A Divisão do Reino de Israel
>> quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Salomão foi um rei de obras grandiosas, gerando também grandes despesas.
Para pagamento destas despesas o povo teve de arcar com mais impostos.
Após a morte do rei o povo se dirigiu ao sucessor Roboão pedindo a
redução dos pesados encargos colocados sobre eles. Roboão seguindo o
conselho de seus amigos jovens disse que em seu reino o jugo seria mais
pesado que o de seu pai. Após essa decisão de Roboão o povo se negou a
continuar sendo governado por ele. Levantaram como rei de Israel
Jeroboão, ficando sob as ordens de Roboão apenas a tribo de Judá e
Benjamim (1 Re 12). Sendo assim o reino de Israel ficou dividido,
formando Judá e Benjamim o reino do Sul e o restante das dez tribos o
reino do Norte.
Com a divisão, a geografia cooperou para o desenvolvimento independente de cada tribo. A tribo de Judá não se comunicava com as tribos do Norte em razão da largura e profundidade do vale do Soreque, na região central de Israel. A oeste estava os filisteus; ao sul, o perigoso deserto do Neguebe e também as populações nômades da região, sempre hostis a estrangeiros; a leste havia o mar Morto. Assim Judá era a tribo mais isolada de Israel, portanto a mais sujeita ao sentimento de liberdade.
O sucessor de Salomão, seu filho Roboão, reinou por dezessete anos (931-913 a.C.). O perfil geral de Roboão é descrito da seguinte maneira: “Fez ele o que era mal, porquanto não dispôs o coração para buscar ao Senhor” (2 Cr 12.14). As Escrituras Sagradas indicam que Roboão e seus compatriotas atingiram o mais baixo nível de comportamento idólatra. Estabeleceram lugares altos e os postes-ídolos de Aserá, além de se envolverem em rituais de prostituição sodomita.
O povo das dez tribos aclamou Jeroboão como monarca do recém-formado reino. O rei imediatamente estabeleceu sua capital em Siquém, uma localidade considerada santa por todos os habitantes de Israel. O novo rei estabelecido havia recebido a promessa de uma dinastia eterna caso permanecesse fiel ao Senhor (1 Rs 11.38). Entretanto, se a situação religiosa de Judá era má, a de Israel tornou-se pior. Jeroboão mandou estabelecer santuários em Betel e Dã, tornando essas cidades centros de adoração pagã. Assim seu reino se tornou o modelo de iniqüidades para sempre, com o qual os futuros reis malignos de Israel seriam comparados (1 Rs 16.2, 3.19). Jeroboão violou os mandamentos de Deus e a aliança com Yahweh, seguindo outros deuses e rejeitando o Deus de Israel. Portanto, Yahweh findaria a dinastia de Jeroboão rapidamente e transportaria Israel para além do rio Eufrates, em conseqüência de seus pecados.
Em várias ocasiões os dois reinos lutaram entre si competindo pelo controle da região. Porém, os laços da tradição antepassada eram muitos fortes, fato que os manteve unidos, muitas vezes em ocasiões de perigo (1 Rs 14.30). Uma diferença marcante entre ambos os reinos foi à perpetuação no Sul de uma dinastia única, a davídica, enquanto no Norte se levantaram cinco diferentes dinastias no curto período de 210 anos.
Esse fenômeno se deu por causa do papel religioso desempenhado pelos reis da dinastia davídica, o que levou a uma associação entre o javismo, religião dos israelitas antes do exílio na Babilônia, cuja conseqüência posterior foi à esperança messiânica do período pós-exílico
REINO DO NORTE (ISRAEL)
O Reino do Norte (Israel) era menos instável politicamente que o Reino do Sul (Judá), Sua duração mais curta como nação independente (209 anos) e a violência ligada à sucessão ao trono comprovam esse fato. O historiador de Reis considerou “maus” todos os dezenove governantes de Israel, porque perpetuaram o culto ao “bezerro de ouro” de Jeroboão. A medida de duração do reinado de um monarca israelita era de apenas dez anos, e nove famílias diferentes reivindicaram o trono. Para chegar ao trono, o carisma era tão útil quanto à ascendência, mas não era garantia de preservação; sete reis foram assassinados, um cometeu suicídio, um foi ferido por Deus e outro foi deposto e levado para Assíria.
