O NATAL: POR QUE 25 DE DEZEMBRO?
>> segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
O mundo inteiro comemora o Natal no dia 25 de dezembro, menos a igreja da Armênia, que o celebra no dia 6 de janeiro por acreditar que jesus foi batizado nesta data. Dezembro foi o mês escolhido para festejar o nascimento de Cristo por causa do aniversário do Sol Invicto (invencível), assim chamado por marcar o final das "Saturnálias", festas em honra do deus Saturno e que marcavam o meio do inverno, quando o sol era frio e os dias curtos. Isso acontecia antes do século três depois de Cristo, quando esses festejos estavam ligados à religião pagã do mitraismo. Em meados do século terceiro (a data não é exata), a Igreja romana celebrava a "Christ Mass" na noite de 25 de dezembro, o que é hoje a tradicional "Missa do Galo".
Alguns historiadores dizem que a palavra Natal em inglês (Christmas), surgiu dessa cerimônia, transportada para a Inglaterra pelos soldados romanos que invadiram o pais em suas conquistas por quase toda Europa. A celebração era permitida na data do "Solstíscio de Inverno" ( que acontecia em quase todo o Hemisfério Norte), aproveitando o rigor do frio, quando os povos passavam o tempo louvando o sol com grandes festas, muita bebida e comida ao redor de enormes fogueiras. As reuniões eram para pedir o breve retorno do sol e a fartura das colheitas que ima ser semeadas (daí a honra a Saturno, o deus da agricultura). Esses povos temiam o inverno por acreditarem que suas longas noites encerravam espíritos de morte que espalhavam o terror entre os camponeses, obrigando-os às constantes vigílias ao redor das fogueiras para espantar as forças malignas da escuridão.
Além desses fatos, as autoridades eclesiásticas escolheram 25 de dezembro em consequência do dia 25 de março, um espaço de nove meses (tempo da gestação humana), e por acreditarem que, nesta data, o anjo da anunciação teria comunicado à Virgem Maria que ela seria fecundada pelo Espírito Santo. Outra coincidência também aproveitada pelo clero, é que o Equinócio da Primavera naquele hemisfério começa justamente no dia 25 de março, quando o povo comemorava o aniversário da criação do mundo. Nesta época do ano tudo se tornava alegria naquela região da velha Europa, com o retorno do verde aos campos, o revigoramento da vida e as semeaduras, que se faziam sob o entoar de cantigas populares cujas letras falavam de maçãs e outras frutas, da fertilidade dos animais e da fartura que os camponeses esperavam ver em suas mesas.
O Mitraísmo
Era uma religião muito antiga e ninguém sabe exatamente quando e onde começou. Alguns historiadores arriscam uma origem obscura na antiga Pérsia, onde havia uma religião que prestava culto a um touro, nos moldes das festividades a Mitra, representado pelo mesmo animal, que era morto no final das festas. Essas comemorações eram alusivas ao "Sol Invicto" ou o "Nascimento do Sol". O Solstício de Inverno começa no dia 22 de dezembro (solstício é o tempo em que o sol se acha no ponto mais afastado do Equador e parece, durante alguns dias, ali conservar-se estacionário), quando o sol parece renascer, dando início à época do ano em que os dias começavam a ficar mais longos.
Por volta do quarto século d.C, o mitraísmo estava no auge como uma das maiores festas pagãs do Império Romano. É que, nas festas em honra a Mitra, havia uma variedade muito grande de atividades, abrangendo as artes, os esportes, a religiosidade, os banquetes, o que atraía a atenção dos jovens (era muito popular entre os soldados), que participavam dos jogos e disputas em armas, namoravam, comiam e bebiam, comprometidos apenas com a diversão e a alegria contagiante das festas. As casas eram enfeitadas com coroas de louro e sempre vivas (planta símbolo do inverno). As pessoas visitavam-se umas às outras e trocavam presentes. Desapareciam as rivalidades entre as classes, confraternizando-se patrões e empregados, ricos e pobres, uma vez que a ordem era o regozijo, a tolerância e a diversão. Essa religião competia com o cristianismo primitivo porque, a exemplo deste também era tida como religião dos pobres e oprimidos.
Três doas depois do início do solstício de inverno, acontecia o aniversário do Sol Invicto (25 de dezembro), que era o ponto culminante das festividades. Os adeptos de Mitra acreditavam que esse deus teria nascido de uma rocha e, entre outras crenças, consideravam a mulher como ser inferior, sem alma e sem desejos próprios. Apesar disso, acreditavam na existência do céu e do inferno, praticavam o batismo, tinham fé na eucaristia e defendiam a tese de que o comportamento moral elevado afastava os espíritos malignos. Uma outra tradição diz que Mitra nasceu de uma mãe virgem numa caverna da Pérsia (séc. II a.C) e teria tido doze companheiros. Como Jesus, também teria morrido e ressuscitado, além de ser mostrado na arte antiga como um cordeiro, exemplo de mansidão e ternura.
