Qualificações dos Presbíteros: Filhos sob Disciplina 16
>> quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito 1 Tm 3:4
alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Tt 1:6
Introdução
Pode parecer estranho que tenhamos agrupado os textos de Tito e Timóteo em uma única qualificação, já que a epístola a Tito, na maioria das versões em português (a Almeida Revista e Corrigida é uma exceção), parece exigir que o presbítero tenha filhos crentes. Isso seria uma outra qualificação, diferente de "filhos sob disciplina". Entretanto, consideramos que os textos são paralelos entre si e que a Escritura interpreta a Escritura. O adjetivo pistas, pode ser traduzido como crentes ou como fiéis. O grego não ajuda em nada aqui. Mas o cruzamento dos dois textos indica que a interpretação correta é a segunda. Para uma discussão mais elaborada desse ponto veja o artigo de Justin Taylor publicado aqui no bomcaminho.
A maioria dos comentaristas não fez essa conexão e acabou com a incômoda situação em que os presbíteros de Creta (da carta a Tito) precisavam ter filhos crentes, mas os de Éfeso(da carta a Timóteo) não precisavam. Faltou dar uma atenção à Bíblia como um todo na hora de fazer a exegese. John Gill viu, com razão, o problema teológico da participação humana na salvação. Um prato cheio para o pensamento arminiano, mas completamente inadequado na teologia reformada. A possível interpretação, aventada por MacArthur (um dos poucos que percebeu o problema) é, no mínimo curiosa, e fica a dúvida de onde ele tirou essa interpretação? Veja abaixo.
A maioria dos comentaristas não fez essa conexão e acabou com a incômoda situação em que os presbíteros de Creta (da carta a Tito) precisavam ter filhos crentes, mas os de Éfeso(da carta a Timóteo) não precisavam. Faltou dar uma atenção à Bíblia como um todo na hora de fazer a exegese. John Gill viu, com razão, o problema teológico da participação humana na salvação. Um prato cheio para o pensamento arminiano, mas completamente inadequado na teologia reformada. A possível interpretação, aventada por MacArthur (um dos poucos que percebeu o problema) é, no mínimo curiosa, e fica a dúvida de onde ele tirou essa interpretação? Veja abaixo.
Grego
• Em 1 Timóteo - disciplina - υποταγη - hupotage; respeito - υποταγη - semnotes
• Em Tito - crentes - πιστοζ - pistos; acusados - κατηγορια - kategoria; dissolução - ασωτια - asotia; insubordinados - ανυποτακτοζ - anupotaktos
Strongs - (Tm) disciplina - ato de sujeitar, obediência, sujeição; respeito - característica de algo ou pessoa que dá o direito à reverência e respeito, dignidade, majestade, santidade / (Tt) crentes - verdadeiro, fiel, de pessoas que mostram-se fiéis na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais, aquilo que em que se pode confiar, que crê, que confia; dissolução - vida dissoluta, descontrolada, desperdício, prodigalidade ; insubordinados - não submisso, que não pode se sujeitado ao controle, desobediente, insubordinado, teimoso
Rienecker e Rogers - (Tm) sob disciplina - submissão; respeito - dignidade / (Tt) acusados - acusação; dissolução - incapaz de guardar dinheiro, alguém que desperdiça seu dinheiro, especialmente com a implicação de fazê-lo em prazeres, arruinando, desse modo, a si mesmo, vida luxuriosa, extravagante, dissolução;
Strongs - (Tm) disciplina - ato de sujeitar, obediência, sujeição; respeito - característica de algo ou pessoa que dá o direito à reverência e respeito, dignidade, majestade, santidade / (Tt) crentes - verdadeiro, fiel, de pessoas que mostram-se fiéis na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais, aquilo que em que se pode confiar, que crê, que confia; dissolução - vida dissoluta, descontrolada, desperdício, prodigalidade ; insubordinados - não submisso, que não pode se sujeitado ao controle, desobediente, insubordinado, teimoso
Rienecker e Rogers - (Tm) sob disciplina - submissão; respeito - dignidade / (Tt) acusados - acusação; dissolução - incapaz de guardar dinheiro, alguém que desperdiça seu dinheiro, especialmente com a implicação de fazê-lo em prazeres, arruinando, desse modo, a si mesmo, vida luxuriosa, extravagante, dissolução;
