Usando o Facebook para a glória de Deus
>> quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Por Filipe Machado
Ao iniciar este pequeno escrito, desde
já preciso estabelecer o seguinte fato: todos os cristãos são obrigados a
usar o Facebook para a glória de Deus. De minha parte não há receio
algum quanto ao ser possivelmente taxado de “legalista” ou “moralista”,
pois tenho a Escritura ao meu lado: “Portanto, quer comais quer bebais,
ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1Co
10.31).
Paulo não poderia ser mais claro: os
cristãos devem fazer tudo, absolutamente tudo, para a glória de Deus.
Isso implica em dizer que se fizermos qualquer coisa sem visar a Sua
glória, estamos em pecado – “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o
faz, comete pecado” (Tg 4.17). Todavia, precisamos estabelecer alguns
pontos sobre o que significa fazer tudo “tudo para glória de Deus”.
Em primeiro lugar, fazer tudo para a
glória de Deus, é ter em mente que Ele é quem deve ser engrandecido e
visto por todos, não nós. João o Batista nos traz cristalina evidencia
deste nosso dever: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo
3.30).
Em segundo lugar, significa buscar fazer
tudo e somente o que a Bíblia ordena que façamos. É impossível viver
para a glória de Deus se tentarmos colocar nossas vontades e desejos
acima da Escritura. Por meio de Moisés, o Senhor foi enfático ao
afirmar: “Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe
acrescentarás nem diminuirás” (Dt 12.32).
Em terceiro lugar, se temos de fazer
somente o que a Escritura ordena, então precisamos nos dedicar ao estudo
da Lei de Deus. Paulo afirma categoricamente que a Lei de Deus é boa e
necessária: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu
não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a
concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás” (Rm 7.7).
Em quarto lugar, é preciso ter o correto
entendimento de que é um exercício muitas vezes doloroso, porque
envolve a renúncia da carne e o matar do pecado. O apóstolo foi direto
em dizer que todas as vezes, isto é, sempre, devemos trazer a morte de
Cristo em nossas vidas, a fim de que morramos e Ele viva: “Trazendo
sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo,
para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos” (2Co
4.10); “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo
vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de
Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20).
Desta forma, se patenteia que o cristão
não deve, por exemplo, “postar”, “curtir” ou “compartilhar” qualquer
coisa que contenha alguma coisa contra o senhorio de Cristo. Em caso
prático, significa não fazer apologia a políticos que sejam contra a
Palavra de Deus; não “curtir” fotos ou qualquer fato que incentive a
carne ao pecado, como fotos sensuais ou de pessoas com pouca roupa (as
vestes de praia se encaixam neste ponto), libertinagem, vandalismo;
igualmente não se deve promover a luxúria com “compartilhamentos” que
tendem a fazer o homem e a mulher amarem mais a este mundo que ao
Senhor. Você, talvez, esteja se perguntando: “Mas qual a base bíblica
para afirmar tal coisa?” “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro,
tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e
se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). Políticos contrários ao
Senhor não são verdadeiros nem honestos; fotos com pessoas que mostram
excessivamente seus corpos não são puras; vandalismo não é algo de boa
fama; pode haver alguma virtude na luxúria?
Em grupos do Facebook, importa que não
hajam discussões sobre pontos pacíficos sobre a sã doutrina, pois fazer o
contrário, é contender inutilmente: “Como o soltar das águas é o início
da contenda, assim, antes que sejas envolvido afasta-te da questão” (Pv
17.14). Sob hipótese alguma o crente deve xingar ou maldizer alguém. O
cristão não deve ignorar as pessoas ou “detestar” outros irmãos em
Cristo, pois isto é ferir o sexto mandamento “não matarás”: “Qualquer
que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a
vida eterna permanecendo nele” (1Jo 3.15).
Também é preciso notar que o cristão não
deve usar as mídias sociais para ficar bisbilhotando a vida alheia –
quem faz isso se assemelha àquela atitude de Satanás: “Então o SENHOR
disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De
rodear a terra, e passear por ela” (Jó 1.7). Além disso, suscita a
inveja, orgulho, maldizeres e cobiça sobre o próximo, violando o décimo
mandamento: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher
do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o
seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Êx 20.17).
O cristão também precisa cuidar para não
passar tempo demais nas redes sociais, pois a Bíblia diz para
aprendermos a aproveitar o tempo com coisas puras e necessárias:
“Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais
insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5.16-17).
Lembre-se que na parábola dos trabalhadores da vinha, nosso Senhor Jesus
Cristo assemelha o homem comum e envolto em pecado, àquele ocioso e que
nada produz: “E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam
ociosos na praça” (Mt 20.3).
Use esta preciosa tecnologia para a todo
o tempo falar do Senhor: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora
de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e
doutrina” (2Tm 4.2). Note que Paulo não diz que existem tempos que não
são oportunos, afinal, toda ocasião é propícia para falar e testemunhar
da verdade divina. Não se esqueça de que além de estudar arduamente a sã
doutrina, você precisará estar apto para defendê-la pelo poder do
Senhor: “Santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre
preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a
razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15).
Tenha somente conversações santas, pois
isto é agradável a Deus: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe,
mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos
que a ouvem” (Ef 4.29). Observe que a Bíblia é explicitamente incisiva:
“mas só a que for boa para promover a edificação”. Com qual intuito?
“para que dê graça aos que a ouvem”.
Portanto, se buscarmos pelo poder
vivificador do Espírito Santo, praticar estas coisas, começaremos a
entender o que é viver sob “a boa, agradável, e perfeita vontade de
Deus” (Rm 12.2) e o mundo testificará de nosso amor por Cristo, ao ponto
de dizer: “Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres?
Para onde se retirou o teu amado, para que o busquemos contigo?” (Ct
6.1).
Que Deus nos abençoe.
***
Fonte: Blog 2Timóteo 3.16, via Bereianos.
Fonte: Blog 2Timóteo 3.16, via Bereianos.
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