O que significa seguir a Jesus?
>> sábado, 5 de novembro de 2011
Mc. 8. 34;9.1
Essa passagem é particularmente pesada e solene. Aquele que não se dispõe a carregar a cruz não usará a coroa. A religião que não custa nada, não tem nenhum valor. Jesus sabia que as multidões que O seguiam estavam apenas atrás de milagres e prazeres terrenos e não estavam dispostas a trilhar o caminho da renúncia nem pagar o preço do discipulado.
Jesus exige dos seus discípulos espírito de renúncia e sacrifício. Jesus nunca tratou de subornar os homens oferecendo-lhes um caminho fácil.
Jesus só tem uma espécie de seguidor: discípulos. Ele ordenou a sua igreja a fazer discípulos e não admiradores. Seguir a Jesus é o mais fascinante projeto de vida. O que isto significa?
EM PRIMEIRO LUGAR, É UM CONVITE PESSOAL (8.34). “Se alguém quer”. É preciso desinstalar-se. É preciso disposição para seguir a Cristo. É preciso romper com todo obstáculo, preconceitos, vínculos pessoais, familiares, religiosos e estruturas que nos paralisam. Muitos querem apenas o glamour do evangelho, mas não a cruz. Querem os milagres, as orações, mas não a renúncia. Querem prosperidade e saúde, mas não arrependimento. Querem o paraíso na terra e não a bem-aventurança no céu.
EM SEGUNDO LUGAR, SEGUIR A JESUS É UM CONVITE PARA UMA RELAÇÃO PESSOAL COM ELE (8.34). Ser discípulo não é ser um admirador de Cristo, mas um seguidor. Um discípulo segue as pegadas de Cristo. Assim como Cristo escolheu o caminho da cruz, o discípulo precisa seguir a Cristo não para o sucesso, mas para o calvário. Não há coroa sem cruz, nem céu sem renúncia.
EM TERCEIRO LUGAR, SEGUIR A JESUS É UM CONVITE PARA UMA RENÚNCIA RADICAL (8.34). Cristo nos chama não para uma afirmação do eu, mas para sua renúncia. Precisamos abdicar do nosso orgulho, soberba, presunção e autoconfiança antes de seguirmos as pegadas de Jesus. Não se tratar de anulação pessoal, mas de servir.
Negar-se a si mesmo é permitir que Jesus reine supremo onde o ego tinha previamente exercido controle total. Em 1956, pouco antes de ser morto num esforço de evangelizar os índios Aucas do Equador, o missionário Jim Elliot disse o seguinte: “Não é tolo aquele que dá o que não pode manter para ganhar aquilo que não pode perder”.
EM QUARTO LUGAR, SEGUIR A JESUS É UM CONVITE PARA MORRER (8.34). Tomar a cruz é abraçar a morte, é seguir para cadafalso, é escolher a vereda do sacrifício. A cruz era um instrumento de morte vergonhoso. “Era necessário que [...] sofresse muitas coisas, fosse rejeitado” (8.31). A carta aos hebreus fala da crucificação de Jesus com palavras fortíssimas: “Expondo-o a ignomínia” (Hb. 6.6), “o opróbrio de Cristo” (Hb. 11.26), “não fazendo caso da ignomínia” (Hb. 12.2).
Essa cruz fala da nossa disposição de morrer para nós mesmos, para os prazeres e deleites: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg. 4.4). É considerar-se morto para o pecado e andar com um atestado de óbito no bolso.
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