Outras versões
Outras traduções do mesmo termo em português:
Almeida Revista e Atualizada (ARA) | (Tm) criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito / (Tt) que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados |
Nova Versão Internacional(NVI) | (Tm) tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade / (Tt) tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão. |
Almeida Revista e Corrigida(ARC) | (Tm) tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia / (Tt) que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. |
Nova Tradução na Linguagem de Hoje(NTLH) | (Tm) saber educar os seus filhos de maneira que eles lhe obedeçam com todo o respeito / (Tt) os seus filhos devem ser cristãos e não ter fama de maus ou desobedientes |
Tradução Brasileira(TB) | (Tm) tendo seus filhos em sujeição com todo o respeito / (Tt) tendo filhos crentes que não são acusados de dissolução nem são insubordinados |
Comentários
• Broadman –O comportamento dos seus filhos fornecem um instrutivo teste, ou seja, se eles são submissos e respeitosos de todas as formas. Antigos códigos cristãos de conduta ensinavam a submissão e obediência dos filhos (cf. Cl 3:20; Ef 6:1ss.). Mas Paulo não advoga a intimidação como meio para mantê-los na linha. Ele instrui os pais a não provocarem seus filhos, "para que não fiquem desanimados" (Cl 3:21). Disciplina na família é construída sobre o amor ágape. Assim também é com a disciplina na igreja.
• D. A. Carson Isso significa que os filhos de um presbítero devem ser cristãos devotos? Há uma passagem no segundo parágrafo que eu li no começo desta palestra (veja Tito 1:6-9) que é usada algumas vezes para apoiar essa visão. Eu penso que a tradução da NVI é ruim. A NVI traduz Tito 1:6 como "É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão". Isso significa que os filhos de todo líder devem ser cristãos? E se você responder que sim, então a partir de que idade? Dois? Cinco? Dezessete? Na realidade, o termo particular que é usado aqui, "tem que acreditar", é um adjetivo que em muitos lugares é traduzido como "deve ser fiel". E na verdade, em listas de virtudes sociais do primeiro século, onde são arroladas características morais, a palavra sempre tem essa força. Eu penso que o que o texto está dizendo não é que as crianças devem ser salvas - afinal de contas, graça não é algo que corre nos genes - mas que ao fim do dia, elas devem ser fiéis, não indomáveis ou profundamente desobedientes.
O versículo não significa que os filhos dos ministros são perfeitos e sem pecado. Não significa que eles não podem fazer algumas coisas bem estúpidas e imorais. A verdadeira pergunta é, como a família está sendo conduzida? Que tipo de disciplina é imposta? Que tipo de encorajamento ocorre lá? E como essas forças se refletem no caráter, na fidelidade, das crianças? Certamente o texto não significa que quando os filhos deixaram a casa e se tornaram adultos e estão fora da esfera de autoridade de seus pais - quando eles não tem mais nenhum controle sobre os filhos - que todos eles devam ser crentes fortes e admiráveis, com nada de publicamente errado com suas vidas, ou então seu pai será desqualificado para o ministério vocacional. Até mesmo enquanto eles ainda são crianças e vivendo na casa dele, o que é exigido não é nem conversão, nem perfeição, mas o tipo de disciplina paterna que produz crianças "fiéis". Deve haver algo daquele pouco encontrado dom, o bom senso cristão, e graça, tato, disciplina e encorajamento, e às vezes um puxão de orelha e outras vezes talvez uma administração da "vara da educação" e do "assento do aprender", isso produz filhos "fiéis". Tal combinação entre moldar e disciplinar é importante porque isso também é requerido na liderança da igreja. Se você não é capaz de fazer isso em casa certamente não pode fazê-lo na igreja. Se ficar óbvio que o homem perdeu o controle dos seus filhos dependentes completamente; se as crianças têm treze anos e são os terrores do bairro; o homem é desqualificado para o ministério público na igreja. Isso é o que o texto diz.
