Ide e Pregai

O Documentário é um resumo da história das Assembléias de Deus no Brasil a começar pela chegada dos missionários e pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará.

Ide e Pregai Titulo da Imagem

O Espelho dos Mártires

O Documentário relata em detalhe o modo de vida e as persiguições que sofreram os cristão primitivos e como foram martirizados os Apóstolos de Cristo.

O Espelho dos Mártires Titulo da Imagem

Filme ´180`: 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto

O Ministério Living Waters, dos Estados Unidos, produziu recentemente um documentário impactante e fantástico sobre o aborto. O filme traz como título ‘180’ e instiga as pessoas a mudarem de opinião sobre o aborto e outras questões bíblicas.

Filme ´180`: 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto Titulo da Imagem

Servo de Verdade

>> quinta-feira, 20 de outubro de 2011

 "que todo servo que conhece seu próprio coração descreva os sentimentos que nos são naturais numa hora tal como esta" 
Após ler sua carta esta manhã, abri minha Bíblia nestas palavras: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele” (Jo 1.6).
Tais palavras me levaram a pensar nas características de um “servo de verdade”, como as que encontramos em João, características que, na minha estimativa, devem ser mais e mais gravadas em nossa vida e serviço.

Ele Vem da Parte de Deus
Para que isso aconteça, devemos primeiro estar com Deus. Infelizmente, este é o ponto fraco de muitos. Os estímulos que envolvem o serviço têm uma atração para os gostos naturais que a tranqüilidade santa do santuário não possui. De certa maneira, o serviço nos torna “alguém”, mas na presença de Deus descobrimos que nada somos.
Precisa-se de homens que realmente estejam com Deus. Não existe frescor ou poder sevnão estamos com Deus. Nosso coração perde sua sensibilidade ao que é divino, caímos para o nível dos fatos visíveis e tangíveis ao nosso redor e o serviço se torna, em maior ou menor grau, formal.
As realidades mais gloriosas que despertaram a alma logo são consideradas como simples doutrinas e pregadas do modo como são recebidas. Em pouco tempo, o servo começa a sentir uma auto-satisfação com respeito ao seu serviço, que não pode ser perturbada nem mesmo pela ausência de qualquer bênção manifesta, e esta é a característica, eu penso, de um terrível estado de apostasia.
No entanto, se estamos com Deus, temos realidade espiritual quanto à nossa própria experiência. Não nos enganamos no que diz respeito ao nosso progresso, dom ou fé. Não pensamos de nós mesmos além do que convém, mas pensamos com moderação (Rm 12.3). Além disso, é com Deus que aprendemos Seu amor, Sua graça imensurável, Seus propósitos gloriosos; Seus grandes pensamentos com respeito a Cristo e a Igreja, a realidade do poder do Espírito e muitas outras verdades aceitas na teoria por muitos, mas conhecidas como realidade por poucos. Havendo estado com Deus no secreto da Sua presença, podemos vir de Deus no poder do que aprendemos interiormente, para servir num mundo como este. Não medimos, então, o poder do inimigo com nossa fraqueza, mas comparamo-lo com Deus. Não vestimos a armadura que otros usaram (1 Sm 17.38) nem seguimos o caminho trilhado por outros servos.
Não consultamos carne nem sangue quanto ao alcance ou caráter do nosso serviço. Em todo servo existe uma originalidade que vem da parte de Deus. Ele não usa o mesmo molde para formar dois servos — isto é obra do homem —, e, na exata proporção em que somos formados no santuário, assim cada um terá sua habilidade peculiar para seu próprio serviço e será selado de tal modo que a fé reconhecerá que ele vem de Deus.