As Saturnálias
O dia 25 de dezembro marcava também as Saturnálias (ou Saturnais), festas pagãs que se confundiam com as homenagens a Mitra, embora fossem dedicadas ao deus Saturno, protetor da agricultura no vasto império Romano. Essa festividade tinha duração de sete dias e teve origem entre os povos escandinavos e celtas muito antes do mitraísmo.
Todo esse amor que os Romanos dedicavam a Saturno era resultado da gratidão, pois atribuíam a ele a "idade do ouro" do Império Romano, com muita paz e abundância (só para os ricos), que eram os produtos da agricultura farta, segredos ensinados pelo patrono dessa atividade.
Alguns historiadores acreditam que as Saturnálias e as festividades a mitra eram a mesma coisa. Os adoradores do Sol Invicto seriam os mesmos seguidores do mitraísmo porque o sol, como divindade, era identificado com Mitra. Entretanto, essa hipótese parece não se confirmar se analisado mais de perto os fatos históricos. O mitraísmo era uma religião que possuía algumas semelhanças com o cristianismo, embora a essênncia fosse bem diferente. Era uma religião de mistério e costumava fazer prosélitos, o que causava sérios conflitos com o cristianismo. As Saturnálias eram festividades e não uma religião constituída. O grande homenageado era Saturno pelo que ele representava ao povo.É verdade que as comemorações de um e outro se confundiam, mas as práticas eram bem diferentes.
Um Fato Histórico
Inegavelmente, o cristianismo conviveu com todas as práticas do paganismo romano. Apesar disso, não é exato dizer que o Natal teve uma origem pagã. A origem do Natal é o nascimento de Cristo. As Saturnálias e festividades a Mitra é que foram substituídas pelas comemorações cristãs do Natal, que se tornaram muito mais verdadeiras e lógicas aos olhos daqueles que ima se convertendo ao evangelho. Foi uma transferência automática do culto aos deuses para a adoração do verdadeiro Sol da Justiça, como diz Malaquias: " Mas para vós os que temeis o meu nome, nascerá o Sol da Justiça, e cura trará nas suas asas e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria" (4.2)
Antes de se comemorarem o Natal em 25 de dezembro, o evento já era observado em 2 de janeiro até o século terceiro, por força de Hipólito, bispo romano, o que não impedia a cristandade de outras regiões escolherem diferentes datas. Assim, 6 de janeiro, 25 e 28 de março, 18 ou 19 de abril e 20 de maio eram datas natalinas em diversas localidades cristãs. Com o passar do tempo e a expansão do cristianismo, as autoridades eclesiásticas acharam por bem unificar as datas, aproveitando-se de uma tradição que já vinha sendo observada em Roma. Foi a partir do ano 354 d.C. que o dia 25 de dezembro ficou definitivamente no calendário mundial como o dia do Natal.
Alguns estudiosos sustentam que a escolha não foi automática, nem pegou "carona" numa tradição popular, mas uma estratégia aplicada pelos líderes cristãos para ofuscar o paganismo, visto que era uma ameaça difícil de combater e rivalizava com o cristianismo em popularidade. Sabiamente, os cristãos teriam trocado o objeto do culto, transferindo a adoração a Mitra e as homenagens a Saturno pela contemplação do menino Jesus na manjedoura e a alegria por ter nascido o Salvador dos homens. A verdade, como na maioria dos fatos históricos, é difícil de precisar, mas o importante é que o cristianismo venceu o paganismo e a verdade do nascimento de Cristo prevaleceu entre os povos ( inclusive não cristãos), numa demonstração insofismável de que Deus está no comando da história, pois o que interessa é o fato, não a festa.
A controvérsia quanto a validade de se aproveitar uma data com antecedentes no paganismo para instituir as comemorações natalinas é muito antiga. Houve muitas proibições de se comemorarem o Natal (principalmente no dia 25 de dezembro), através da história da Igreja. na Inglaterra (séc. XVII), o primeiro ministro Oliver Cronwell assinou um decreto proibindo as festas alusivas ao Natal. Essa proibição foi abolida em 1660 pelo rei Carlos II, mas os cristãos adeptos do puritanismo não abriram mão, emigraram para a América do Norte e permaneceram firmes contra as festividades natalinas. Essa posição espalhou-se por alguns Estados norte-americanos, como Massachutssetts, que cobrava multa de cinco shellins aos renitentes. Nos Estados Unidos, o Natal, só foi totalmente reconhecido em 1858, depois da grande onda de imigrações europeias, predominando irlandeses e alemãs. Mesmo assim, o Natal só passou a ser feriado nacional depois de 1870.