O versículo não significa que os filhos dos ministros são perfeitos e sem pecado. Não significa que eles não podem fazer algumas coisas bem estúpidas e imorais. A verdadeira pergunta é, como a família está sendo conduzida? Que tipo de disciplina é imposta? Que tipo de encorajamento ocorre lá? E como essas forças se refletem no caráter, na fidelidade, das crianças? Certamente o texto não significa que quando os filhos deixaram a casa e se tornaram adultos e estão fora da esfera de autoridade de seus pais - quando eles não tem mais nenhum controle sobre os filhos - que todos eles devam ser crentes fortes e admiráveis, com nada de publicamente errado com suas vidas, ou então seu pai será desqualificado para o ministério vocacional. Até mesmo enquanto eles ainda são crianças e vivendo na casa dele, o que é exigido não é nem conversão, nem perfeição, mas o tipo de disciplina paterna que produz crianças "fiéis". Deve haver algo daquele pouco encontrado dom, o bom senso cristão, e graça, tato, disciplina e encorajamento, e às vezes um puxão de orelha e outras vezes talvez uma administração da "vara da educação" e do "assento do aprender", isso produz filhos "fiéis". Tal combinação entre moldar e disciplinar é importante porque isso também é requerido na liderança da igreja. Se você não é capaz de fazer isso em casa certamente não pode fazê-lo na igreja. Se ficar óbvio que o homem perdeu o controle dos seus filhos dependentes completamente; se as crianças têm treze anos e são os terrores do bairro; o homem é desqualificado para o ministério público na igreja. Isso é o que o texto diz.
• Jamieson, Fausset e Brown tendo filhos fiéis, ou seja, filhos crentes. Aquele que não pode trazer seus filhos à fé, como poderá trazer outros?
• João Calvino –(Tm) criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito. O apóstolo não recomenda um homem inteligente e profundamente qualificado em assuntos domésticos, mas um que aprendeu a governar a família através de saudável disciplina. Ele fala principalmente de filhos, de quem se espera que possuam a disposição natural de seu pai; e portanto será uma grande desgraça para um bispo, se ele tem filhos que levam uma vida má e escandalosa. Sobre esposas, ele falará depois; mas no momento, como eu disse, ele olha para a parte mais importante de uma casa. Na epístola a Tito (Tt 1:6) ele mostra qual é significado da palavra reverência; porque, depois de ter dito que os filhos de um bispo não devem ser incontroláveis e desobedientes, ele acrescenta da mesma forma: "não são acusados de dissolução, nem são insubordinados". Ele quer dizer então, em uma palavra, que os padrões de conduta deles devem ser regidos por toda a pureza, modéstia e seriedade.
(Tt) que tenha filhos crentes. Já que é requerido de um pastor que tenha prudência e seriedade, é apropriado que essas qualidades sejam exibidas na sua família; porque como poderá o homem que não consegue governar sua própria casa, governar a igreja? Além disso, não só o próprio bispo deve ser livre de repreensão, mas sua família inteira deveria ser um tipo de espelho de disciplina pura e honrada; por isso, na Primeira Epístola a Timóteo, ele não menos estritamente orienta as esposas quanto ao que elas deveriam ser. Primeiro, ele exige que as crianças sejam "crentes"; de onde é óbvio que eles foram educados na sã doutrina da piedade, e no temor do Senhor. Em segundo lugar, que eles não fossem apegados ao luxo, que eles fossem conhecidos por terem sido educados na temperança e frugalidade. Em terceiro lugar, que eles não fossem desobedientes; porque aquele que não pode obter de seus filhos qualquer reverência ou sujeição, dificilmente será capaz de conter o povo pela rédea de disciplina.
