Missões, um investimento de consequências eternas
>> sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Hernandes Dias Lopes
"Jesus, o Filho de Deus, deixou a glória que tinha com o Pai, no céu, e veio ao mundo, encarnou-se e habitou entre nós."
Veio como nosso representante e substituto. Veio para morrer em nosso
lugar. Seu nascimento foi um milagre, sua vida foi um exemplo, sua morte
foi um sacrifício vicário, sua ressurreição uma vitória retumbante.
Jesus concluiu sua obra redentora e comissionou sua igreja a ir por todo
o mundo, proclamando o evangelho a toda a criatura. Por essa razão, a
obra missionária merece nossos melhores investimentos. Destacamos, aqui,
dois investimentos que devemos fazer na obra missionária:
Em primeiro lugar, o investimento de recursos financeiros. A
Bíblia diz que aquele que ganha almas é sábio (Pv 11.30). Investir na
obra missionária é fazer um investimento para a eternidade; é fazer um
investimento de consequências eternas. Nada trouxemos para este mundo
nem nada dele levaremos. Os recursos que Deus nos dá não são apenas para
o nosso deleite. Devemos empregar, também, esses recursos para promover
o reino de Deus, levando o evangelho até aos confins da terra. A
contribuição cristã não é um peso, mas um privilégio; não é um fardo,
mas uma graça. Deus nos dá a honra de sermos cooperadores com ele na
implantação do seu reino. Não fazemos um favor para Deus contribuindo
com sua obra; é Deus quem nos dá o favor imerecido de sermos seus
parceiros. Estou convencido, portanto, de que a melhor dieta para uma
igreja é a dieta missionária. Quando Oswald Smith chegou à Igreja do
Povo, em Toronto, com vistas a assumir o pastorado daquela igreja, fez
uma série de conferências de uma semana. Nos três primeiros dias pregou
sobre missões. A liderança da igreja reuniu-se e disse ao pastor que a
igreja estava com muitas dívidas e que aquele não era o momento oportuno
de falar sobre missões. Smith continuou nessa mesma toada e no final da
semana fez um grande levantamento de recursos para missões. O resultado
é que aquela igreja, por longas décadas, jamais enfrentou crise
financeira. Até hoje, ela investe mais de cinquenta por cento de seu
orçamento em missões mundiais.
Em segundo lugar, investimento de vida. A obra de Deus
não é feita apenas com recursos financeiros, mas, sobretudo, com
recursos humanos. Fazemos missões com as mãos dos que contribuem, com os
joelhos dos que oram e com os pés dos que saem para levar as boas novas
de salvação. Tanto os que ficam como os que vão são importantes nesse
processo de proclamar o evangelho de Cristo às nações. Os missionários
que vão aos campos e as igrejas enviadoras precisam estar aliançados.
William Carey, o pai das missões modernas, disse que aqueles que seguram
as cordas são tão importantes como aqueles que descem às profundezas
para socorrer os aflitos. Os que guardam a bagagem e os que lutam no
campo aberto recebem os mesmos despojos. Devemos fazer missões aqui, ali
e além fronteiras concomitantemente. Devemos empregar o melhor dos
nossos recursos, o melhor do nosso tempo e da nossa vida para que povos
conheçam a Cristo e se alegrem em sua salvação. Alexandre Duff,
missionário presbiteriano na Índia, retornou à Escócia, seu país de
origem, depois de longos anos de trabalho. Seu propósito era desafiar os
jovens presbiterianos a continuarem a obra missionária na Índia. Esse
velho missionário, numa grande assembleia de jovens, desafiou-os a se
levantarem para essa mais urgente tarefa. Nenhum jovem atendeu seu
apelo. Sua tristeza foi tamanha, que ele desmaiou no púlpito. Os médicos
levaram-no para uma sala anexa e massagearam-lhe o peito. Ao retornar à
consciência, rogou-lhes que o levassem de volta ao púlpito, para
concluir seu apelo. Eles disseram: “O senhor não pode”. Ele foi
peremptório: “Eu preciso”. Dirigiu-se, então, aos moços nesses termos:
“Jovens presbiterianos, se a rainha da Escócia vos convidasse para ir a
qualquer lugar do mundo como embaixadores, iríeis com orgulho. O Rei dos
reis vos convoca para ir à Índia e não quereis ir. Pois, irei eu, já
velho e cansado. Não poderei fazer muita coisa, mas pelo menos morrerei
às margens do Ganges e aquele povo saberá que alguém o amou e se dispôs a
levar-lhe o evangelho”. Nesse instante, dezenas de jovens se levantaram
e se colocaram nas mãos de Deus para a obra missionária!
Fonte http://www.sepal.org.br
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