o “drácula eletrônico”.
· A
TV impõe mudanças de personalidade e estilo de vida, além de afetar o
inter-relacionamento social do indivíduo, desde o palavreado até suas
opiniões pessoais.
·
Promove o distanciamento familiar e contribui, segundo Ailton Amélio, do
Instituto de Psicologia da USP, para o quadro de dissolução de muitos
relacionamentos.
· Oferece um mundo falso, onde tudo se resolve e isso traz uma falsa tranquilidade.
·
Promove o consumismo. “A publicidade cria necessidades onde elas não
existem”, converte o ser humano em mercadoria, e a televisão tem de sua
parte todas as vantanges para realizar isso.
·
Influencia negativamente as crianças, por meio dos super-heróis.
Bonitos, ágeis, “justos”, mas extremamente violentos, que resolvem tudo
com os punhos. Assim, elas não apreciarão aqueles cujos métodos são
pacíficos, baseados no amor e no perdão.
· A
TV promove intensamente ideologias anticristãs, como a Nova Era, o
evolucionismo, o espiritualismo e as ciências ocultas. E, como já dizia
Goebbels, uma mentira insistentemente repetida acaba adquirindo
aparência de verdade.
Pr Marcelo Oliveira
Bibliografia: BORGES, Michelson. Os Bastidores da Mídia. Editora Casa
CALAZANS, Flávio. Propaganda Subliminar Multimídia. Ed. Summus
BLÁZQUES, Niceto. Ética e Meios de Comunicação. Ed. Paulinas
Fonte:davarelohim
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