A QUEDA DO REINO DO NORTE
O Reino do Norte lutou em varias ocasiões contra o domínio assírio, fazendo alianças com outros reinos, como por exemplo, o Egito, e formando uma liga de cidades que enfrentavam essa potência. Em 723 a.C., os líderes do Norte tentaram de algum modo forçar o Reino de Judá a participar de acordos e alianças contra a Assíria. Desesperado, Acaz (732-716), governante de Judá naquela ocasião, pediu auxilio a Assíria contra essa intervenção vinda do Reino do Norte, o que desencadeou a tomada da região pelo exercito assírio. Em 732 a cidade de Damasco e a Galiléia foram sitiadas, restando ao reino de Israel submeter-se ao controle estrangeiro.
Nessa região a migração forçada de colonos estrangeiros não foi comprovada, porém é certa a formação de uma nova identidade étnica através da mistura dos assírios com a população local. A perda, nessa ocasião de cerca de dois terços de seu território fez com que restasse ao povo do Reino do Norte aproximadamente apenas as montanhas de Efraim, com a capital Samaria. O rei Oséias (731-723 a.C.), de Israel, que assumiu o trono sob a concordância do rei assírio Tiglate-Pileser III, não se conformando com a perda territorial e de independência, pediu auxílio ao Egito, que lhe prometeu enviar forças militares, que nunca chegaram. De qualquer modo, os anos que se seguiram foram marcados pela esperança de libertação. Porem, em 722 o Reino do Norte foi definitivamente conquistado por Salmanaser V (726-722 a.C.), ocorrendo à consolidação assíria com Sargão II (722-705 a.C.). Samaria foi repovoada por colonos estrangeiros e a população deportada por todo o império assírio.
REIS DE ISRAEL APÓS A DIVISÃO
Para esta época, a maioria dos historiadores segue as cronologias estabelecidas por William F. Albright ou Edwin R. Thiele, ou a nova cronologia de Gershon Galil. Iremos seguir a cronologia de Edwin R. Thiele. As datas são A.C
JEROBOÃO I 931-910
NADABE 910-909 - foi assassinado
BAASA 909-886
ELÁ 886-885 - foi assassinado
ZINRI 885 - suicidaram-se
ONRI 885-874
ACABE 874-853
ACAZIAS 853-852
JORÃO 852-841 – foi assassinado
JEÚ 841-814
JEOACAZ 814-798
JEOÁS 798-782
JEROBOÃO II 782-753
ZACARIAS 753 - fomos assassinados
SALUM 752 - fomos assassinados
MENAÉM 752-742
PECAÍAS 742-740 - foi assassinado
PECA 740-732 - foi assassinado
OSÉIAS 732-722 - deposto
A palavra final do destino de Israel é encontrada no capítulo 17 versículos 22 a 23 de 2 Reis “Assim andaram os filhos de Israel em todos os pecados que Jeroboão tinha feito; nunca se apartaram deles; Até que o SENHOR tirou a Israel de diante da sua presença, como falara pelo ministério de todos os seus servos, os profetas; assim foi Israel expulso da sua terra à Assíria até ao dia de hoje. E o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e eles tomaram a Samaria em herança, e habitaram nas suas cidades”.
REINO DO SUL (JUDÁ)
O Reino de Judá limitava-se ao Norte com o Reino de Israel, a Oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao Sul com o Deserto do Negueve, e a Leste com o Rio Jordão e o Mar Morto e o Reino de Moabe. Era uma região montanhosa, fértil, relativamente protegida de invasões estrangeiras (o território da Tribo de Judá manteve-se basicamente o mesmo durante os mais de 300 anos de sua existência). Sua capital era Jerusalém, onde encontrava-se o Templo do Deus de Israel mandado construir pelo Rei Salomão para abrigar a Arca da Aliança.