(Tt) que tenha filhos crentes. Já que é requerido de um pastor que tenha prudência e seriedade, é apropriado que essas qualidades sejam exibidas na sua família; porque como poderá o homem que não consegue governar sua própria casa, governar a igreja? Além disso, não só o próprio bispo deve ser livre de repreensão, mas sua família inteira deveria ser um tipo de espelho de disciplina pura e honrada; por isso, na Primeira Epístola a Timóteo, ele não menos estritamente orienta as esposas quanto ao que elas deveriam ser. Primeiro, ele exige que as crianças sejam "crentes"; de onde é óbvio que eles foram educados na sã doutrina da piedade, e no temor do Senhor. Em segundo lugar, que eles não fossem apegados ao luxo, que eles fossem conhecidos por terem sido educados na temperança e frugalidade. Em terceiro lugar, que eles não fossem desobedientes; porque aquele que não pode obter de seus filhos qualquer reverência ou sujeição, dificilmente será capaz de conter o povo pela rédea de disciplina.
• John Gill (Tm) Mantendo um bom decoro em sua família; exigindo que seus filhos observem suas ordens, e especialmente os mandamentos da Palavra de Deus; e não como Eli, que não usou sua autoridade, ou impôs suas ordens sobre seus filhos, nem restringiu-os do mal, ou severamente censurou-os por seus pecados, mas negligenciou-os, e foi muito manso e gentil com eles (1 Sm 2:23; 3:13) mas como Abraão, que não apenas ensinou, mas liderou seus filhos e sua casa, para que se mantivessem nos caminhos do Senhor (Gn 18:19) e assim devem agir aqueles que ocupam um ofício como este que é descrito aqui; e eles não devem apenas governar bem suas famílias, presidir sobre elas, tomar a frente delas, e ser exemplo para elas, e manter seus filhos em obediência e sujeição; mas isso tudo deve ser feito "com todo respeito": não apenas no chefe da família, mas nos filhos; que como é seu pai, ou pelo menos deveria ser, deveriam ser criados e estar acostumados com seriedade nas palavras e nas vestimentas; e em toda sua conduta e conversação. Deve-se observar que isso vai contra os papistas, que proíbem o casamento aos ministros do Evangelho.
(Tt) Tendo filhos fiéis; filhos legítimos, nascidos no casamento legítimo, no mesmo sentido que eles são chamados piedosos e santos em Ml 2:15 e 1 Co 7:14 porque por filhos fiéis ele não pode estar se referindo a filhos convertidos, ou verdadeiros crentes em Cristo; porque não está no poder do homem fazer seus filhos tornarem-se convertidos; e eles não serem não pode ser uma objeção a eles se tornarem presbíteros, se de outra forma estão qualificados; a frase pode significar, no máximo, que eles devem ter sido criados na fé, nos princípios, doutrinas e caminhos do cristianimso, ou na disciplina e na admoestação do Senhor.
Não acusados de dissolução; ou não passíveis de acusação de pecados de impureza e intemperança, de arrumar confusão e bebedice, impudicícia e dissolução; ou daqueles crimes que os filhos de Eli eram culpados, dos quais eles não eram restringidos por seus pais, e por isso o sacerdócio foi removido da família; ou incontroláveis, não sujeitos, mas desobedientes aos seus pais.