Tem Consciência De Que Nada É
A segunda característica de um verdadeiro servo é que ele tem consciência de não ser nada. João podia falar de si mesmo como apenas uma “voz” (Jo 1.23), e outro, maior do que João, tinha consciência de ser “o menor de todos os santos” (Ef 3.8). No momento em que julgamos ser alguma coisa, saímos da verdadeira posição e espírito de servos.
Existe um lindo contraste entre a descrição de João a respeito de si mesmo e a descrição dele dada pelo Senhor (compare João 1.22-27 com Lucas 7.26-28). Quanto mais merecedores somos do elogio do Senhor, menos pensamos a respeito de nós mesmos.

Uma Testemunha
A terceira característica de um verdadeiro servo é que ele é uma testemunha. Ele fala daquilo que tem visto e conhecido por si mesmo. Foi dito a Paulo que ele deveria ser testemunha tanto das coisas que tinha visto como daquelas em que o Senhor haveria de lhes aparecer (At 26.16). Podemos ministrar coisas que nunca passaram a fazer parte de nós, mas não podemos ser testemunhas delas. Daí a profunda importância de se cultivar a comunhão com Deus e a crescente intimidade com Cristo. Em vez de enfraquecer nosso
testemunho do evangelho, creio que isso o tornaria mais pleno, mais rico e mais simples.
Estaríamos em contato com a graça que pode descer até o ponto mais baixo a fim de ganhar o coração de um pecador. Nossa pregação geralmente carece de peso porque experimentamos tão pouco das coisas de que falamos. Nós mesmos devemos entrar — quer seja no terror do Senhor, no amor de Deus, no valor da obra de Cristo ou nas bênçãos que a fé desfruta — em tudo aquilo que, com insistência, apresentamos aos outros. Caso contrário, tornamo-nos apenas conferencistas ou preletores em vez de testemunhas.

Devoção Abnegada a Cristo
Outra característica do verdadeiro servo é a devoção abnegada a Cristo. João estava pronto a diminuir a fim de que Cristo pudesse crescer (Jo 3.30). João estava disposto a ser deslocado, a ficar na sombra e a ser abandonado até mesmo por seus discípulos. O resultado do seu testemunho era a prova da sua realidade dos fatos divinos: homens deixaram a João e seguiram a Jesus. Isso lhe proporcionou verdadeira alegria (Jo 3.29), pois moralmente ele havia desistido de si mesmo e encontrado seu objetivo no bendito Cordeiro de Deus. O resultado do seu testemunho foi realizar nos outros o que fora primeiro realizado nele mesmo, e esse é o alvo do verdadeiro serviço. Podemos, pela graça, trazer outros para onde estamos, mas não podemos elevá-los acima de nosso próprio nível.
Quão profundamente importante é, então, sermos vigilantes, sóbrios e pessoas de oração, andando habitualmente no Espírito! Cristo será, então, o objetivo e o motivo de toda a nossa vida e de nosso serviço. Nossa declaração poderá ser, numa pequena proporção da sua grandeza e bem-aventurança: “Para mim, o viver é Cristo” (Fp 1.21).
Só então a realidade dessas diferentes características poderá ser realmente provada. Satanás não perderá a oportunidade de peneirar como trigo o servo de Cristo (cf. Lc 22.31) e, por sua vez, Deus permite o peneirar visando a nos humilhar ao descobrirmos que não somos tão espirituais ou dedicados como pensávamos ser. Ao mesmo tempo, como resultado, a realidade do que a graça tem operado em nós se torna mais nítida do que nunca. O servo não deve esperar estar sempre na mesma situação.
João Batista foi, por algum tempo, o homem mais popular dos seus dias. Dezenas de milhares acompanhavam seu ministério e o honravam como um profeta de Deus. Durante algum tempo, ele não recebeu nenhuma oposição dos líderes religiosos e era até mesmo ouvido com respeito e atenção pelo rei. Ele era o homem do momento, o ditador de normas morais para todas as classes na nação.
Quantos servos se exaltaram com orgulho em circunstâncias semelhantes a esta em gênero, se não foram também em grau? Um auditório lotado, a aprovação do mundo ou dos irmãos, a estima devidamente correta e alegremente prestada a um honrado servo de Deus e, até mesmo, sucesso nos trabalhos espirituais atuarão nesse miserável coração que temos e nos elevarão com uma exaltação carnal, se não estivermos, por meio da graça, no contínuo exercício do julgamento próprio. Se os olhos de João não estivessem firmemente fixados na Pessoa gloriosa da qual ele era apenas o arauto, ele poderia pensar de si mesmo como digno de posição mais elevada do que a do servo que se curva para desatar a sandália do senhor. Mas com a glória divina dAquele que estava diante dele, ele não julgaria ser digno de Lhe prestar o serviço mais humilde. Mas João teria de ser provado, como muitos outros servos. Ele precisa conhecer o “vento norte” da adversidade e o “vento sul” da prosperidade (Ct 4.16). Ele deve ser transferido da grande congregação do deserto para a solidão e aparente inutilidade da prisão, principalmente quando parecia mais necessário do que nunca para todos os verdadeiros servos espalhar com energia divina o evangelho da vinda do reino.
Pense nele, em João, como um leão enjaulado, enclausurado num castelo solitário na sombria praia do Mar Morto, ouvindo ali as coisas gloriosas que estavam sendo proclamadas “por toda a Judéia e por toda a região circunvizinha” (Lc 7.17,18). Você ficaria surpreso ao saber que quando tais notícias chegaram aos seus ouvidos seu espírito se tornou impaciente no confinamento que o impedia de participar de tudo aquilo? Nos dias da sua prosperidade, ele havia dito, realmente, que não era nada, mas agora ele havia
sido levado a entrar nisso de forma prática. O reino estava sendo pregado sem ele; coisas maravilhosas estavam sendo feitas e ele, pessoalmente, não tinha nenhuma participação nelas — a obra de Deus prosseguia sem João. Que todo servo que conhece seu próprio coração descreva os sentimentos que nos são naturais numa hora tal como esta!