O Reino de Judá entrou em conflitos com os reinos de Moabe, Amom e os filísteus. Entretanto, o principal adversário político e militar do Reino de Judá foi o Reino de Israel. Inúmeras vezes travaram-se batalhas entre as dois reinos, com vitórias pouco significativas para cada lado. Israel tornou-se fortemente influênciado pela cultura cananéia e pela religião fenícia, enquanto Reino de Judá permaneceu, de maneira geral, fiel à sua fé em YHVH, o Deus dos patriarcas hebreus.
O culto a YHVH e a preservação da linhagem real dávidica do qual deveria vir o prometido Messias, de acordo com os profetas do Velho Testamento, é a justificativa para a misericórdia de Deus sobre o Reino de Judá, ao passo que o politeísmo de Israel teria sido responsável por sua ira sobre seus governantes (enquanto o Reino de Judá permaneceu sob a dinastia dos descendentes do Rei Davi, o Reino de Israel passou por várias dinastias e golpes de Estado).
O Reino de Judá viu o perigo das potências estrangeiras emergentes quando a capital de Israel, Samaria foi tomada pelo rei assírio Sargão, em 722 a.C.. Mais tarde, o Rei Senaqueribe invade o Reino de Judá e sítia Jerusalém, mas sem a conquistar. Segundo a Bíblia, o seu exército foi "subitamente destruído por obra de Deus".
O Reino do Sul persistiu por mais de um século e meio (cerca de 350 anos). Ao contrário de Israel, os reinados dos dezenove reis e uma rainha em Judá, tiveram duração média de mais de dezessete anos. A dinastia de Davi foi a única a reivindicar o trono do Sul, realçando a estabilidade política. O reinado terrível da rainha Atália foi à única interrupção da sucessão davídica. No entanto em Judá também ocorreram intrigas políticas, pois cinco reis foram assassinados, dois foram feridos por Deus e três foram exilados. O historiador de Reis relatou que oito monarcas de Judá foram “bons” porque seguiram o exemplo de Davi e obedeceu a Deus. Foram eles: Asa, Josafá, Joás, Amazias, Uzias, Jotão, Ezequias e Josias.
Os reis Ezequias e Josias são idealizados como personagens semelhantes a Davi e Salomão porque purificaram a templo e restauraram a adoração adequada em Jerusalém.
REIS DE JUDÁ APÓS A DIVISÃO
Para esta época, a maioria dos historiadores segue as cronologias estabelecidas por William F. Albright ou Edwin R. Thiele, ou a nova cronologia de Gershon Galil. Iremos seguir a cronologia de Edwin R. Thiele. As datas são A.C
ROBOÃO 931-913
ABIAS 913-911
ASA 911-870
JOSAFÁ 870-848
JEORÃO 848-841 – foi assassinado
ACAZIAS 841-841 – morto por Jeú rei de Israel
ATÁLIA 841-835 – foi assassinada
JOÁS 835-796 – foi assassinado
AMAZIAS 796-767 – foi assassinado
UZIAS (AZARIAS) 767-740
JOTÃO 740-732
ACAZ 732-716
EZEQUIAS 716-687
MANASSÉS 687-643
AMOM 643-641 – foi assassinado
JOSIAS 641-609 – morreu em batalha
JEOACAZ 609 – deposto pelo Faraó Neco
JEOAQUIM 609-598
JOAQUIM 598 – deposto pelos bablônios
ZEDEQUIAS 598-586 – deposto pelos babilônios
Zedequias foi o último rei de Judá, foi levado preso para a Babilônia.
O Reino do Sul também foi levado cativo, por não obedecer aos mandamentos do Deus: “E queimaram a casa de Deus, e derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo também todos os seus preciosos vasos. E os que escaparam da espada levou para Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia. Para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Cr 36.19-21).
