Ecumenismo, avanço ou uma ameaça à igreja?
>> sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Está na moda o diálogo inter-religioso. Vivemos a época do
inclusivismo, fruto da ideia pós-moderna, que não existe verdade
absoluta. Muitos pastores, em nome do amor, sacrificam a verdade e caem
nessa teia perigosa do ecumenismo. Precisamos afirmar que não existe
unidade espiritual fora da verdade, assim como luz e trevas não podem
coexistir. Não podemos ser um com aqueles que negam a salvação pela
graça de Cristo Jesus. Não é um ato de amor deixar que aqueles que andam
pelo caminho largo da condenação sigam “em paz” por esse caminho de
morte. Esse falso amor tem cheiro de morte. Essa atitude de dar as mãos a
todas as religiões, numa espécie de convivência harmoniosa, acreditando
que toda religião é boa e leva a Deus é uma falácia. Toda religião é vã
a não ser que pregue a Cristo, e este crucificado. Toda religião afasta
o homem de Deus, a não ser que anuncie Jesus Cristo como o único
caminho para Deus! Vamos deixar esse discurso falacioso de amor a todos,
e vamos amar de verdade às pessoas, de todas as religiões, pregando a
elas, com senso de urgência, o evangelho que exige arrependimento e fé e
oferece vida eterna.
Obviamente, a união de todas as religiões e de todas as crenças não é
um avanço, mas uma ameaça à igreja de Cristo. O que está por trás dessa
tentativa de unir todas as crenças é a heresia de que toda religião é
boa e todo o caminho leva a Deus. O ecumenismo, o diálogo
inter-religioso e a fraternidade com todos os credos é um engano fatal. É
um falso entendimento do que Jesus ensinou sobre a unidade espiritual
da igreja. Não há unidade espiritual fora do evangelho de Cristo. O
argumento de que Jesus acolheu publicanos e pecadores e por isso devemos
receber todos os credos é uma falsa interpretação do texto bíblico. O
amor não é um substituto da verdade. Todos são convidados a vir a
Cristo, mas de todos é exigido arrependimento e fé.
É preciso alertar, ainda, que essa frouxidão doutrinária do
liberalismo desemboca na relativização moral. O entendimento pós-moderno
é que cada um tem sua própria verdade. A verdade deixou de ser objetiva
para ser subjetiva. Com isso, assistimos, estarrecidos, não apenas um
ataque aos valores morais, mas uma inversão dos valores morais. O
profeta Isaías já havia denunciado essa atitude: “Ai dos que ao mal
chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz,
escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” (Is 5.20). É
isso que estamos vendo na mídia todos os dias. Faz-se apologia do
aborto, do adultério, do homossexualismo, da violência e da mentira.
Porque uma ideia falsa foi plantada no passado, estamos fazendo uma
colheita desditosa no presente. A igreja de Cristo precisa estar firme
contra todas essas ondas de engano e permanecer inabalável no
cumprimento de sua vocação de levar o evangelho a toda criatura, em todo
o mundo.
Fonte: Palavra da Verdade
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