Esta Lição É Para Todos
Creio que todo servo de Cristo tem de passar por essa experiência mais cedo ou mais tarde. Ele pode experimentá-la numa forma diferente durante toda a sua vida, ou pode passar por ela em épocas especiais de profundo exercício espiritual ou, então, pode aprendê-la em seu leito de morte, mas ele deve aprender que nada é além de um servo dos propósitos de Deus (cf. 1 Co 3.5-7) e que Deus pode prescindir dele a qualquer momento e transferir o serviço para outro diferente vaso da graça. Estou ciente de que todos nós
aceitamos isso como teoria, mas é outra coisa aprender tal lição na própria experiência com Deus.
Quando aprendia essa lição, João se “escandalizou” nAquele cujas sandálias ele havia declarado não ser digno de amarrar ou desatar. A pergunta que seus discípulos levaram a Jesus (Lc 7.19) era uma repreensão muito mal disfarçada ao Mestre, pois este permitia que o servo fosse detido em circunstâncias que faziam dele nada.
Freqüentemente, tem-se observado que o santo falha exatamente naquele ponto que é sua principal característica, e foi isso o que aconteceu com João. Sempre que o servo é diminuído aos seus próprios olhos e aos olhos dos outros também, é que o orgulho do seu coração se descobre. Nessa hora, o melhor a fazer é se dobrar em submissão e não dar coices contra o aguilhão da soberania do Senhor (At 26.24).
Espero que as características de um verdadeiro servo sempre marquem você, a fim de que não seja tocado pela exaltação do dia do sucesso. E que no dia da adversidade você não venha a desmaiar, mas possa provar a doçura daquela bem aventurança especial do servo provado: “Bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em Mim” (Lc 7.23).


Fonte - [Extraído do livro “O Homem Que Deus Usa”, Editora dos Clássicos.]. Esse trabalho transcrito por Helio Kirchheim.

0 comentários:

Postar um comentário

Blog Widget by LinkWithin