(Tt) Tendo filhos fiéis; filhos legítimos, nascidos no casamento legítimo, no mesmo sentido que eles são chamados piedosos e santos em Ml 2:15 e 1 Co 7:14 porque por filhos fiéis ele não pode estar se referindo a filhos convertidos, ou verdadeiros crentes em Cristo; porque não está no poder do homem fazer seus filhos tornarem-se convertidos; e eles não serem não pode ser uma objeção a eles se tornarem presbíteros, se de outra forma estão qualificados; a frase pode significar, no máximo, que eles devem ter sido criados na fé, nos princípios, doutrinas e caminhos do cristianimso, ou na disciplina e na admoestação do Senhor.
Não acusados de dissolução; ou não passíveis de acusação de pecados de impureza e intemperança, de arrumar confusão e bebedice, impudicícia e dissolução; ou daqueles crimes que os filhos de Eli eram culpados, dos quais eles não eram restringidos por seus pais, e por isso o sacerdócio foi removido da família; ou incontroláveis, não sujeitos, mas desobedientes aos seus pais.
• John MacArthur (Tm) "Submissão" - um termo militar referindo-se a soldados enfileirados sob a autoridade de alguém. Os filhos de um presbítero devem ser crentes (veja nota em "fiéis" em Tito 1:6), bem comportadas e respeitáveis. (Tt) "Fiéis" - "fiéis" sempre é usado no Novo Testamento para crentes e nunca para descrentes, portanto, refere-se aqui que possuem fé salvífica em Cristo e a demonstram em sua conduta. Como 1 Timóteo 3:4 requer os filhos a estarem em submissão, pode estar sendo dirigido a filhos pequenos em casa, enquanto este texto aponta para os que já são mais velhos. "não são acusados de dissolução, nem são insubordinados" - dissolução significa libertinagem, sugerindo novamente, que a referência é a filhos crescidos. Insubordinação contém a idéia de rebelião ao Evangelho. Aqui, o presbítero demonstra a sua habilidade de conduzir sua família à salvação e santificação (veja 1 Tm 3:4,5) um pré-requisito essencial para liderar a igreja.
• Matthew Henry (Tm) Pastores devem ter seus filhos em sujeição; então é dever dos filhos de pastores submeterem-se às ordens que lhes são dadas - com todo o respeito. O melhor modo de manter subalternos em sujeição, é ser sério com eles. Não tendo seus filhos em sujeição com toda a severidade, mas com toda a seriedade.
(Tt) E, quanto aos filhos dele, tendo filhos fiéis, obedientes e bons, criados na verdadeira fé cristã e vivendo de acordo com ela, pelo menos até onde o empenho dos pais pode ajudar. É para a honra dos ministros que os seus filhos sejam fiéis e piedosos, como convém à religião deles. Não acusados de baderna, nem incontroláveis, não acusados disso com justiça, como tendo dado espaço e ocasião para isso, porque caso contrário o mais inocente pode ser acusado falsamente dessa forma; eles devem cuidar, portanto, para que não haja nenhuma razão para tal censura. Filhos tão fiéis, obedientes e moderados, serão um bom sinal de fidelidade e diligência no pai que os educou e instruiu assim; e, pelo menos diante da fidelidade dele, pode haver encorajamento para comissioná-lo a algo maior, a direção e governo da igreja de Deus.
(Tt) E, quanto aos filhos dele, tendo filhos fiéis, obedientes e bons, criados na verdadeira fé cristã e vivendo de acordo com ela, pelo menos até onde o empenho dos pais pode ajudar. É para a honra dos ministros que os seus filhos sejam fiéis e piedosos, como convém à religião deles. Não acusados de baderna, nem incontroláveis, não acusados disso com justiça, como tendo dado espaço e ocasião para isso, porque caso contrário o mais inocente pode ser acusado falsamente dessa forma; eles devem cuidar, portanto, para que não haja nenhuma razão para tal censura. Filhos tão fiéis, obedientes e moderados, serão um bom sinal de fidelidade e diligência no pai que os educou e instruiu assim; e, pelo menos diante da fidelidade dele, pode haver encorajamento para comissioná-lo a algo maior, a direção e governo da igreja de Deus.