Com um desfecho melhor que Israel, o povo de Judá voltou para sua terra, cumprindo-se assim a promessa do Senhor de que da raiz de Davi nasceria o redentor. Por isso Ciro rei da Pérsia permitiu aos judeus retornarem a Jerusalém, conforme narrado pelo escritor do livro das Crônicas: “Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o SENHOR seu Deus seja com ele, e suba” (2 Cr 36.22-23).
Com a divisão, a geografia cooperou para o desenvolvimento independente de cada tribo. A tribo de Judá não se comunicava com as tribos do Norte em razão da largura e profundidade do vale do Soreque, na região central de Israel. A oeste estava os filisteus; ao sul, o perigoso deserto do Neguebe e também as populações nômades da região, sempre hostis a estrangeiros; a leste havia o mar Morto. Assim Judá era a tribo mais isolada de Israel, portanto a mais sujeita ao sentimento de liberdade.
O sucessor de Salomão, seu filho Roboão, reinou por dezessete anos (931-913 a.C.). O perfil geral de Roboão é descrito da seguinte maneira: “Fez ele o que era mal, porquanto não dispôs o coração para buscar ao Senhor” (2 Cr 12.14). As Escrituras Sagradas indicam que Roboão e seus compatriotas atingiram o mais baixo nível de comportamento idólatra. Estabeleceram lugares altos e os postes-ídolos de Aserá, além de se envolverem em rituais de prostituição sodomita.
O povo das dez tribos aclamou Jeroboão como monarca do recém-formado reino. O rei imediatamente estabeleceu sua capital em Siquém, uma localidade considerada santa por todos os habitantes de Israel. O novo rei estabelecido havia recebido a promessa de uma dinastia eterna caso permanecesse fiel ao Senhor (1 Rs 11.38). Entretanto, se a situação religiosa de Judá era má, a de Israel tornou-se pior. Jeroboão mandou estabelecer santuários em Betel e Dã, tornando essas cidades centros de adoração pagã. Assim seu reino se tornou o modelo de iniqüidades para sempre, com o qual os futuros reis malignos de Israel seriam comparados (1 Rs 16.2, 3.19). Jeroboão violou os mandamentos de Deus e a aliança com Yahweh, seguindo outros deuses e rejeitando o Deus de Israel. Portanto, Yahweh findaria a dinastia de Jeroboão rapidamente e transportaria Israel para além do rio Eufrates, em conseqüência de seus pecados.
Em várias ocasiões os dois reinos lutaram entre si competindo pelo controle da região. Porém, os laços da tradição antepassada eram muitos fortes, fato que os manteve unidos, muitas vezes em ocasiões de perigo (1 Rs 14.30). Uma diferença marcante entre ambos os reinos foi à perpetuação no Sul de uma dinastia única, a davídica, enquanto no Norte se levantaram cinco diferentes dinastias no curto período de 210 anos.
Esse fenômeno se deu por causa do papel religioso desempenhado pelos reis da dinastia davídica, o que levou a uma associação entre o javismo, religião dos israelitas antes do exílio na Babilônia, cuja conseqüência posterior foi à esperança messiânica do período pós-exílico
REINO DO NORTE (ISRAEL)
O Reino do Norte (Israel) era menos instável politicamente que o Reino do Sul (Judá), Sua duração mais curta como nação independente (209 anos) e a violência ligada à sucessão ao trono comprovam esse fato. O historiador de Reis considerou “maus” todos os dezenove governantes de Israel, porque perpetuaram o culto ao “bezerro de ouro” de Jeroboão. A medida de duração do reinado de um monarca israelita era de apenas dez anos, e nove famílias diferentes reivindicaram o trono. Para chegar ao trono, o carisma era tão útil quanto à ascendência, mas não era garantia de preservação; sete reis foram assassinados, um cometeu suicídio, um foi ferido por Deus e outro foi deposto e levado para Assíria.