Pode-se observar que as festas natalinas têm uma origem controversa, uma mistura de diversas tradições e símbolos incorporados ao longo da história. Apesar disso, as comemorações do Natal acabaram sendo moldadas numa celebração que se tornou a única em todo o mundo capaz de deter as batalhas, num armistício para reconhecer e saudar o Príncipe da Paz. Por si só esse fato ofusca quaisquer discussões sobre a validade de se comemorar ou não o natalício de Jesus. Não é justa a tentativa de invalidar a sua legitimidade enfatizando fatos históricos que lhe foram oportunos, ainda mais que essa oportunidade foi determinante para o mundo reconhecer o senhorio de Jesus, embora possa não aceitá-lo.
Referência bibliográfica:
MILTON, S.V., Festas Populares e Suas Origens, 3ª edição, A.D.Santos editora, Curitiba, 2005.
Além desses fatos, as autoridades eclesiásticas escolheram 25 de dezembro em consequência do dia 25 de março, um espaço de nove meses (tempo da gestação humana), e por acreditarem que, nesta data, o anjo da anunciação teria comunicado à Virgem Maria que ela seria fecundada pelo Espírito Santo. Outra coincidência também aproveitada pelo clero, é que o Equinócio da Primavera naquele hemisfério começa justamente no dia 25 de março, quando o povo comemorava o aniversário da criação do mundo. Nesta época do ano tudo se tornava alegria naquela região da velha Europa, com o retorno do verde aos campos, o revigoramento da vida e as semeaduras, que se faziam sob o entoar de cantigas populares cujas letras falavam de maçãs e outras frutas, da fertilidade dos animais e da fartura que os camponeses esperavam ver em suas mesas.
O Mitraísmo
Era uma religião muito antiga e ninguém sabe exatamente quando e onde começou. Alguns historiadores arriscam uma origem obscura na antiga Pérsia, onde havia uma religião que prestava culto a um touro, nos moldes das festividades a Mitra, representado pelo mesmo animal, que era morto no final das festas. Essas comemorações eram alusivas ao "Sol Invicto" ou o "Nascimento do Sol". O Solstício de Inverno começa no dia 22 de dezembro (solstício é o tempo em que o sol se acha no ponto mais afastado do Equador e parece, durante alguns dias, ali conservar-se estacionário), quando o sol parece renascer, dando início à época do ano em que os dias começavam a ficar mais longos.
Por volta do quarto século d.C, o mitraísmo estava no auge como uma das maiores festas pagãs do Império Romano. É que, nas festas em honra a Mitra, havia uma variedade muito grande de atividades, abrangendo as artes, os esportes, a religiosidade, os banquetes, o que atraía a atenção dos jovens (era muito popular entre os soldados), que participavam dos jogos e disputas em armas, namoravam, comiam e bebiam, comprometidos apenas com a diversão e a alegria contagiante das festas. As casas eram enfeitadas com coroas de louro e sempre vivas (planta símbolo do inverno). As pessoas visitavam-se umas às outras e trocavam presentes. Desapareciam as rivalidades entre as classes, confraternizando-se patrões e empregados, ricos e pobres, uma vez que a ordem era o regozijo, a tolerância e a diversão. Essa religião competia com o cristianismo primitivo porque, a exemplo deste também era tida como religião dos pobres e oprimidos.
Três doas depois do início do solstício de inverno, acontecia o aniversário do Sol Invicto (25 de dezembro), que era o ponto culminante das festividades. Os adeptos de Mitra acreditavam que esse deus teria nascido de uma rocha e, entre outras crenças, consideravam a mulher como ser inferior, sem alma e sem desejos próprios. Apesar disso, acreditavam na existência do céu e do inferno, praticavam o batismo, tinham fé na eucaristia e defendiam a tese de que o comportamento moral elevado afastava os espíritos malignos. Uma outra tradição diz que Mitra nasceu de uma mãe virgem numa caverna da Pérsia (séc. II a.C) e teria tido doze companheiros. Como Jesus, também teria morrido e ressuscitado, além de ser mostrado na arte antiga como um cordeiro, exemplo de mansidão e ternura.
As Saturnálias
O dia 25 de dezembro marcava também as Saturnálias (ou Saturnais), festas pagãs que se confundiam com as homenagens a Mitra, embora fossem dedicadas ao deus Saturno, protetor da agricultura no vasto império Romano. Essa festividade tinha duração de sete dias e teve origem entre os povos escandinavos e celtas muito antes do mitraísmo.
Todo esse amor que os Romanos dedicavam a Saturno era resultado da gratidão, pois atribuíam a ele a "idade do ouro" do Império Romano, com muita paz e abundância (só para os ricos), que eram os produtos da agricultura farta, segredos ensinados pelo patrono dessa atividade.