• New American Commentary –(Tm) Para que o pai trate de fazer com que seus filhos o obedeçam não há necessidade de força excessiva ou severidade. Exige primariamente um caráter e tipo de disciplina que desenvolve um respeito natural. (...) A tradução da NVI trata a frase "com todo respeito" como uma descrição da forma da obediência dos filhos. É melhor traduzir o termo "respeito" com a palavra "seriedade" e usá-la como uma descrição da forma da disciplina do bispo sobre seus filhos. A tradução de Williams apresenta a idéia de que ele "administra bem a própria casa, com perfeita seriedade e mantém seus filhos sob controle". A passagem assume que o líder seja casado mas não exige que seja. Não exige que o líder casado tenha filhos. Se ele tiver, elas devem ser crianças obedientes que refletem uma hábil mistura de autoridade e compaixão no treinamento delas.
(Tt) O segundo aspecto da vida da família do potencial presbítero diz respeito aos seus filhos, especificamente a sua fé e conduta pessoal. Paulo declarou que o presbítero deveria ser alguém que "tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados". As qualificações relativas aos filhos do presbítero em Tito 1:6 e 1 Tim 3:4 são semelhantes já que ambos requerem que os filhos sejam bem comportados e obedientes. Entretanto, a adição de "filhos crentes" em Tito faz esta condição ainda mais estrita. Esta exigência adicional de que o presbítero é capaz de influenciar os seus próprios filhos para tornarem-se cristãos demonstra a convicção de Paulo de que a liderança espiritual efetiva em casa sugere a probabilidade de liderança espiritual efetiva na igreja. O ancião não só deve ser um bom pai como pode ser visto refletido no comportamento dos seus filhos, mas ele também deve ser um pai espiritual como refletido no compromisso espiritual dos filhos dele.
(Tt) O segundo aspecto da vida da família do potencial presbítero diz respeito aos seus filhos, especificamente a sua fé e conduta pessoal. Paulo declarou que o presbítero deveria ser alguém que "tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados". As qualificações relativas aos filhos do presbítero em Tito 1:6 e 1 Tim 3:4 são semelhantes já que ambos requerem que os filhos sejam bem comportados e obedientes. Entretanto, a adição de "filhos crentes" em Tito faz esta condição ainda mais estrita. Esta exigência adicional de que o presbítero é capaz de influenciar os seus próprios filhos para tornarem-se cristãos demonstra a convicção de Paulo de que a liderança espiritual efetiva em casa sugere a probabilidade de liderança espiritual efetiva na igreja. O ancião não só deve ser um bom pai como pode ser visto refletido no comportamento dos seus filhos, mas ele também deve ser um pai espiritual como refletido no compromisso espiritual dos filhos dele.
• William MacDonald (Tm) Essa qualificação se aplica aos filhos que moram em casa. Depois que eles saem e começam a formar a própria família, a oportunidade de demonstrar essa disciplina, ou sujeição, segundo outras versões (NVI), não é a mesma. Se o homem governa bem a própria casa, evitará os extremos, ou seja, o rigor exagerado e a mansidão sem justiça.
(Tt) Mais do que a maioria de nós queira admitir, a Bíblia torna os pais responsáveis pela maneira de seus filhos se comportarem (Pv 22:6). Quando uma família é bem governada e bem instruída na Palavra de Deus, os filhos geralmente seguem o exemplo piedoso dos pais. Embora não possa determinar a salvação de seus filhos, o pai pode preparar o caminho do Senhor pela instrução categórica na palavra, pela disciplina com amor e evitando a hipocrisia e a inconsistência na própria vida.
Se os filhos são esbanjadores e rebeldes contra a autoridade paterna, as Escrituras atribuem a responsabilidade ao pai. A culpa é de sua indulgência e permissividade. Se ele não pode governar bem a própria família, é improvável que venha a ser um presbítero adequado, uma vez que se aplicam os mesmos princípios nos dois casos (1 Tm 3:5).