A QUEDA DO REINO DO NORTE
O Reino do Norte lutou em varias ocasiões contra o domínio assírio, fazendo alianças com outros reinos, como por exemplo, o Egito, e formando uma liga de cidades que enfrentavam essa potência. Em 723 a.C., os líderes do Norte tentaram de algum modo forçar o Reino de Judá a participar de acordos e alianças contra a Assíria. Desesperado, Acaz (732-716), governante de Judá naquela ocasião, pediu auxilio a Assíria contra essa intervenção vinda do Reino do Norte, o que desencadeou a tomada da região pelo exercito assírio. Em 732 a cidade de Damasco e a Galiléia foram sitiadas, restando ao reino de Israel submeter-se ao controle estrangeiro.
Nessa região a migração forçada de colonos estrangeiros não foi comprovada, porém é certa a formação de uma nova identidade étnica através da mistura dos assírios com a população local. A perda, nessa ocasião de cerca de dois terços de seu território fez com que restasse ao povo do Reino do Norte aproximadamente apenas as montanhas de Efraim, com a capital Samaria. O rei Oséias (731-723 a.C.), de Israel, que assumiu o trono sob a concordância do rei assírio Tiglate-Pileser III, não se conformando com a perda territorial e de independência, pediu auxílio ao Egito, que lhe prometeu enviar forças militares, que nunca chegaram. De qualquer modo, os anos que se seguiram foram marcados pela esperança de libertação. Porem, em 722 o Reino do Norte foi definitivamente conquistado por Salmanaser V (726-722 a.C.), ocorrendo à consolidação assíria com Sargão II (722-705 a.C.). Samaria foi repovoada por colonos estrangeiros e a população deportada por todo o império assírio.
REIS DE ISRAEL APÓS A DIVISÃO
Para esta época, a maioria dos historiadores segue as cronologias estabelecidas por William F. Albright ou Edwin R. Thiele, ou a nova cronologia de Gershon Galil. Iremos seguir a cronologia de Edwin R. Thiele. As datas são A.C
JEROBOÃO I 931-910
NADABE 910-909 - foi assassinado
BAASA 909-886
ELÁ 886-885 - foi assassinado
ZINRI 885 - suicidaram-se
ONRI 885-874
ACABE 874-853
ACAZIAS 853-852
JORÃO 852-841 – foi assassinado
JEÚ 841-814
JEOACAZ 814-798
JEOÁS 798-782
JEROBOÃO II 782-753
ZACARIAS 753 - fomos assassinados
SALUM 752 - fomos assassinados
MENAÉM 752-742
PECAÍAS 742-740 - foi assassinado
PECA 740-732 - foi assassinado
OSÉIAS 732-722 - deposto
A palavra final do destino de Israel é encontrada no capítulo 17 versículos 22 a 23 de 2 Reis “Assim andaram os filhos de Israel em todos os pecados que Jeroboão tinha feito; nunca se apartaram deles; Até que o SENHOR tirou a Israel de diante da sua presença, como falara pelo ministério de todos os seus servos, os profetas; assim foi Israel expulso da sua terra à Assíria até ao dia de hoje. E o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e eles tomaram a Samaria em herança, e habitaram nas suas cidades”.
REINO DO SUL (JUDÁ)
O Reino de Judá limitava-se ao Norte com o Reino de Israel, a Oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao Sul com o Deserto do Negueve, e a Leste com o Rio Jordão e o Mar Morto e o Reino de Moabe. Era uma região montanhosa, fértil, relativamente protegida de invasões estrangeiras (o território da Tribo de Judá manteve-se basicamente o mesmo durante os mais de 300 anos de sua existência). Sua capital era Jerusalém, onde encontrava-se o Templo do Deus de Israel mandado construir pelo Rei Salomão para abrigar a Arca da Aliança.
