Jesus: verdadeiro Deus, verdadeiro homem
>> quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Nenhuma doutrina foi mais debatida ao longo da história que a Cristologia. Vários concílios da igreja se reuniram ao redor desse tema como o concílio de Nicéia, de Constantinopla e Calcedônia. A Palavra de Deus revela-nos que Jesus tem duas naturezas distintas: uma divina, outra humana. Jesus é Deus sem deixar de ser homem e homem sem deixar de ser Deus. Este é um glorioso mistério: o menino que nasceu em Belém e foi enfaixado em panos é o criador do universo, o Pai da eternidade. O Natal, portanto, revela-nos a mais gloriosa de todas as mensagens, a mensagem de que Deus se fez homem e veio habitar entre nós.
1. Jesus é verdadeiro Deus - Jesus é o verbo eterno. Ele pré-existe à criação. Ele não teve origem, ele é a origem de todas as coisas. Antes que todas as coisas viessem a existir, ele já existia eternamente em comunhão com o Pai e com o Espírito Santo. Mesmo se fazendo homem, não deixou de ser Deus. Ele não abdicou de sua divindade ao tabernacular-se entre nós. Mesmo em seu estado de humilhação, revelou seus atributos divinos.
Jesus não foi a primeira criação de Deus como ensinava Ário de Alexandria no século quarto e como prega ainda hoje a seita, “os Testemunhas de Jeová”. Na verdade, Jesus é co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai. Ele é auto-existente e imutável. Ele e o Pai são um. Jesus tem os atributos da divindade: ele é o criador e sustentador da vida. Ele conhece todas as coisas e pode todas as coisas. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele foi adorado como Deus. Ele reivindicou ser adorado como Deus. Ele realizou obras milagrosas como Deus. Sua vida, seus ensinos e suas obras provam, de forma irrefutável, sua divindade.
2. Jesus é verdadeiro homem - O verbo divino fez-se carne. O eterno entrou no tempo. O infinito tornou-se finito. O senhor se fez servo. Aquele que estava entronizado acima dos querubins foi desprezado pelos homens. Aquele cujas hostes celestes adoravam sem cessar foi cuspido pelos seus algozes. Aquele que é bendito eternamente fez-se maldição por nós e foi traspassado na cruz pelas nossas iniqüidades. Aquele que jamais conheceu pecado foi feito pecado por nós. Aquele que nem os céus dos céus podem contê-lo esvaziou-se e humilhou-se nascendo numa família pobre, num berço pobre, numa cidade pobre e viveu como pobre, sem ter onde reclinar a cabeça. Ele foi verdadeiro homem. Como homem foi sujeito a seus pais. Como homem aprendeu a obedecer. Como homem sofreu cansaço, sede, fome e finalmente foi preso, açoitado e pregado na cruz, onde morreu. Como homem ele se identificou conosco e morreu a nossa morte para vivermos a sua vida.
Se Jesus não fosse Deus não poderia oferecer um sacrifício de valor infinito. Se não fosse homem não poderia ser o nosso substituto. Porque é Deus e ao mesmo tempo homem pode ser o mediador entre Deus e os homens. Porque é Deus-homem pôde fazer um sacrifício perfeito, capaz de expiar a culpa de todo aquele que nele crê.
Quando os magos do Oriente vieram a Belém e adoraram a Jesus colocando aos seus pés seus presentes: ouro, incenso e mirra estavam reconhecendo que ele era divinohumano. Ele é o Rei supremo, o sumo sacerdote e o maior de todos os profetas. Ele é o rei que, por ter se humilhado foi exaltado acima de todo o nome que há no céu, na terra e debaixo da terra. Ele é o sacerdote que ofereceu um único sacrifício perfeito e cabal ao dar sua vida em nosso resgate. Ele é o profeta e o conteúdo da mensagem. Ele é a Palavra encarnada de Deus, a exegese mais eloqüente do amor gracioso do Pai.
Fonte: Palavra da Verdade
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