Há uma dúvida sobre se essa exigência referente aos filhos crentes se aplica somente aos que estão em casa sob a autoridade paterna ou se inclui os que já saíram de casa. Somos partidários do primeiro ponto de vista, lembrando, contudo, que a formação dada no lar é uma das principais determinantes do caráter definitivo.
(Tt) Mais do que a maioria de nós queira admitir, a Bíblia torna os pais responsáveis pela maneira de seus filhos se comportarem (Pv 22:6). Quando uma família é bem governada e bem instruída na Palavra de Deus, os filhos geralmente seguem o exemplo piedoso dos pais. Embora não possa determinar a salvação de seus filhos, o pai pode preparar o caminho do Senhor pela instrução categórica na palavra, pela disciplina com amor e evitando a hipocrisia e a inconsistência na própria vida.
Se os filhos são esbanjadores e rebeldes contra a autoridade paterna, as Escrituras atribuem a responsabilidade ao pai. A culpa é de sua indulgência e permissividade. Se ele não pode governar bem a própria família, é improvável que venha a ser um presbítero adequado, uma vez que se aplicam os mesmos princípios nos dois casos (1 Tm 3:5).
Há uma dúvida sobre se essa exigência referente aos filhos crentes se aplica somente aos que estão em casa sob a autoridade paterna ou se inclui os que já saíram de casa. Somos partidários do primeiro ponto de vista, lembrando, contudo, que a formação dada no lar é uma das principais determinantes do caráter definitivo.
Conclusão
Portanto, o presbítero tem filhos sob disciplina. Ele é alguém que tem autoridade na sua casa. Autoridade verdadeira, advinda do governo com amor. Os filhos são obedientes, respeitosos, bem comportados, ajuizados. Se são crentes ou não é algo que homem nenhum pode determinar (Jo 1:12,13). O certo é que devem ter sido criadas como crentes, "na disciplina e admostação do Senhor" (Ef 6:4). O novo nascimento é algo que só o Senhor pode dar. A interpretação de Jamieson, Fausset e Brown chega a assustar: "aquele que não pode trazer seus filhos à fé, como poderá trazer outros?".
De qualquer forma, há muito para se observar nos filhos do potencial presbítero. Não creio que isso esteja sendo levado suficientemente a sério. Há um número grande de adjetivos positivos e negativos que devem ser checados nas vidas dos filhos do presbítero. E isso pode não estar sendo feito nesses dias de grande omissão dos pais na educação dos filhos. Fica a dúvida quanto a homens que não tem filhos (casal é estéril) e quanto ao fato dos filhos estarem ou não morando em casa ainda. Deve-se avaliar um homem de 40 anos como filho para verificar a possibilidade ou não do pai de 65 ser presbítero? Essa é uma pergunta bem interessante. Minha impressão é a mesma de MacDonald: só se avalia os filhos que estão em casa, sob a autoridade do pai.
De qualquer forma, há muito para se observar nos filhos do potencial presbítero. Não creio que isso esteja sendo levado suficientemente a sério. Há um número grande de adjetivos positivos e negativos que devem ser checados nas vidas dos filhos do presbítero. E isso pode não estar sendo feito nesses dias de grande omissão dos pais na educação dos filhos. Fica a dúvida quanto a homens que não tem filhos (casal é estéril) e quanto ao fato dos filhos estarem ou não morando em casa ainda. Deve-se avaliar um homem de 40 anos como filho para verificar a possibilidade ou não do pai de 65 ser presbítero? Essa é uma pergunta bem interessante. Minha impressão é a mesma de MacDonald: só se avalia os filhos que estão em casa, sob a autoridade do pai.
Próximo Artigo: Bom Testemunho dos de Fora
Tradução (onde necessário): Juliano Heyse
Fonte: O Bom Caminho
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