Alguns historiadores acreditam que as Saturnálias e as festividades a mitra eram a mesma coisa. Os adoradores do Sol Invicto seriam os mesmos seguidores do mitraísmo porque o sol, como divindade, era identificado com Mitra. Entretanto, essa hipótese parece não se confirmar se analisado mais de perto os fatos históricos. O mitraísmo era uma religião que possuía algumas semelhanças com o cristianismo, embora a essênncia fosse bem diferente. Era uma religião de mistério e costumava fazer prosélitos, o que causava sérios conflitos com o cristianismo. As Saturnálias eram festividades e não uma religião constituída. O grande homenageado era Saturno pelo que ele representava ao povo.É verdade que as comemorações de um e outro se confundiam, mas as práticas eram bem diferentes.
Um Fato Histórico
Inegavelmente, o cristianismo conviveu com todas as práticas do paganismo romano. Apesar disso, não é exato dizer que o Natal teve uma origem pagã. A origem do Natal é o nascimento de Cristo. As Saturnálias e festividades a Mitra é que foram substituídas pelas comemorações cristãs do Natal, que se tornaram muito mais verdadeiras e lógicas aos olhos daqueles que ima se convertendo ao evangelho. Foi uma transferência automática do culto aos deuses para a adoração do verdadeiro Sol da Justiça, como diz Malaquias: " Mas para vós os que temeis o meu nome, nascerá o Sol da Justiça, e cura trará nas suas asas e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria" (4.2)
Antes de se comemorarem o Natal em 25 de dezembro, o evento já era observado em 2 de janeiro até o século terceiro, por força de Hipólito, bispo romano, o que não impedia a cristandade de outras regiões escolherem diferentes datas. Assim, 6 de janeiro, 25 e 28 de março, 18 ou 19 de abril e 20 de maio eram datas natalinas em diversas localidades cristãs. Com o passar do tempo e a expansão do cristianismo, as autoridades eclesiásticas acharam por bem unificar as datas, aproveitando-se de uma tradição que já vinha sendo observada em Roma. Foi a partir do ano 354 d.C. que o dia 25 de dezembro ficou definitivamente no calendário mundial como o dia do Natal.
Alguns estudiosos sustentam que a escolha não foi automática, nem pegou "carona" numa tradição popular, mas uma estratégia aplicada pelos líderes cristãos para ofuscar o paganismo, visto que era uma ameaça difícil de combater e rivalizava com o cristianismo em popularidade. Sabiamente, os cristãos teriam trocado o objeto do culto, transferindo a adoração a Mitra e as homenagens a Saturno pela contemplação do menino Jesus na manjedoura e a alegria por ter nascido o Salvador dos homens. A verdade, como na maioria dos fatos históricos, é difícil de precisar, mas o importante é que o cristianismo venceu o paganismo e a verdade do nascimento de Cristo prevaleceu entre os povos ( inclusive não cristãos), numa demonstração insofismável de que Deus está no comando da história, pois o que interessa é o fato, não a festa.
A controvérsia quanto a validade de se aproveitar uma data com antecedentes no paganismo para instituir as comemorações natalinas é muito antiga. Houve muitas proibições de se comemorarem o Natal (principalmente no dia 25 de dezembro), através da história da Igreja. na Inglaterra (séc. XVII), o primeiro ministro Oliver Cronwell assinou um decreto proibindo as festas alusivas ao Natal. Essa proibição foi abolida em 1660 pelo rei Carlos II, mas os cristãos adeptos do puritanismo não abriram mão, emigraram para a América do Norte e permaneceram firmes contra as festividades natalinas. Essa posição espalhou-se por alguns Estados norte-americanos, como Massachutssetts, que cobrava multa de cinco shellins aos renitentes. Nos Estados Unidos, o Natal, só foi totalmente reconhecido em 1858, depois da grande onda de imigrações europeias, predominando irlandeses e alemãs. Mesmo assim, o Natal só passou a ser feriado nacional depois de 1870.
Pode-se observar que as festas natalinas têm uma origem controversa, uma mistura de diversas tradições e símbolos incorporados ao longo da história. Apesar disso, as comemorações do Natal acabaram sendo moldadas numa celebração que se tornou a única em todo o mundo capaz de deter as batalhas, num armistício para reconhecer e saudar o Príncipe da Paz. Por si só esse fato ofusca quaisquer discussões sobre a validade de se comemorar ou não o natalício de Jesus. Não é justa a tentativa de invalidar a sua legitimidade enfatizando fatos históricos que lhe foram oportunos, ainda mais que essa oportunidade foi determinante para o mundo reconhecer o senhorio de Jesus, embora possa não aceitá-lo.
Referência bibliográfica:
MILTON, S.V., Festas Populares e Suas Origens, 3ª edição, A.D.Santos editora, Curitiba, 2005.
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