O Reino de Judá entrou em conflitos com os reinos de Moabe, Amom e os filísteus. Entretanto, o principal adversário político e militar do Reino de Judá foi o Reino de Israel. Inúmeras vezes travaram-se batalhas entre as dois reinos, com vitórias pouco significativas para cada lado. Israel tornou-se fortemente influênciado pela cultura cananéia e pela religião fenícia, enquanto Reino de Judá permaneceu, de maneira geral, fiel à sua fé em YHVH, o Deus dos patriarcas hebreus.
O culto a YHVH e a preservação da linhagem real dávidica do qual deveria vir o prometido Messias, de acordo com os profetas do Velho Testamento, é a justificativa para a misericórdia de Deus sobre o Reino de Judá, ao passo que o politeísmo de Israel teria sido responsável por sua ira sobre seus governantes (enquanto o Reino de Judá permaneceu sob a dinastia dos descendentes do Rei Davi, o Reino de Israel passou por várias dinastias e golpes de Estado).
O Reino de Judá viu o perigo das potências estrangeiras emergentes quando a capital de Israel, Samaria foi tomada pelo rei assírio Sargão, em 722 a.C.. Mais tarde, o Rei Senaqueribe invade o Reino de Judá e sítia Jerusalém, mas sem a conquistar. Segundo a Bíblia, o seu exército foi "subitamente destruído por obra de Deus".
O Reino do Sul persistiu por mais de um século e meio (cerca de 350 anos). Ao contrário de Israel, os reinados dos dezenove reis e uma rainha em Judá, tiveram duração média de mais de dezessete anos. A dinastia de Davi foi a única a reivindicar o trono do Sul, realçando a estabilidade política. O reinado terrível da rainha Atália foi à única interrupção da sucessão davídica. No entanto em Judá também ocorreram intrigas políticas, pois cinco reis foram assassinados, dois foram feridos por Deus e três foram exilados. O historiador de Reis relatou que oito monarcas de Judá foram “bons” porque seguiram o exemplo de Davi e obedeceu a Deus. Foram eles: Asa, Josafá, Joás, Amazias, Uzias, Jotão, Ezequias e Josias.
Os reis Ezequias e Josias são idealizados como personagens semelhantes a Davi e Salomão porque purificaram a templo e restauraram a adoração adequada em Jerusalém.
REIS DE JUDÁ APÓS A DIVISÃO
Para esta época, a maioria dos historiadores segue as cronologias estabelecidas por William F. Albright ou Edwin R. Thiele, ou a nova cronologia de Gershon Galil. Iremos seguir a cronologia de Edwin R. Thiele. As datas são A.C
ROBOÃO 931-913
ABIAS 913-911
ASA 911-870
JOSAFÁ 870-848
JEORÃO 848-841 – foi assassinado
ACAZIAS 841-841 – morto por Jeú rei de Israel
ATÁLIA 841-835 – foi assassinada
JOÁS 835-796 – foi assassinado
AMAZIAS 796-767 – foi assassinado
UZIAS (AZARIAS) 767-740
JOTÃO 740-732
ACAZ 732-716
EZEQUIAS 716-687
MANASSÉS 687-643
AMOM 643-641 – foi assassinado
JOSIAS 641-609 – morreu em batalha
JEOACAZ 609 – deposto pelo Faraó Neco
JEOAQUIM 609-598
JOAQUIM 598 – deposto pelos bablônios
ZEDEQUIAS 598-586 – deposto pelos babilônios
Zedequias foi o último rei de Judá, foi levado preso para a Babilônia.
O Reino do Sul também foi levado cativo, por não obedecer aos mandamentos do Deus: “E queimaram a casa de Deus, e derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo também todos os seus preciosos vasos. E os que escaparam da espada levou para Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia. Para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Cr 36.19-21).
Com um desfecho melhor que Israel, o povo de Judá voltou para sua terra, cumprindo-se assim a promessa do Senhor de que da raiz de Davi nasceria o redentor. Por isso Ciro rei da Pérsia permitiu aos judeus retornarem a Jerusalém, conforme narrado pelo escritor do livro das Crônicas: “Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o SENHOR seu Deus seja com ele, e suba” (2 Cr 36.22-23).
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